Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/09/2000 - 09h32

Rival de Fujimori é recebido como herói no Peru

Publicidade

da Reuters
em Lima (Peru)

O presidente peruano Alberto Fujimori convocou seus principais aliados depois de lançar o país em uma atmosfera de incerteza ao anunciar, de surpresa, que pretendia realizar novas eleições das quais não participaria.

Enquanto congressistas e ministros chegavam ao palácio ontem, o homem que deseja substituir Fujimori, Alejandro Toledo, voltou para casa vindo dos EUA e foi acolhido como um herói.

Centenas de simpatizantes com bandeiras e bexigas cercaram Alejandro Toledo no momento em que ele desembarcou no aeroporto Jorge Chavez.

"Há muitos motivos para celebrar. Esse é um passo gigantesco rumo à recuperação da democracia e da liberdade", afirmou Toledo, convidando todos a participarem de um comício hoje, às 18h (20h em Brasília), no centro de Lima.

Fujimori, eleito em maio pela terceira vez consecutiva em um segundo turno boicotado pela oposição e criticado pela comunidade internacional, surpreendeu o país ao anunciar que convocaria novas eleições assim que possível e que não concorreria novamente.

Apesar de não ter fixado datas, o anúncio indicava que o dirigente eleito há mais tempo no poder na América Latina, que detém também um dos piores registros de violações de direitos humanos, preparava-se para deixar o poder após dez anos na liderança do Peru.

O primeiro-ministro do país, Federico Salas, negou que o país atravessasse um momento de vácuo político, afirmando que Fujimori estava "calmo" e que o gabinete dele "continuava e desejava continuar a trabalhar".

Mas Salas acrescentou que o gabinete, que já era considerado um "barco em meio a uma tempestade" mesmo antes do anúncio do presidente, encontrava-se agora em meio a um "furacão". O premiê afirmou que ele também não concorreria ao cargo.

Hoje, a nova crise deve abalar a moeda do país, sua bolsa de valores e os títulos da dívida.

As Forças Armadas, que governaram o país depois do golpe de 1968 até 1980, pareciam calmas no início da semana.

O comunicado de Fujimori foi feito no sábado (16), após acusações de que o chefe do serviço de inteligência do país (SIN), Vladimiro Montesinos, teria subornado um congressista da oposição. Montesinos era considerado o aliado mais próximo do presidente.

O presidente anunciou também a extinção do SIN, uma decisão interpretada como um rompimento com seu aliado.

Clique aqui para ler mais informações sobre o governo Fujimori na Folha Online.

Leia mais notícias da Reuters na Folha Online

Leia mais notícias internacionais na Folha Online
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página