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27/06/2005
-
11h39
da Folha Online
Os Estados Unidos planejam retomar a produção de plutônio 238 pela primeira vez desde a Guerra Fria, segundo reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal "The New York Times". Apenas uma gota da substância pode causar câncer, e o anúncio levanta o debate sobre os benefícios e riscos de seu uso.
O plutônio 238, um isótopo do metal, não tem um papel importante nas armas nucleares, e é usado em geradores térmicos de eletricidade. As baterias nucleares com plutônio 238 foram utilizadas para dar energia às naves espaciais que percorriam grandes distâncias.
Segundo o "NYT", o governo dos EUA prevê a produção de cerca de 140 quilos de plutônio 238 ao longo de 30 anos no Laboratório Nacional Idaho, em Wyoming, o Estado do vice-presidente Dick Cheney.
O jornal, que atribuiu a informação a funcionários não-identificados, informa que o programa custará cerca de US$ 1,5 bilhão e gerará "mais de 50 mil barris de resíduos tóxicos e radiativos".
"Os diretores do projeto dizem que a maior parte do novo plutônio, ou tudo, é destinado a missões secretas, e recusaram dar detalhes", afirma o jornal, acrescentando que, no passado, [o plutônio 238] serviu como fonte de energia para artefatos de espionagem.
O diretor de sistemas de energia por radioisótopos do Departamento de Energia, Tim Frazier, disse ao jornal que a razão real pela qual os EUA vão retomar a produção da substância "é a segurança nacional". Mas Frazier "negou energicamente que alguma das missões secretas envolva armas nucleares, satélites ou armas no espaço".
O governo de Bush, que abandonou há anos um pacto assinado nos anos 70 com a então União Soviética que impedia a construção de sistemas contra mísseis balísticos, estuda a construção de novas armas atômicas e financia um programa para a instalação de armas no espaço, de acordo com o "NYT".
Os EUA fabricaram plutônio 238 durante a Guerra Fria, nos anos 80 e, atualmente, dependem da Rússia, que não pode usar o elemento para fins militares, e de suas próprias reservas, que estão diminuindo rapidamente.
A destruição acidental de um satélite potencializado com plutônio 238 em 1964 espalhou radioatividade por todo o planeta, afirma o jornal, o que suscitou intensos debates sobre os efeitos do material na saúde humana.
Especial
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EUA devem retomar produção de plutônio, diz "NYT"
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Os Estados Unidos planejam retomar a produção de plutônio 238 pela primeira vez desde a Guerra Fria, segundo reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal "The New York Times". Apenas uma gota da substância pode causar câncer, e o anúncio levanta o debate sobre os benefícios e riscos de seu uso.
O plutônio 238, um isótopo do metal, não tem um papel importante nas armas nucleares, e é usado em geradores térmicos de eletricidade. As baterias nucleares com plutônio 238 foram utilizadas para dar energia às naves espaciais que percorriam grandes distâncias.
Segundo o "NYT", o governo dos EUA prevê a produção de cerca de 140 quilos de plutônio 238 ao longo de 30 anos no Laboratório Nacional Idaho, em Wyoming, o Estado do vice-presidente Dick Cheney.
O jornal, que atribuiu a informação a funcionários não-identificados, informa que o programa custará cerca de US$ 1,5 bilhão e gerará "mais de 50 mil barris de resíduos tóxicos e radiativos".
"Os diretores do projeto dizem que a maior parte do novo plutônio, ou tudo, é destinado a missões secretas, e recusaram dar detalhes", afirma o jornal, acrescentando que, no passado, [o plutônio 238] serviu como fonte de energia para artefatos de espionagem.
O diretor de sistemas de energia por radioisótopos do Departamento de Energia, Tim Frazier, disse ao jornal que a razão real pela qual os EUA vão retomar a produção da substância "é a segurança nacional". Mas Frazier "negou energicamente que alguma das missões secretas envolva armas nucleares, satélites ou armas no espaço".
O governo de Bush, que abandonou há anos um pacto assinado nos anos 70 com a então União Soviética que impedia a construção de sistemas contra mísseis balísticos, estuda a construção de novas armas atômicas e financia um programa para a instalação de armas no espaço, de acordo com o "NYT".
Os EUA fabricaram plutônio 238 durante a Guerra Fria, nos anos 80 e, atualmente, dependem da Rússia, que não pode usar o elemento para fins militares, e de suas próprias reservas, que estão diminuindo rapidamente.
A destruição acidental de um satélite potencializado com plutônio 238 em 1964 espalhou radioatividade por todo o planeta, afirma o jornal, o que suscitou intensos debates sobre os efeitos do material na saúde humana.
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