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21/06/2005
-
16h53
da Folha Online
A reunião desta terça-feira entre o premiê israelense, Ariel Sharon, e o líder palestino, Mahmoud Abbas, foi chamada pelo premiê palestino, Ahmed Korei, de difícil" e "abaixo das expectativas".
Durante o encontro, Sharon se comprometeu a entregar duas cidades aos palestinos [Qalqiliya e Belém] em duas semanas, caso Abbas controle e desarme os grupos extremistas, como o Hamas e o Jihad Islâmico.
Segundo Korei, que falou de Ramallah (Cisjordânia), israelenses e palestinos falharam na intenção de resolver "as questões essenciais" no encontro-- o primeiro desde o acordo verbal de cessar-fogo selado entre palestinos e israelenses, em fevereiro no Egito.
"Em todas as questões básicas que esperávamos respostas positivas, não houve nenhuma", afirmou Korei. Sharon e Abbas ficaram reunidos por cerca de duas horas na residência do líder israelense, em Jerusalém.
Abbas deveria conversar com a imprensa após o encontro, mas Korei falou em seu lugar -- aparentemente, um sinal da frustração palestina com o resultado da reunião israelo-palestina.
Quando questionado sobre o resultado do encontro, Mohammed Dahlan, ministro palestino responsável pela coordenação da retirada, afirmou: "Não houve nada, nada".
Este foi o primeiro encontro entre as chefias de governo israelense e palestina ocorrido em Jerusalém.
Antes do encontro dos dois líderes, 52 supostos membros do grupo extremista palestino Jihad Islâmico foram presos por soldados israelenses, em uma operação realizada na Cisjordânia.
A operação de detenção desta terça-feira foi a maior realizada na região desde o último encontro entre os dois líderes, em 8 de fevereiro.
Violência
Segundo o governo israelense, Sharon disse a Abbas que Israel entregará o controle de mais duas cidades da Cisjordânia e irá considerar a libertação de mais prisioneiros, se os palestinos agirem para pôr fim à violência.
"Quando estávamos em Sharm el Sheik (Egito), você [referindo-se a Abbas]disse que iria empregar todos os esforços para acabar com a infra-estrutura do terror, mas a ação nesse sentido nunca aconteceu", disse Sharon, de acordo com registro em vídeo da reunião, divulgado pelo governo de Israel.
A reunião desta terça-feira tinha o objetivo de coordenar a retirada israelense da faixa de Gaza, prevista para agosto. Em discurso feito após a reunião, Sharon afirmou que ele e Abbas "concordaram sobre toda a coordenação da saída de Gaza".
"Não haverá retirada sob violência. Não interromperemos a retirada. Nós daremos fim ao terrorismo", disse Sharon.
Segundo a rádio israelense, Sharon deu a Abbas permissão para começar os preparativos para a reabertura do aeroporto e do porto em Gaza. As medidas visam diminuir o isolamento da região depois da retirada dos colonos israelenses.
Retirada
Abbas disse a Sharon que está organizando um efetivo de 5.000 homens para garantir a calma durante a retirada, segundo oficiais israelenses que participaram da reunião.
Sharon, por sua vez, disse a Abbas que Israel irá entregar o controle das cidades de Qalqiliya e Belém em duas semanas, se os palestinos tomarem medidas para acabar com os ataques, de acordo com o conselheiro de Sharon, Ranaan Gissin.
Israel também consideraria libertar mais prisioneiros e permitir que palestinos exilados por envolvimento em ataques retornassem à região.
Pelo acordo de cessar-fogo, Israel deveria entregar o controle da segurança de cinco cidades aos palestinos, mas apenas duas foram entregues até agora, Jericó e Tulkarem. Israel acusa os palestinos de não ter desarmado os militantes nas cidades sob seu controle.
Com agências internacionais
Especial
Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
Leia o que já foi publicado sobre grupos extremistas palestinos
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Reunião entre Sharon e Abbas termina sem soluções efetivas
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A reunião desta terça-feira entre o premiê israelense, Ariel Sharon, e o líder palestino, Mahmoud Abbas, foi chamada pelo premiê palestino, Ahmed Korei, de difícil" e "abaixo das expectativas".
Durante o encontro, Sharon se comprometeu a entregar duas cidades aos palestinos [Qalqiliya e Belém] em duas semanas, caso Abbas controle e desarme os grupos extremistas, como o Hamas e o Jihad Islâmico.
Segundo Korei, que falou de Ramallah (Cisjordânia), israelenses e palestinos falharam na intenção de resolver "as questões essenciais" no encontro-- o primeiro desde o acordo verbal de cessar-fogo selado entre palestinos e israelenses, em fevereiro no Egito.
"Em todas as questões básicas que esperávamos respostas positivas, não houve nenhuma", afirmou Korei. Sharon e Abbas ficaram reunidos por cerca de duas horas na residência do líder israelense, em Jerusalém.
Abbas deveria conversar com a imprensa após o encontro, mas Korei falou em seu lugar -- aparentemente, um sinal da frustração palestina com o resultado da reunião israelo-palestina.
Quando questionado sobre o resultado do encontro, Mohammed Dahlan, ministro palestino responsável pela coordenação da retirada, afirmou: "Não houve nada, nada".
Este foi o primeiro encontro entre as chefias de governo israelense e palestina ocorrido em Jerusalém.
Antes do encontro dos dois líderes, 52 supostos membros do grupo extremista palestino Jihad Islâmico foram presos por soldados israelenses, em uma operação realizada na Cisjordânia.
A operação de detenção desta terça-feira foi a maior realizada na região desde o último encontro entre os dois líderes, em 8 de fevereiro.
Violência
Segundo o governo israelense, Sharon disse a Abbas que Israel entregará o controle de mais duas cidades da Cisjordânia e irá considerar a libertação de mais prisioneiros, se os palestinos agirem para pôr fim à violência.
"Quando estávamos em Sharm el Sheik (Egito), você [referindo-se a Abbas]disse que iria empregar todos os esforços para acabar com a infra-estrutura do terror, mas a ação nesse sentido nunca aconteceu", disse Sharon, de acordo com registro em vídeo da reunião, divulgado pelo governo de Israel.
A reunião desta terça-feira tinha o objetivo de coordenar a retirada israelense da faixa de Gaza, prevista para agosto. Em discurso feito após a reunião, Sharon afirmou que ele e Abbas "concordaram sobre toda a coordenação da saída de Gaza".
"Não haverá retirada sob violência. Não interromperemos a retirada. Nós daremos fim ao terrorismo", disse Sharon.
Segundo a rádio israelense, Sharon deu a Abbas permissão para começar os preparativos para a reabertura do aeroporto e do porto em Gaza. As medidas visam diminuir o isolamento da região depois da retirada dos colonos israelenses.
Retirada
Abbas disse a Sharon que está organizando um efetivo de 5.000 homens para garantir a calma durante a retirada, segundo oficiais israelenses que participaram da reunião.
Sharon, por sua vez, disse a Abbas que Israel irá entregar o controle das cidades de Qalqiliya e Belém em duas semanas, se os palestinos tomarem medidas para acabar com os ataques, de acordo com o conselheiro de Sharon, Ranaan Gissin.
Israel também consideraria libertar mais prisioneiros e permitir que palestinos exilados por envolvimento em ataques retornassem à região.
Pelo acordo de cessar-fogo, Israel deveria entregar o controle da segurança de cinco cidades aos palestinos, mas apenas duas foram entregues até agora, Jericó e Tulkarem. Israel acusa os palestinos de não ter desarmado os militantes nas cidades sob seu controle.
Com agências internacionais
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