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23/06/2005
-
22h11
da EFE, em Washington
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, disse nesta quinta-feira que seria um "erro" definir uma data para a retirada das tropas de seu país do Iraque, como pediram alguns legisladores republicanos e democratas.
Uma data para a saída "daria um salva-vidas aos terroristas que nos últimos meses sofreram baixas significativas, perderam refúgios e viram o apoio popular diminuído", disse Rumsfeld ao Comitê das Forças Armadas do Senado.
O chefe do Pentágono adotou um tom defensivo diante do comitê e na busca de apoio à estratégia do governo, consciente de que cada nova pesquisa mostra menos apoio à guerra no Iraque entre os americanos e no Congresso.
A última pesquisa feita pelo Gallup nesta semana mostrou que apenas 39% dos entrevistados apóia as operações militares no Iraque.
"Os que dizem que estamos perdendo esta guerra estão errados. Não é verdade", disse hoje Rumsfeld, em aparente resposta a essas críticas.
Resistência
No mês passado, o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, afirmou que a resistência iraquiana estava "agonizando", mas os dois responsáveis militares de maior categoria das operações nesse país contradisseram hoje essa afirmação.
Na audiência, o general John Abizaid, chefe do Comando Central, reconheceu que "há mais combatentes estrangeiros no Iraque que há seis meses".
O chefe do Estado Maior conjunto, o general Richard Myers, disse que a força da "insurgência" não diminuiu "no último meio ano".
Rumsfeld afirmou que a retirada dos 135 mil soldados americanos que estão no Iraque dependerá da reconciliação dos diferentes "grupos étnicos" e da atitude dos países vizinhos, "cujo comportamento continua sendo negativo'.
'Os rebeldes continuam entrando no Iraque pela Síria e Irã. As nações que servem como condutores dos assassinos em massa não são amigas dos iraquianos, não são amigas dos Estados Unidos, e com certeza não são amigas do mundo civilizado', disse Rumsfeld.
Proposta
Um pequeno grupo de legisladores republicanos e democratas propôs na semana passada uma resolução para que os Estados Unidos comece a retirar suas tropas em 1º de outubro de 2006.
Na audiência, os democratas pediram que a administração dê aos americanos uma visão realista da situação no Iraque.
"O fato é que a insurgência não diminuiu", disse o senador democrata Carl Levin, afirmando que os soldados americanos no Iraque merecem uma avaliação "objetiva" da situação no local e dos "próximos passos".
O senador democrata Edward Kennedy lembrou a Rumsfeld sobre os "graves erros e equívocos" no planejamento da guerra e no pós-guerra do Iraque, que se tornou "um atoleiro" onde morreram cerca de 1.730 soldados americanos.
'Não chegou o momento de o senhor renunciar [ao cargo]?', perguntou Kennedy a Rumsfeld.
O chefe do Pentágono respondeu que apresentou seu afastamento ao presidente americano George W. Bush duas vezes, ambas rejeitadas. "É decisão dele (Bush)", disse Rumsfeld.
Hoje, pelo menos 16 pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas em três atentados cometidos em menos de uma hora em um bairro de Bagdá, e em um quarto ataque em Tuz-Khurmatu, a 170 quilômetros ao nordeste da capital.
Essas ações são parte de uma onda de violência que matou mais de 1.100 pessoas desde a formação do novo governo de Ibrahim al Jaafari, em 28 de abril passado.
O próprio Al Jaafari se reunirá na sexta-feira pela primeira vez com o presidente americano na Casa Branca para falar sobre os "progressos" alcançados no Iraque, segundo fontes oficiais.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Donald Rumsfeld
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Rumsfeld considera "erro" anunciar retirada americana do Iraque
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O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, disse nesta quinta-feira que seria um "erro" definir uma data para a retirada das tropas de seu país do Iraque, como pediram alguns legisladores republicanos e democratas.
Uma data para a saída "daria um salva-vidas aos terroristas que nos últimos meses sofreram baixas significativas, perderam refúgios e viram o apoio popular diminuído", disse Rumsfeld ao Comitê das Forças Armadas do Senado.
8.jun.2005/Reuters |
Donald Rumsfeld, secretário de Defesa dos EUA |
A última pesquisa feita pelo Gallup nesta semana mostrou que apenas 39% dos entrevistados apóia as operações militares no Iraque.
"Os que dizem que estamos perdendo esta guerra estão errados. Não é verdade", disse hoje Rumsfeld, em aparente resposta a essas críticas.
Resistência
No mês passado, o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, afirmou que a resistência iraquiana estava "agonizando", mas os dois responsáveis militares de maior categoria das operações nesse país contradisseram hoje essa afirmação.
Na audiência, o general John Abizaid, chefe do Comando Central, reconheceu que "há mais combatentes estrangeiros no Iraque que há seis meses".
O chefe do Estado Maior conjunto, o general Richard Myers, disse que a força da "insurgência" não diminuiu "no último meio ano".
Rumsfeld afirmou que a retirada dos 135 mil soldados americanos que estão no Iraque dependerá da reconciliação dos diferentes "grupos étnicos" e da atitude dos países vizinhos, "cujo comportamento continua sendo negativo'.
'Os rebeldes continuam entrando no Iraque pela Síria e Irã. As nações que servem como condutores dos assassinos em massa não são amigas dos iraquianos, não são amigas dos Estados Unidos, e com certeza não são amigas do mundo civilizado', disse Rumsfeld.
Proposta
Um pequeno grupo de legisladores republicanos e democratas propôs na semana passada uma resolução para que os Estados Unidos comece a retirar suas tropas em 1º de outubro de 2006.
Na audiência, os democratas pediram que a administração dê aos americanos uma visão realista da situação no Iraque.
"O fato é que a insurgência não diminuiu", disse o senador democrata Carl Levin, afirmando que os soldados americanos no Iraque merecem uma avaliação "objetiva" da situação no local e dos "próximos passos".
O senador democrata Edward Kennedy lembrou a Rumsfeld sobre os "graves erros e equívocos" no planejamento da guerra e no pós-guerra do Iraque, que se tornou "um atoleiro" onde morreram cerca de 1.730 soldados americanos.
'Não chegou o momento de o senhor renunciar [ao cargo]?', perguntou Kennedy a Rumsfeld.
O chefe do Pentágono respondeu que apresentou seu afastamento ao presidente americano George W. Bush duas vezes, ambas rejeitadas. "É decisão dele (Bush)", disse Rumsfeld.
Hoje, pelo menos 16 pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas em três atentados cometidos em menos de uma hora em um bairro de Bagdá, e em um quarto ataque em Tuz-Khurmatu, a 170 quilômetros ao nordeste da capital.
Essas ações são parte de uma onda de violência que matou mais de 1.100 pessoas desde a formação do novo governo de Ibrahim al Jaafari, em 28 de abril passado.
O próprio Al Jaafari se reunirá na sexta-feira pela primeira vez com o presidente americano na Casa Branca para falar sobre os "progressos" alcançados no Iraque, segundo fontes oficiais.
Com agências internacionais
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