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12/06/2005
-
11h00
da Folha Online
A jornalista francesa Florence Aubenas, 44, e seu motorista Hussein Hanun al Saad, foram libertados neste sábado após 157 dias de seqüestro no Iraque, em uma operação classificada pelo governo francês como "perigosa".
Ao sair do Iraque, Aubenas foi até o Chipre, onde se encontrou com o ministro francês das Relações Exteriores, Philippe Douste-Blazy. Depois, foi levada por um avião da Força Aérea francesa até a capital Paris. Lá, será recebida pelo presidente francês Jacques Chirac.
A repórter do jornal francês "Libération" foi seqüestrada em 5 de janeiro passado com Al Saad quando deixava seu hotel em Bagdá. O governo francês divulgou poucas informações sobre o processo de libertação.
"Não foi fácil de maneira nenhuma. A operação foi muito perigosa para o nosso pessoal", afirmou o embaixador francês Bernard Bajolet, em entrevista à uma rádio francesa. Segundo ele, Aubenas estava muito magra, mas parecia "cheia de vida".
Em março passado, os seqüestradores iraquianos divulgaram um vídeo da jornalista, onde ela, muito abatida, pedia por ajuda.
A jornalista romena Jeanne Ion, que ficou refém dos rebeldes iraquianos por 55 dias, libertada no mês passado, afirmou neste domingo --pela primeira vez-- que Aubenas estava presa na mesma cela que ela.
"Ela nos dizia o tempo todo 'claro que não vamos morrer, que vamos sair. Eles não vão nos matar'. Se ela não estivesse lá, teríamos enlouquecido", afirmou. Ion foi seqüestrada com dois outros jornalistas romenos em 28 de março passado, e libertados em 22 de maio.
Motorista
Al Saad foi levado por agentes franceses até sua casa, na região central de Bagdá, onde parentes e vizinhos o aguardavam. Para festejar, os iraquianos mataram uma ovelha na rua, como sinal de agradecimento a Deus.
O motorista, muito abatido e magro, estava em silêncio. Sua mulher chorava e sua filha correu para abraçá-lo.
O secretário-geral da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Robert Ménard, afirmou ontem que os seqüestradores chegaram a pedir um resgate de US$ 15 milhões pela vida da francesa e do iraquiano, mas desmentiu, depois, seus comentários.
O Ministério francês das Relações Exteriores disse que a informação "não correspondia à realidade".
Cerca de 150 estrangeiros foram seqüestrados no Iraque nos últimos dois anos.
Brasileiro
Em 29 de abril passado, o seqüestro do brasileiro João José de Vasconcellos Júnior, 50, chegou ao seu 100º dia.
O engenheiro foi seqüestrado em uma ação conjunta reivindicada pelos grupos Brigadas Mujahidin e Exército de Ansar al Sunna, em Beiji (norte do Iraque).
No Brasil, o governo e a construtora Norberto Odebrecht --da qual Vasconcellos Jr. é funcionário-- ainda tentam obter informações sobre o destino de Vasconcellos Jr.
O seqüestro do brasileiro foi informado por meio de um vídeo [sem áudio] em que apareciam sua carteira de mergulhador e algumas cédulas de reais, mas em nenhum momento foram divulgadas imagens do engenheiro.
Até hoje, nenhum pedido de resgate foi feito à família, à construtora ou ao governo brasileiro, que tenta libertá-lo por meio de sua embaixada na Jordânia.
Com agências internacionais
Especial
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Leia o que já foi publicado sobre Florence Aubenas
Leia o que já foi publicado sobre o seqüestro do brasileiro no Iraque
Jornalista francesa refém no Iraque é libertada e volta para Paris
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A jornalista francesa Florence Aubenas, 44, e seu motorista Hussein Hanun al Saad, foram libertados neste sábado após 157 dias de seqüestro no Iraque, em uma operação classificada pelo governo francês como "perigosa".
Ao sair do Iraque, Aubenas foi até o Chipre, onde se encontrou com o ministro francês das Relações Exteriores, Philippe Douste-Blazy. Depois, foi levada por um avião da Força Aérea francesa até a capital Paris. Lá, será recebida pelo presidente francês Jacques Chirac.
A repórter do jornal francês "Libération" foi seqüestrada em 5 de janeiro passado com Al Saad quando deixava seu hotel em Bagdá. O governo francês divulgou poucas informações sobre o processo de libertação.
"Não foi fácil de maneira nenhuma. A operação foi muito perigosa para o nosso pessoal", afirmou o embaixador francês Bernard Bajolet, em entrevista à uma rádio francesa. Segundo ele, Aubenas estava muito magra, mas parecia "cheia de vida".
Em março passado, os seqüestradores iraquianos divulgaram um vídeo da jornalista, onde ela, muito abatida, pedia por ajuda.
A jornalista romena Jeanne Ion, que ficou refém dos rebeldes iraquianos por 55 dias, libertada no mês passado, afirmou neste domingo --pela primeira vez-- que Aubenas estava presa na mesma cela que ela.
"Ela nos dizia o tempo todo 'claro que não vamos morrer, que vamos sair. Eles não vão nos matar'. Se ela não estivesse lá, teríamos enlouquecido", afirmou. Ion foi seqüestrada com dois outros jornalistas romenos em 28 de março passado, e libertados em 22 de maio.
Motorista
Al Saad foi levado por agentes franceses até sua casa, na região central de Bagdá, onde parentes e vizinhos o aguardavam. Para festejar, os iraquianos mataram uma ovelha na rua, como sinal de agradecimento a Deus.
O motorista, muito abatido e magro, estava em silêncio. Sua mulher chorava e sua filha correu para abraçá-lo.
O secretário-geral da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Robert Ménard, afirmou ontem que os seqüestradores chegaram a pedir um resgate de US$ 15 milhões pela vida da francesa e do iraquiano, mas desmentiu, depois, seus comentários.
O Ministério francês das Relações Exteriores disse que a informação "não correspondia à realidade".
Cerca de 150 estrangeiros foram seqüestrados no Iraque nos últimos dois anos.
Brasileiro
Em 29 de abril passado, o seqüestro do brasileiro João José de Vasconcellos Júnior, 50, chegou ao seu 100º dia.
O engenheiro foi seqüestrado em uma ação conjunta reivindicada pelos grupos Brigadas Mujahidin e Exército de Ansar al Sunna, em Beiji (norte do Iraque).
No Brasil, o governo e a construtora Norberto Odebrecht --da qual Vasconcellos Jr. é funcionário-- ainda tentam obter informações sobre o destino de Vasconcellos Jr.
O seqüestro do brasileiro foi informado por meio de um vídeo [sem áudio] em que apareciam sua carteira de mergulhador e algumas cédulas de reais, mas em nenhum momento foram divulgadas imagens do engenheiro.
Até hoje, nenhum pedido de resgate foi feito à família, à construtora ou ao governo brasileiro, que tenta libertá-lo por meio de sua embaixada na Jordânia.
Com agências internacionais
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