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20/06/2005
-
14h47
da Folha Online
Seis carros-bomba mataram 37 pessoas e deixaram mais de cem feridos no Iraque nesta segunda-feira. Na ação mais grave, um suicida explodiu o carro que conduzia em um centro policial iraquiano na cidade curda de Arbil, no norte do país, onde 200 recrutas se aglomeravam --15 morreram e mais de cem se feriram.
O grupo do terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, líder da rede terrorista da Al Qaeda no Iraque, reivindicou a ação na internet. Um dos maiores inimigos dos EUA, a recompensa por Zarqawi é a mesma oferecida por Osama bin Laden: US$ 25 milhões.
Outras ações de insurgentes deixaram 22 mortos no país, incluindo um soldado americano, que morreu em uma explosão ocorrida em uma estrada no norte do Iraque. Desde 28 de abril último, quando o novo gabinete iraquiano foi anunciado, 1.189 pessoas morreram devido às ações violentas da insurgência iraquiana, de acordo com a agência de notícias Associated Press.
No ataque desta segunda-feira em Arbil, um suicida vestido de policial lançou seu carro-bomba contra cerca de 200 recrutas [da segurança de trânsito]. "Alguns conseguiram correr, mas muitos não puderam se deslocar quando o carro se aproximou e explodiu", disse Raeder Mohammed, um dos recrutas que estavam no local. Outros cinco carros-bomba foram lançados contra bases da polícia iraquiana. No início de maio, um homem-bomba matou 46 recrutas em um posto policial na cidade curda.
Os ataques desta segunda-feira são uma resposta a uma ação dos americanos na região fronteiriça com a Síria, na qual, segundo os EUA, 60 insurgentes foram mortos e cem capturados. Um marine [fuzileiro naval] também morreu na ação, e outros três ficaram feridos.
Neste domingo, 40 pessoas morreram em ataques no país --a maioria civis. A exemplo das ações desta segunda-feira, os rebeldes tiveram como alvo bases policiais iraquianas. Em um dos ataques, um suicida se explodiu em um restaurante lotado de policiais, deixando um rastro de sangue e de pedaços de corpos: 23 morreram e 30 ficaram feridos.
Série de carros-bomba
Os outros ataques com carros-bomba desta segunda-feira ocorreram na capital Bagdá. Dois foram detonados contra delegacias iraquianas no sudoeste da capital. Na mesma região, também houve troca de tiros entre policiais iraquianos e americanos contra membros da insurgência.
De acordo com militares dos EUA, cinco soldados e policiais morreram na ação. Outros 20 teriam ficado feridos no bem elaborado ataque dos rebeldes, que só foi interrompido quando reforços aéreos e terrestres dos EUA chegaram ao local.
Policiais iraquianos da região disseram à agência Reuters que 18 insurgentes foram mortos e 14 capturados.
Pouco depois, outros dois carros-bomba tiveram como alvo um posto policial iraquiano no distrito de Mansour, no oeste de Bagdá, segundo informações do Ministério iraquiano da Defesa. O último carro-bomba explodiu em um posto de checagem na estrada que leva ao aeroporto de Bagdá, deixando cinco mortos e três feridos.
A nova onda de violência acontece ao mesmo tempo em que influentes senadores americanos criticaram a forma como o presidente George W. Bush está conduzindo mais de dois anos de guerra. Para os senadores, é preciso que seja dito ao povo americano que os seus soldados estão enfrentando uma "longa e bastante difícil batalha" no Iraque.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre ataques em Bagdá
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Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Ataques rebeldes deixam 37 mortos e mais de cem feridos no Iraque
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Seis carros-bomba mataram 37 pessoas e deixaram mais de cem feridos no Iraque nesta segunda-feira. Na ação mais grave, um suicida explodiu o carro que conduzia em um centro policial iraquiano na cidade curda de Arbil, no norte do país, onde 200 recrutas se aglomeravam --15 morreram e mais de cem se feriram.
O grupo do terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, líder da rede terrorista da Al Qaeda no Iraque, reivindicou a ação na internet. Um dos maiores inimigos dos EUA, a recompensa por Zarqawi é a mesma oferecida por Osama bin Laden: US$ 25 milhões.
Outras ações de insurgentes deixaram 22 mortos no país, incluindo um soldado americano, que morreu em uma explosão ocorrida em uma estrada no norte do Iraque. Desde 28 de abril último, quando o novo gabinete iraquiano foi anunciado, 1.189 pessoas morreram devido às ações violentas da insurgência iraquiana, de acordo com a agência de notícias Associated Press.
No ataque desta segunda-feira em Arbil, um suicida vestido de policial lançou seu carro-bomba contra cerca de 200 recrutas [da segurança de trânsito]. "Alguns conseguiram correr, mas muitos não puderam se deslocar quando o carro se aproximou e explodiu", disse Raeder Mohammed, um dos recrutas que estavam no local. Outros cinco carros-bomba foram lançados contra bases da polícia iraquiana. No início de maio, um homem-bomba matou 46 recrutas em um posto policial na cidade curda.
Os ataques desta segunda-feira são uma resposta a uma ação dos americanos na região fronteiriça com a Síria, na qual, segundo os EUA, 60 insurgentes foram mortos e cem capturados. Um marine [fuzileiro naval] também morreu na ação, e outros três ficaram feridos.
Neste domingo, 40 pessoas morreram em ataques no país --a maioria civis. A exemplo das ações desta segunda-feira, os rebeldes tiveram como alvo bases policiais iraquianas. Em um dos ataques, um suicida se explodiu em um restaurante lotado de policiais, deixando um rastro de sangue e de pedaços de corpos: 23 morreram e 30 ficaram feridos.
Série de carros-bomba
Os outros ataques com carros-bomba desta segunda-feira ocorreram na capital Bagdá. Dois foram detonados contra delegacias iraquianas no sudoeste da capital. Na mesma região, também houve troca de tiros entre policiais iraquianos e americanos contra membros da insurgência.
De acordo com militares dos EUA, cinco soldados e policiais morreram na ação. Outros 20 teriam ficado feridos no bem elaborado ataque dos rebeldes, que só foi interrompido quando reforços aéreos e terrestres dos EUA chegaram ao local.
Policiais iraquianos da região disseram à agência Reuters que 18 insurgentes foram mortos e 14 capturados.
Pouco depois, outros dois carros-bomba tiveram como alvo um posto policial iraquiano no distrito de Mansour, no oeste de Bagdá, segundo informações do Ministério iraquiano da Defesa. O último carro-bomba explodiu em um posto de checagem na estrada que leva ao aeroporto de Bagdá, deixando cinco mortos e três feridos.
A nova onda de violência acontece ao mesmo tempo em que influentes senadores americanos criticaram a forma como o presidente George W. Bush está conduzindo mais de dois anos de guerra. Para os senadores, é preciso que seja dito ao povo americano que os seus soldados estão enfrentando uma "longa e bastante difícil batalha" no Iraque.
Com agências internacionais
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