Publicidade
Publicidade
04/07/2005
-
15h00
da Folha Online
Um representante do grupo extremista palestino Hamas afirmou nesta segunda-feira que o grupo ainda não sabe se vai aceitar o convite feito pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, realizado em 30 de junho último, para que membros do grupo integrem o governo palestino.
O objetivo do acordo é garantir que os militantes do Hamas estarão ajudando na coordenação da retirada das 21 colônias judaicas de Gaza e quatro das 120 existentes na Cisjordânia, de acordo com o plano criado pelo primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, a ser aplicado no segundo semestre deste ano.
Com o acordo entre os extremistas e a ANP, é possível evitar ataques do Hamas contra colonos judeus ou soldados israelenses, que devem ajudar no transporte e segurança dos colonos durante a retirada.
Sami Abu Zuhri, que falou em nome do grupo, afirmou que a decisão deve ser tomada depois que Abbas encontrar os líderes do Hamas em Damasco (capital síria). A reunião deve acontecer nesta quinta-feira.
O governo de Israel se opõe à união do Hamas ao governo palestino antes que o grupo deponha as armas, mas Abbas prefere cooptar os militantes, integrando-os ao gabinete e também às forças de segurança.
Assassinato
O presidente israelense, Moshe Katzav, afirmou nesta segunda-feira que teme que algum opositor à retirada dos assentamentos judaicos da faixa de Gaza tente assassinar Sharon.
Devido ao plano [elaborado pelo premiê], Sharon, que antes era visto como "ídolo" da direita israelense, passou a a ser considerado um vilão, quando resolveu retirar os judeus que vivem nos territórios palestinos.
"Um demente pode sair e dizer: tenho que salvar o Estado de Israel da destruição, porque é o que dizem os rabinos que afirmam que o Estado de Israel está a ponto de ser destruído", afirmou o presidente Katzav à rádio militar. "[Algum israelense extremista] Pode chegar à conclusão errônea de que para evitar a destruição do Estado de Israel deve atacar ou assassinar o primeiro-ministro", acrescentou.
Proibição
Segundo o jornal israelense "Haaretz" publicado nesta segunda-feira, o governo israelense promulgou uma lei na quinta-feira (30) que permite o julgamento de colonos judeus que tentarem mobilizar as caravanas que estiverem transportando as pessoas que forem retiradas de Gaza e da Cisjordânia.
De acordo com a nova regra, colonos que construírem postos em áreas que forem declaradas pelo Exército israelense como "restritas" serão julgados em uma corte civil.
Com o aumento da tensão entre israelenses pró e contra a retirada das colônias judaicas da faixa de Gaza, o Exército de Israel reforçou suas ações na faixa de Gaza. Até agora, dois soldados israelenses foram punidos por terem se recusado a participar das ações de retirada.
Recentemente, um grupo de israelenses contrários à retirada ocupou o hotel Palm Beach, na faixa de Gaza, transformando-o em um tipo de QG. A intenção desse grupo era o de atrair o maior número possível de israelenses contrários à saída dos colonos.
Na semana passada, soldados israelenses agiram na região e retiraram israelenses que ocupavam o hotel. Durante a ação do Exército, que teve forte resistência, alguns colonos ficaram feridos.
Para evitar que aumente ainda mais a presença de colonos judeus nos assentamentos, o governo israelense decidiu na última (30) pôr em prática uma nova fase do plano de retirada: impedir que novos israelenses contrários à iniciativa de Sharon entrem na faixa de Gaza.
Com agências internacionais
Especial
Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
Leia o que já foi publicado sobre a retirada de Gaza e da Cisjordânia
Leia o que já foi publicado sobre o Hamas
Extremistas palestinos adiam decisão sobre união com ANP
Publicidade
Um representante do grupo extremista palestino Hamas afirmou nesta segunda-feira que o grupo ainda não sabe se vai aceitar o convite feito pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, realizado em 30 de junho último, para que membros do grupo integrem o governo palestino.
O objetivo do acordo é garantir que os militantes do Hamas estarão ajudando na coordenação da retirada das 21 colônias judaicas de Gaza e quatro das 120 existentes na Cisjordânia, de acordo com o plano criado pelo primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, a ser aplicado no segundo semestre deste ano.
Com o acordo entre os extremistas e a ANP, é possível evitar ataques do Hamas contra colonos judeus ou soldados israelenses, que devem ajudar no transporte e segurança dos colonos durante a retirada.
Sami Abu Zuhri, que falou em nome do grupo, afirmou que a decisão deve ser tomada depois que Abbas encontrar os líderes do Hamas em Damasco (capital síria). A reunião deve acontecer nesta quinta-feira.
O governo de Israel se opõe à união do Hamas ao governo palestino antes que o grupo deponha as armas, mas Abbas prefere cooptar os militantes, integrando-os ao gabinete e também às forças de segurança.
Assassinato
O presidente israelense, Moshe Katzav, afirmou nesta segunda-feira que teme que algum opositor à retirada dos assentamentos judaicos da faixa de Gaza tente assassinar Sharon.
Devido ao plano [elaborado pelo premiê], Sharon, que antes era visto como "ídolo" da direita israelense, passou a a ser considerado um vilão, quando resolveu retirar os judeus que vivem nos territórios palestinos.
"Um demente pode sair e dizer: tenho que salvar o Estado de Israel da destruição, porque é o que dizem os rabinos que afirmam que o Estado de Israel está a ponto de ser destruído", afirmou o presidente Katzav à rádio militar. "[Algum israelense extremista] Pode chegar à conclusão errônea de que para evitar a destruição do Estado de Israel deve atacar ou assassinar o primeiro-ministro", acrescentou.
Proibição
Segundo o jornal israelense "Haaretz" publicado nesta segunda-feira, o governo israelense promulgou uma lei na quinta-feira (30) que permite o julgamento de colonos judeus que tentarem mobilizar as caravanas que estiverem transportando as pessoas que forem retiradas de Gaza e da Cisjordânia.
De acordo com a nova regra, colonos que construírem postos em áreas que forem declaradas pelo Exército israelense como "restritas" serão julgados em uma corte civil.
Com o aumento da tensão entre israelenses pró e contra a retirada das colônias judaicas da faixa de Gaza, o Exército de Israel reforçou suas ações na faixa de Gaza. Até agora, dois soldados israelenses foram punidos por terem se recusado a participar das ações de retirada.
Recentemente, um grupo de israelenses contrários à retirada ocupou o hotel Palm Beach, na faixa de Gaza, transformando-o em um tipo de QG. A intenção desse grupo era o de atrair o maior número possível de israelenses contrários à saída dos colonos.
Na semana passada, soldados israelenses agiram na região e retiraram israelenses que ocupavam o hotel. Durante a ação do Exército, que teve forte resistência, alguns colonos ficaram feridos.
Para evitar que aumente ainda mais a presença de colonos judeus nos assentamentos, o governo israelense decidiu na última (30) pôr em prática uma nova fase do plano de retirada: impedir que novos israelenses contrários à iniciativa de Sharon entrem na faixa de Gaza.
Com agências internacionais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice