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01/07/2005 - 22h19

Acordo para eleições gerais antecipadas fracassa na Bolívia

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da EFE, em La Paz

Um acordo para convocar eleições gerais antecipadas na Bolívia fracassou no Congresso do país na madrugada desta sexta-feira, após várias horas de negociações que deixaram a população em grande expectativa.

O fracasso aconteceu na Câmara dos Deputados, que se tornou o semicírculo de discussão dos líderes dos oito grupos parlamentares, no fim da terceira jornada do período extraordinário de sessões legislativas iniciado na terça-feira passada.

Em uma votação concluída às 02h45 (03h45 de Brasília), a maioria dos 105 deputados presentes rejeitou um projeto de lei que pretendia atender a solicitação da população para renovar completamente o Executivo e o Legislativo dois anos antes do período qüinqüenal iniciado em 2002.

Um total de 54 representantes votou contra a reforma, enquanto 50 a aprovaram.

Embora todos tenham concordado na necessidade de encurtar o mandato, não houve acordo no que seria a prioridade do sistema político, as eleições gerais ou a instalação de uma Assembléia Constituinte.

Proposta

A proposta rejeitada sugeria eleições em 4 de dezembro deste ano e uma votação para a Assembléia em 1º de julho de 2006.

Além disso, não se chegou a um consenso para definir a data de um plebiscito que decida a instauração de um regime autônomo no país.

Os parlamentares do Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR) e do Movimento da Esquerda Revolucionária (MIR), além de outros grupos políticos menores, propõem que primeiro aconteçam as eleições gerais, no primeiro domingo de dezembro, e que em julho de 2006 seja votada a Constituinte.

Por outro lado, clamam como urgente a Constituinte os deputados do Movimento Ao Socialismo (MAS) e da Nova Força Republicana (NFR).

Os partidos bolivianos buscam uma saída à crise provocada pelas renúncias dos presidentes Gonzalo Sánchez de Lozada, em outubro de 2003, e Carlos Mesa, em junho deste ano, em ambos casos por pressão de setores sociais que protestaram nas ruas.

Confiança

Horas antes do fracasso na sessão, o presidente do país, Eduardo Rodríguez, expressara sua confiança de que as forças políticas formariam uma aliança.

Ao mesmo tempo, ele advertiu que, em caso contrário, se verá obrigado a cumprir a norma constitucional de convocar eleições só para os dois primeiros cargos executivos do país.

Segundo essa normativa, os governantes eleitos desse pleito deverão estar à frente do governo só para cumprir o período em 2007.

Com o adiamento de uma solução à crise, aumenta a pressão sobre o chefe de Estado para que decidas sobre a conveniência de celebrar a votação para prefeitos departamentais, em 12 de agosto.

Apesar da rejeição ao projeto, os deputados continuam reunidos nesta madrugada, em busca de um consenso.

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