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20/06/2005
-
17h53
da Folha Online
O presidente da Bolívia, Eduardo Rodríguez, deu início nesta segunda-feira a uma semana decisiva para estabelecer acordos regionais e buscar que o Congresso aceite renovar-se plenamente ao final do ano, como pedem diversos grupos sociais.
Rodríguez lidera um governo provisório que tem a missão de organizar eleições para presidente e vice-presidente no país -- o que ele já anunciou que fará.
No entanto, diversos setores exigem também a antecipação das eleições legislativas, que encurtaria o mandato dos 157 legisladores --previsto para acabar em agosto de 2007 --e depende de aceitação parlamentar.
A antecipação das eleições foi acordada pelas forças políticas e sociais para acabar com a profunda crise que teve início em maio e resultou na renúncia do ex-presidente Carlos Mesa e na designação de Rodríguez para o cargo, em 9 de junho. Rodríguez era o presidente da Corte Suprema de Justiça e o único que poderia convocar novas eleições.
O Congresso deve se reunir no próximo dia 28 para discutir o tema. Nesta segunda-feira, seis deputados renunciaram ao mandato, a fim de pressionar os colegas para que façam o mesmo.
A renúncia dos 27 senadores e 130 deputados e de seus suplentes é uma das maneiras que poderiam possibilitar a antecipação da escolha de novos parlamentares --que teriam mandato de cinco anos.
Apesar de uma renúncia global ser improvável, a Constituição deixa brechas para interpretação e poderia permitir a dissolução do Congresso caso esta seja a decisão da maioria.
Protestos
A nacionalização dos hidrocarbonetos e a realização de uma Assembléia Constituinte foram as principais bandeiras dos protestos na capital, La Paz, e em El Alto, que levaram à renúncia de Mesa.
As organizações cívicas e regionais de El Alto --epicentro dos protestos-- mantêm suas exigências, mas concederam uma trégua ao novo governo.
No final de semana, Rodríguez fez contatos com a Igreja Católica --para que continue sua gestão mediadora da crise-- e com as organizações cívico- empresariais de Santa Cruz, que pedem a autonomia regional.
Embora tenham estabelecido um prazo mais flexível de trabalho, as organizações reiteraram a exigência de que as eleições para governadores de estado aconteçam em 12 de agosto, junto com um referendo autonômico --que ameaçam convocar unilateralmente.
Após um recesso de onze dias, o Congresso se reunirá na terça-feira da próxima semana para discutir a convocação de eleições gerais. No momento, existe na Bolívia o temor generalizado de que os protestos voltem a paralisar o país, caso não sejam apresentadas soluções imediatas.
Com agências internacionais
Especial
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Rodríguez tenta convencer Congresso a antecipar eleições legislativas
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O presidente da Bolívia, Eduardo Rodríguez, deu início nesta segunda-feira a uma semana decisiva para estabelecer acordos regionais e buscar que o Congresso aceite renovar-se plenamente ao final do ano, como pedem diversos grupos sociais.
Rodríguez lidera um governo provisório que tem a missão de organizar eleições para presidente e vice-presidente no país -- o que ele já anunciou que fará.
No entanto, diversos setores exigem também a antecipação das eleições legislativas, que encurtaria o mandato dos 157 legisladores --previsto para acabar em agosto de 2007 --e depende de aceitação parlamentar.
A antecipação das eleições foi acordada pelas forças políticas e sociais para acabar com a profunda crise que teve início em maio e resultou na renúncia do ex-presidente Carlos Mesa e na designação de Rodríguez para o cargo, em 9 de junho. Rodríguez era o presidente da Corte Suprema de Justiça e o único que poderia convocar novas eleições.
O Congresso deve se reunir no próximo dia 28 para discutir o tema. Nesta segunda-feira, seis deputados renunciaram ao mandato, a fim de pressionar os colegas para que façam o mesmo.
A renúncia dos 27 senadores e 130 deputados e de seus suplentes é uma das maneiras que poderiam possibilitar a antecipação da escolha de novos parlamentares --que teriam mandato de cinco anos.
Apesar de uma renúncia global ser improvável, a Constituição deixa brechas para interpretação e poderia permitir a dissolução do Congresso caso esta seja a decisão da maioria.
Protestos
A nacionalização dos hidrocarbonetos e a realização de uma Assembléia Constituinte foram as principais bandeiras dos protestos na capital, La Paz, e em El Alto, que levaram à renúncia de Mesa.
As organizações cívicas e regionais de El Alto --epicentro dos protestos-- mantêm suas exigências, mas concederam uma trégua ao novo governo.
No final de semana, Rodríguez fez contatos com a Igreja Católica --para que continue sua gestão mediadora da crise-- e com as organizações cívico- empresariais de Santa Cruz, que pedem a autonomia regional.
Embora tenham estabelecido um prazo mais flexível de trabalho, as organizações reiteraram a exigência de que as eleições para governadores de estado aconteçam em 12 de agosto, junto com um referendo autonômico --que ameaçam convocar unilateralmente.
Após um recesso de onze dias, o Congresso se reunirá na terça-feira da próxima semana para discutir a convocação de eleições gerais. No momento, existe na Bolívia o temor generalizado de que os protestos voltem a paralisar o país, caso não sejam apresentadas soluções imediatas.
Com agências internacionais
Especial
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