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14/06/2005
-
10h33
da Folha Online
A produção de cocaína na Bolívia aumentou 35% no ano de 2004 em relação ao ano anterior, segundo um informe das Nações Unidas (ONU) apresentado nesta terça-feira em Bruxelas (Bélgica), sobre a expansão das drogas no mundo.
Em compensação, houve diminuição da produção da droga na Colômbia que, segundo a ONU, deve-se à luta levada a cabo pelo governo americano, que "parece estar dando frutos". As áreas cultivadas passaram de 160 mil a 80 mil hectares, representando uma diminuição de 50%.
"Estamos preocupados com a situação na Bolívia, onde as áreas cultivadas cresceram 17% e a produção em toneladas teve um aumento de 35%", informou o diretor da UNODC (Escritório da ONU para Drogas e Crime), Antonio Costa, ao apresentar o estudo.
Segundo ele, "a Bolívia está afetada pela crise doméstica, discriminação contra a população de origem indígena (que representam 75% dos pobres) e a incapacidade do governo para manter o controle da situação".
Peru
Além da Bolívia, o cultivo de coca e a produção de cocaína também aumentaram no Peru. A erva é plantada em uma área que representa 14% do total usado no ano passado, gerando um crescimento de 23% na produção.
"Há alguns êxitos e alguns retrocessos. O problema da droga é um dos mais importantes no mundo, e a única forma de lutar contra isso é trabalhar em conjunto", afirmou a comissária européia de Relações Exteriores, Benita Ferrero Waldner, ao comentar o relatório da ONU.
A co-responsabilidade da Europa (que consome um terço da cocaína produzida na América Latina), na luta para erradicar a droga tem sido um dos eixos de discussão entra a Comunidade Andina e a União Européia (UE), durante as última reuniões bilaterais entre os blocos.
Metodologia
Apesar das dificuldades em se obter números sobre a extração de coca e a produção de cocaína no mundo, o relatório da ONU foi elaborado a partir de informações fornecidas pelos próprios governos dos países pesquisados. Em alguns casos, a própria ONU faz a apuração dos dados. Tais ações integram um programa de monitoração de drogas ilícitas, implantado em 1999.
Além dessa forma de coleta dos dados, a organização também usa informações fornecidas pelo Departamento de Estado americano, e o Escritório Internacional de Narcóticos e Cumprimento da Lei.
Para calcular a produção de cocaína, o órgão utiliza informações sobre a quantidade de cocaína nas folhas de coca de diferentes regiões, e cruza esses dados com o tipo de droga encontrado. Segundo o estudo, "há potenciais margens de erro por causa da rápida mudança no ambiente, já que novos laboratórios [para depuração da droga] são montados rapidamente, e outros destruídos".
Com agências internacionais
Especial
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Leia o que já foi publicado sobre cocaína
Produção de cocaína aumenta na Bolívia, diz ONU
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A produção de cocaína na Bolívia aumentou 35% no ano de 2004 em relação ao ano anterior, segundo um informe das Nações Unidas (ONU) apresentado nesta terça-feira em Bruxelas (Bélgica), sobre a expansão das drogas no mundo.
Em compensação, houve diminuição da produção da droga na Colômbia que, segundo a ONU, deve-se à luta levada a cabo pelo governo americano, que "parece estar dando frutos". As áreas cultivadas passaram de 160 mil a 80 mil hectares, representando uma diminuição de 50%.
"Estamos preocupados com a situação na Bolívia, onde as áreas cultivadas cresceram 17% e a produção em toneladas teve um aumento de 35%", informou o diretor da UNODC (Escritório da ONU para Drogas e Crime), Antonio Costa, ao apresentar o estudo.
Segundo ele, "a Bolívia está afetada pela crise doméstica, discriminação contra a população de origem indígena (que representam 75% dos pobres) e a incapacidade do governo para manter o controle da situação".
Peru
Além da Bolívia, o cultivo de coca e a produção de cocaína também aumentaram no Peru. A erva é plantada em uma área que representa 14% do total usado no ano passado, gerando um crescimento de 23% na produção.
"Há alguns êxitos e alguns retrocessos. O problema da droga é um dos mais importantes no mundo, e a única forma de lutar contra isso é trabalhar em conjunto", afirmou a comissária européia de Relações Exteriores, Benita Ferrero Waldner, ao comentar o relatório da ONU.
A co-responsabilidade da Europa (que consome um terço da cocaína produzida na América Latina), na luta para erradicar a droga tem sido um dos eixos de discussão entra a Comunidade Andina e a União Européia (UE), durante as última reuniões bilaterais entre os blocos.
Metodologia
Apesar das dificuldades em se obter números sobre a extração de coca e a produção de cocaína no mundo, o relatório da ONU foi elaborado a partir de informações fornecidas pelos próprios governos dos países pesquisados. Em alguns casos, a própria ONU faz a apuração dos dados. Tais ações integram um programa de monitoração de drogas ilícitas, implantado em 1999.
Além dessa forma de coleta dos dados, a organização também usa informações fornecidas pelo Departamento de Estado americano, e o Escritório Internacional de Narcóticos e Cumprimento da Lei.
Para calcular a produção de cocaína, o órgão utiliza informações sobre a quantidade de cocaína nas folhas de coca de diferentes regiões, e cruza esses dados com o tipo de droga encontrado. Segundo o estudo, "há potenciais margens de erro por causa da rápida mudança no ambiente, já que novos laboratórios [para depuração da droga] são montados rapidamente, e outros destruídos".
Com agências internacionais
Especial
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