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09/06/2005
-
22h46
da Folha Online
O presidente da Câmara dos Deputados da Bolívia, Mario Cossío, anunciou na noite desta sexta-feira que renunciará a seu direito de suceder o presidente Carlos Mesa, abrindo caminho para o presidente da Suprema Corte de Justiça, Eduardo Rodríguez.
"O presidente da Câmara dos Deputados não tem nenhum interesse em assumir a sucessão presidencial", afirmou Cossío à imprensa.
O anúncio foi feito momentos depois que o presidente do Congresso, Hormando Vaca Díez, primeiro na sucessão presidencial, também anunciou sua renúncia.
"Quero anunciar ao povo boliviano que na sessão do Congresso, se a maioria votar pela aceitação da renúncia [de Mesa], Vaca Díez declinará irrevogavelmente... e com isso está acabado", disse Vaca Díez à imprensa em Sucre.
O Congresso deveria decidir nesta quinta-feira se aceitaria ou não a renúncia de Mesa. No entanto, a sessão foi suspensa após a morte do dirigente sindical Carlos Coro, 52, baleado por tropas do Exército no povoado de Yotala (a 17 km de Sucre).
Junto com outros manifestantes, Coro estava a caminho de Sucre para participar dos protestos. Outros dois manifestantes ficaram feridos.
Os parlamentares estavam reunidos em Sucre (capital constitucional do país), protegidos por unidades militares e em um clima de crescente tensão e ameaças de uma revolta popular caso Vaca Díez assumisse o poder.
Oposição
A oposição a Vaca Díez era formada por índios quéchuas, professores e estudantes, que se manifestaram a princípio pacificamente e depois enfrentaram a polícia.
"Não queremos Hormando", afirmou uma camponesa que se manifestava. Os manifestantes se reuniram ao redor da praça 25 de maio, onde fica a Casa da Liberdade, o prédio histórico onde deveria acontecer a sessão parlamentar.
Cerca de 1.500 militares participaram da operação de segurança, que foi posicionada nos limites da cidade e em pontos rurais estratégicos para frear a entrada dos grupos de manifestantes considerados 'muito violentos', com os quais os policiais se chocaram.
Cossío já havia afirmado estar disposto a renunciar em favor de Rodríguez, mas Vaca Díez, um político de direita, dava sinais de que não pretendia renunciar ao cargo.
A dura oposição contra Vaca Díez foi resumida pelo líder cocalero Evo Morales, que afirmou que se "por meio de manobras políticas, Díez for presidente, convoco o povo boliviano a uma dura resistência, do campo à cidade, para acabar com a máfia política".
"Não podemos permitir que [seja presidente] um Hormando Vaca Díez, que é comprometido com a Embaixada dos Estados Unidos, com as multinacionais, é isso que temos que evitar a qualquer preço", disse Morales, ao mesmo tempo em que fez um apelo para que os bloqueios de rotas continuem em La Paz.
Com agências internacionais
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Presidentes do Congresso e da Câmara bolivianos renunciam à sucessão
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O presidente da Câmara dos Deputados da Bolívia, Mario Cossío, anunciou na noite desta sexta-feira que renunciará a seu direito de suceder o presidente Carlos Mesa, abrindo caminho para o presidente da Suprema Corte de Justiça, Eduardo Rodríguez.
"O presidente da Câmara dos Deputados não tem nenhum interesse em assumir a sucessão presidencial", afirmou Cossío à imprensa.
O anúncio foi feito momentos depois que o presidente do Congresso, Hormando Vaca Díez, primeiro na sucessão presidencial, também anunciou sua renúncia.
"Quero anunciar ao povo boliviano que na sessão do Congresso, se a maioria votar pela aceitação da renúncia [de Mesa], Vaca Díez declinará irrevogavelmente... e com isso está acabado", disse Vaca Díez à imprensa em Sucre.
O Congresso deveria decidir nesta quinta-feira se aceitaria ou não a renúncia de Mesa. No entanto, a sessão foi suspensa após a morte do dirigente sindical Carlos Coro, 52, baleado por tropas do Exército no povoado de Yotala (a 17 km de Sucre).
Junto com outros manifestantes, Coro estava a caminho de Sucre para participar dos protestos. Outros dois manifestantes ficaram feridos.
Os parlamentares estavam reunidos em Sucre (capital constitucional do país), protegidos por unidades militares e em um clima de crescente tensão e ameaças de uma revolta popular caso Vaca Díez assumisse o poder.
Oposição
A oposição a Vaca Díez era formada por índios quéchuas, professores e estudantes, que se manifestaram a princípio pacificamente e depois enfrentaram a polícia.
"Não queremos Hormando", afirmou uma camponesa que se manifestava. Os manifestantes se reuniram ao redor da praça 25 de maio, onde fica a Casa da Liberdade, o prédio histórico onde deveria acontecer a sessão parlamentar.
Cerca de 1.500 militares participaram da operação de segurança, que foi posicionada nos limites da cidade e em pontos rurais estratégicos para frear a entrada dos grupos de manifestantes considerados 'muito violentos', com os quais os policiais se chocaram.
Cossío já havia afirmado estar disposto a renunciar em favor de Rodríguez, mas Vaca Díez, um político de direita, dava sinais de que não pretendia renunciar ao cargo.
A dura oposição contra Vaca Díez foi resumida pelo líder cocalero Evo Morales, que afirmou que se "por meio de manobras políticas, Díez for presidente, convoco o povo boliviano a uma dura resistência, do campo à cidade, para acabar com a máfia política".
"Não podemos permitir que [seja presidente] um Hormando Vaca Díez, que é comprometido com a Embaixada dos Estados Unidos, com as multinacionais, é isso que temos que evitar a qualquer preço", disse Morales, ao mesmo tempo em que fez um apelo para que os bloqueios de rotas continuem em La Paz.
Com agências internacionais
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