17/06/2005 - 12h42

Americanos começam nova ofensiva no oeste do Iraque

da Folha Online

Aviões americanos lançaram na madrugada desta sexta-feira uma série de bombas com cerca de 200 quilos cada uma em supostos alvos insurgentes na Província de Al Anbar (oeste do Iraque), marcando o início da terceira maior ofensiva na região realizada nas últimas seis semanas.

Cerca de mil soldados participam das operações em terra.

O foco da operação se concentra na cidade de Karabilah, perto de Qaim, outro alvo americano, próximas da fronteira com a Síria, onde supostamente há grande concentração de rebeldes. Segundo o Exército americano, os insurgentes lançaram bombas e atiraram com rifles contra o grupo de soldados que prosseguiu com a ofensiva em solo.

A ação tem o objetivo de "desalojar insurgentes e militantes estrangeiros [da região], e romper sistemas de apoio rebeldes em Karabilah", afirmou o comunicado americano.

Segundo o chefe do hospital de Qaim, Hamdi al Alusi, seis pessoas morreram, entre elas uma mulher. Nenhum corpo foi identificado.

Ainda não está claro qual é a força da resistência que os americanos encontraram na região. Clérigos sunitas locais pediram a todos os residentes para que ficassem em suas casas.

Segundo o Exército americano, rebeldes sunitas ocupam as regiões desertas do oeste, e o líder da Al Qaeda no Iraque, Abu Musab al Zarqawi, pode estar escondido em Al Anbar.

Violência

Em mais um dia de violência no Iraque, rebeldes lançaram um carro-bomba contra uma mesquita xiita no momento em que ocorriam as orações de sexta-feira [dia sagrado para os muçulmanos]. Quatro pessoas ficaram feridas e nenhuma corre risco de morte.

O ataque ocorreu em Kamaliya, distrito a leste da capital Bagdá. Nos últimos dias, ações rebeldes mataram mais de cem pessoas no Iraque.

Um caminhão-tanque que estava estacionado próximo do local do ataque se incendiou após a explosão, gerando uma enorme coluna de fumaça que cobriu a região.

Ataques contra mesquita xiitas tornaram-se alvo comum no Iraque e já causaram a morte de centenas de civis inocentes.

Com agências internacionais

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