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06/07/2005
-
20h02
da Folha Online
A cúpula dos líderes do G8 [grupo dos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia] teve início nesta quarta-feira em Gleneagles (Escócia), após um jantar oferecido pela rainha Elizabeth 2ª. O primeiro-ministro britânico Tony Blair, que ocupa a presidência rotativa do grupo, abriu a reunião.
Após a vitória em Cingapura --onde conseguiu que Londres seja anfitriã das Olimpíadas de 2012-- Blair agora quer obter dos outros líderes do grupo o compromisso de combater a pobreza na África e alcançar um consenso sobre como evitar mudanças climáticas causadas pela poluição.
O grupo, composto por Alemanha, Canadá, França, Estados Unidos, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia [que faz parte do grupo devido a sua importância geopolítica], além de alguns países convidados, entre eles Brasil e China, querem aumentar a ajuda doada para África para 0,56% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010, e 0,7% em 2015. O Estados Unidos --que deram 0,16% em 2004, relutam em aceitar a proposta.
A proposta de conquistar uma ajuda maior para a África é encabeçada pelo primeiro-ministro britânico, Tony Blair, mas as expectativas de resultado positivo são questionáveis.
O próprio ministro britânico das Finanças, Gordon Brown, admitiu nesta terça-feira que o encontro da cúpula corre o risco de desapontar a campanha contra a pobreza na África liderada pelos músicos Bono Vox, do U2, e Bob Geldof, da banda 'Boomtown Rats'.
Sobre o clima, o principal item da discussão é a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera, e o aquecimento global. O Protocolo de Kyoto --um dos temas que serão discutidos no encontro-- estabelece metas para a redução da emissão de gases poluentes ligados ao aquecimento global, mas apenas 30 países industrializados estão sujeitos a essas metas.
Os líderes devem começar a discutir nesta quinta-feira os grandes temas da reunião propostos pela presidência britânica. O governo brasileiro deve pedir ao grupo que remova todas as barreiras ao comércio internacional, inclusive os subsídios à agricultura. Tal pedido deve ser feito em parceria com Índia, China, México e África do Sul.
Antes da abertura da cúpula, os líderes participaram do jantar oferecido pela rainha Elizabeth 2ª.
Pouco antes, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, se chocou com um policial ao sair para um passeio de bicicleta nas imediações do hotel em Gleneagles. Apesar de ter sofrido ferimentos leves, Bush participou do jantar.
Protestos
Manifestações contra a cúpula ocorrem desde o início da semana. Cerca de 10 mil policiais acompanham de perto as ações dos manifestantes, que ocupam as ruas da região de Gleneagles com cartazes e muitas cores.
Poucas horas antes da abertura da cúpula, cerca de 6 mil pessoas se manifestaram nas proximidades do hotel onde estão hospedados os dirigentes.
Mais de cem pessoas foram presas nesta quarta-feira em Gleneagles, de acordo com a polícia escocesa, que também informou que 29 pessoas ficaram levemente feridas.
Em Edimburgo (capital), cerca de 300 manifestantes que voltavam de protestos em Auchterarder lotaram o principal shopping center da cidade e bloquearam ruas.
"Oito pessoas não deveriam ter o direito de controlar tudo o que acontece no mundo', afirmou Michael Pacitti, 19, de Aberdeen (Escócia). "Não há democracia quando oito pessoas tomam decisões por todos".
Com agências internacionais
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A cúpula dos líderes do G8 [grupo dos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia] teve início nesta quarta-feira em Gleneagles (Escócia), após um jantar oferecido pela rainha Elizabeth 2ª. O primeiro-ministro britânico Tony Blair, que ocupa a presidência rotativa do grupo, abriu a reunião.
Após a vitória em Cingapura --onde conseguiu que Londres seja anfitriã das Olimpíadas de 2012-- Blair agora quer obter dos outros líderes do grupo o compromisso de combater a pobreza na África e alcançar um consenso sobre como evitar mudanças climáticas causadas pela poluição.
O grupo, composto por Alemanha, Canadá, França, Estados Unidos, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia [que faz parte do grupo devido a sua importância geopolítica], além de alguns países convidados, entre eles Brasil e China, querem aumentar a ajuda doada para África para 0,56% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010, e 0,7% em 2015. O Estados Unidos --que deram 0,16% em 2004, relutam em aceitar a proposta.
A proposta de conquistar uma ajuda maior para a África é encabeçada pelo primeiro-ministro britânico, Tony Blair, mas as expectativas de resultado positivo são questionáveis.
O próprio ministro britânico das Finanças, Gordon Brown, admitiu nesta terça-feira que o encontro da cúpula corre o risco de desapontar a campanha contra a pobreza na África liderada pelos músicos Bono Vox, do U2, e Bob Geldof, da banda 'Boomtown Rats'.
Sobre o clima, o principal item da discussão é a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera, e o aquecimento global. O Protocolo de Kyoto --um dos temas que serão discutidos no encontro-- estabelece metas para a redução da emissão de gases poluentes ligados ao aquecimento global, mas apenas 30 países industrializados estão sujeitos a essas metas.
Os líderes devem começar a discutir nesta quinta-feira os grandes temas da reunião propostos pela presidência britânica. O governo brasileiro deve pedir ao grupo que remova todas as barreiras ao comércio internacional, inclusive os subsídios à agricultura. Tal pedido deve ser feito em parceria com Índia, China, México e África do Sul.
Antes da abertura da cúpula, os líderes participaram do jantar oferecido pela rainha Elizabeth 2ª.
Pouco antes, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, se chocou com um policial ao sair para um passeio de bicicleta nas imediações do hotel em Gleneagles. Apesar de ter sofrido ferimentos leves, Bush participou do jantar.
Protestos
Manifestações contra a cúpula ocorrem desde o início da semana. Cerca de 10 mil policiais acompanham de perto as ações dos manifestantes, que ocupam as ruas da região de Gleneagles com cartazes e muitas cores.
Poucas horas antes da abertura da cúpula, cerca de 6 mil pessoas se manifestaram nas proximidades do hotel onde estão hospedados os dirigentes.
Mais de cem pessoas foram presas nesta quarta-feira em Gleneagles, de acordo com a polícia escocesa, que também informou que 29 pessoas ficaram levemente feridas.
Em Edimburgo (capital), cerca de 300 manifestantes que voltavam de protestos em Auchterarder lotaram o principal shopping center da cidade e bloquearam ruas.
"Oito pessoas não deveriam ter o direito de controlar tudo o que acontece no mundo', afirmou Michael Pacitti, 19, de Aberdeen (Escócia). "Não há democracia quando oito pessoas tomam decisões por todos".
Com agências internacionais
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