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06/07/2005 - 12h22

Polícia libera protesto anti-G8 na Escócia após choques

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da Folha Online

A polícia escocesa afirmou nesta quarta-feira que vai permitir aos manifestantes do grupo G8 Alternativo que realizem o protesto programado para hoje, em um local próximo ao hotel Gleneagles (70 km de Edimburgo), onde os líderes dos países que integram o G8 [grupo dos sete países mais ricos do mundo e a Rússia], iniciam seu encontro anual.

Cerca de 10 mil policiais patrulham as ruas de Edimburgo. O centro comercial da cidade foi cercado por 200 membros das forças de segurança.

Mais cedo, a polícia tinha proibido a manifestação, devido a um violento choque entre manifestantes e policiais nesta quarta-feira, que terminou com atos de vandalismo contra veículos, prisões e pessoas feridas.

Os organizadores do G8 Alternativo acusaram a polícia escocesa de ter um "comportamento vergonhoso" ao negar a "milhares de pessoas" o direito de fazer um protesto pacífico. Os dirigentes do grupo também afirmaram não ter sido consultados pelos policiais.

Keir McKechnie, um dos organizadores do protesto, afirmou às milhares de pessoas no local: "Como vocês ousam nos dizer que não podemos nos manifestar contra o terrorista nº 1 do planeta, George W. Bush? Queremos deixar claro que nós queremos os soldados fora do Iraque, ações sérias a respeito das mudanças no clima, e o fim da dívida dos países africanos (...) queremos reparações ao estupro que a África sofreu nos últimos 200 anos".

Violência

Logo pela manhã, mais de cem ativistas vestidos de preto e com o rosto coberto, começaram a quebrar as janelas dos carros estacionados e atirar pedras contra a polícia.

O confronto ocorreu em Stirling (22 km de Gleneagles), onde mais de 5.000 pessoas --a maioria jovens que vão participar dos protestos-- estão acampadas.

O chefe da polícia local, Iain MacLeod, afirmou que 60 pessoas foram presas e nove policiais hospitalizados devido a ferimentos.

Cúpula

Os líderes do G8 --grupo formado pelos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia-- começam a se reunir a partir desta quarta-feira em Gleneagles.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, está na presidência rotativa do grupo e organiza o evento, que terá como pauta o abatimento da dívida, ajuda e regras mais justas de comércio para países africanos. Os líderes também devem discutir as mudanças climáticas.


A maioria dos dirigentes dos países que compõem o G8 [Alemanha, Canadá, França, Estados Unidos, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia] querem aumentar a ajuda doada para África para 0,56% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010, e 0,7% em 2015. O Estados Unidos --que deram 0,16% em 2004, relutam em aceitar a proposta.

Sobre o clima, o principal item da discussão é a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera, e o aquecimento global.

Com agências internacionais

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