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12/06/2005
-
12h03
da France Presse, em Madri
O ex-presidente da Bolívia Carlos Mesa, disse que chegou a temer a eclosão de uma guerra civil na Bolívia, em meio à crise atravessada pelo país andino, de acordo com uma entrevista publicada neste domingo pelo jornal espanhol "ABC".
Mesa qualificou os últimos dias vividos como "os mais duros, porque não se tratava de apenas sua vida pessoal, mas 9,5 milhões de pessoas".
A revolta social na Bolívia se apaziguou ligeiramente depois da nomeação do jurista Eduardo Rodríguez como novo presidente.
Sua designação "foi um dos momentos mais felizes de minha vida, porque me dei conta de que estávamos salvando a Bolívia do desastre", assinalou Mesa, para quem a eventual nomeação do presidente do Congresso Hormando Vaca Díez não teria sido uma solução.
"Era evidente que não havia viabilidade para a Bolívia com Vaca Díez. Caminhávamos para a ruptura, a divisão do país", acrescentou.
"Válvula de saída"
Mesa assinalou que o novo presidente Rodríguez conta com a "válvula de saída que eu não tinha, a de construir um processo eleitoral total", ainda que para isso precise da colaboração do Parlamento.
"Se [o Parlamento] está disposto a encurtar seu mandato, isso pode representar uma oportunidade para o presidente", disse Mesa, para quem numa democracia "o Parlamento deve ser invulnerável, gerador da legitimidade, mas estamos hoje diante de um que não representa em absoluto ao realidade política do país".
Com respeito à lei dos hidrocarbonetos, Mesa advertiu sobre a possibilidade de que as grandes multinacionais possam acionar a Bolívia nos tribunais por não cumprimento de contratos.
"É uma batalha que pode acontecer, e os argumentos não faltam. É um risco muito alto que o país tem que encarar", afirmou, lembrando no entanto que "o pior que pode acontecer ao investimento estrangeiro é uma guerra civil, em conseqüência se há uma saída minimamente sensata, as multinacionais deveriam não pressionar, manter-se em compasso de espera".
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O ex-presidente da Bolívia Carlos Mesa, disse que chegou a temer a eclosão de uma guerra civil na Bolívia, em meio à crise atravessada pelo país andino, de acordo com uma entrevista publicada neste domingo pelo jornal espanhol "ABC".
Mesa qualificou os últimos dias vividos como "os mais duros, porque não se tratava de apenas sua vida pessoal, mas 9,5 milhões de pessoas".
A revolta social na Bolívia se apaziguou ligeiramente depois da nomeação do jurista Eduardo Rodríguez como novo presidente.
Sua designação "foi um dos momentos mais felizes de minha vida, porque me dei conta de que estávamos salvando a Bolívia do desastre", assinalou Mesa, para quem a eventual nomeação do presidente do Congresso Hormando Vaca Díez não teria sido uma solução.
"Era evidente que não havia viabilidade para a Bolívia com Vaca Díez. Caminhávamos para a ruptura, a divisão do país", acrescentou.
"Válvula de saída"
Mesa assinalou que o novo presidente Rodríguez conta com a "válvula de saída que eu não tinha, a de construir um processo eleitoral total", ainda que para isso precise da colaboração do Parlamento.
"Se [o Parlamento] está disposto a encurtar seu mandato, isso pode representar uma oportunidade para o presidente", disse Mesa, para quem numa democracia "o Parlamento deve ser invulnerável, gerador da legitimidade, mas estamos hoje diante de um que não representa em absoluto ao realidade política do país".
Com respeito à lei dos hidrocarbonetos, Mesa advertiu sobre a possibilidade de que as grandes multinacionais possam acionar a Bolívia nos tribunais por não cumprimento de contratos.
"É uma batalha que pode acontecer, e os argumentos não faltam. É um risco muito alto que o país tem que encarar", afirmou, lembrando no entanto que "o pior que pode acontecer ao investimento estrangeiro é uma guerra civil, em conseqüência se há uma saída minimamente sensata, as multinacionais deveriam não pressionar, manter-se em compasso de espera".
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