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11/07/2005
-
17h45
da EFE, em Jerusalém
O alto representante de Política Externa e Segurança da União Européia (UE), Javier Solana, criticou nesta segunda-feira a barreira de separação que Israel está construindo ao redor de Jerusalém e cujo último trecho, aprovado no domingo (10) pelo Conselho de Ministros, deixará 55 mil palestinos isolados.
"A UE é contra a barreira em Jerusalém, da mesma forma que foi contra que Israel construa em território cisjordaniano, porque constrói em território ocupado", disse Solana, que começou uma viagem de quatro dias para se reunir com as autoridades israelenses e palestinas.
"Achamos que Israel tem o direito de se defender, mas consideramos que como o muro é construído fora do território israelense, não é propriamente legal, e também cria problemas humanitários", acrescentou.
Solana disse ainda que o muro ao redor de Jerusalém terá um efeito simbólico ruim, porque "a cidade é santa para judeus, cristãos e muçulmanos".
Gaza
Depois da reunião que teve nesta segunda-feira com o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, Solana disse que o líder israelense "está comprometido com a retirada de Israel da faixa de Gaza, apesar das dificuldades causadas pela rebelião dos extremistas israelenses e pelas divisões em seu próprio partido, o Likud".
Solana disse ainda que haverá colaboração entre os serviços de inteligência israelenses e europeus para esclarecer os atentados de 7 de julho em Londres, "mas são grupos diferentes os que agem aqui e na Europa".
Durante a reunião que teve nesta segunda-feira com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Silvan Shalom, Solana disse que o Hamas ficará na lista de organizações terroristas da União Européia (UE).
Shalom condenou os supostos contatos de diplomatas europeus com líderes de grupos extremistas palestinos. "Qualquer diálogo, mesmo aquele ao nível mais ínfimo, com as organizações terroristas, dá a eles legitimidade e aumenta sua motivação para o terrorismo", disse o ministro israelense.
O ministro se referia aos supostos contatos de funcionários abaixo dos embaixadores durante as eleições municipais com candidatos do grupo islâmico Hamas --que cometeu cerca de dez atentados contra civis israelenses.
O prefeito da cidade de Qalqilya é membro do Hamas. Israel considera que esse tipo de contato, inclusive com os prefeitos, apenas legitima o terrorismo.
Ataques
Segundo Solana, a UE pediu que a ANP "desmonte as infra-estruturas terroristas" e impeça os ataques de milicianos palestinos durante a retirada de mais de 7 mil colonos da Faixa de Gaza, em agosto.
De acordo com a porta-voz do representante da UE, Helena Peresso, Solana e Shalom condenaram os atentados em Londres e afirmaram que não devem haver divergências na luta contra o terrorismo.
Durante o encontro com o vice-primeiro-ministro de Israel, Shimon Peres, junto com o assessor econômico do Quarteto de Madri, James Wolfensohn, Solana disse que a UE está disposta a cooperar economicamente em todos os projetos em andamento depois da retirada de Gaza.
Peres disse que Israel investiu cerca de US$ 300 milhões nos controles da fronteira ao redor de Gaza, e que o alto custo da operação de retirada levaram as autoridades israelenses a pedir hoje US$ 2,2 bilhões a Washington.
Especial
Leia cobertura completa sobre a UE
Leia o que já foi publicado sobre a barreira israelense em Jerusalém
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União Européia critica barreira de segurança ao redor de Jerusalém
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O alto representante de Política Externa e Segurança da União Européia (UE), Javier Solana, criticou nesta segunda-feira a barreira de separação que Israel está construindo ao redor de Jerusalém e cujo último trecho, aprovado no domingo (10) pelo Conselho de Ministros, deixará 55 mil palestinos isolados.
"A UE é contra a barreira em Jerusalém, da mesma forma que foi contra que Israel construa em território cisjordaniano, porque constrói em território ocupado", disse Solana, que começou uma viagem de quatro dias para se reunir com as autoridades israelenses e palestinas.
"Achamos que Israel tem o direito de se defender, mas consideramos que como o muro é construído fora do território israelense, não é propriamente legal, e também cria problemas humanitários", acrescentou.
Solana disse ainda que o muro ao redor de Jerusalém terá um efeito simbólico ruim, porque "a cidade é santa para judeus, cristãos e muçulmanos".
Gaza
Depois da reunião que teve nesta segunda-feira com o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, Solana disse que o líder israelense "está comprometido com a retirada de Israel da faixa de Gaza, apesar das dificuldades causadas pela rebelião dos extremistas israelenses e pelas divisões em seu próprio partido, o Likud".
Solana disse ainda que haverá colaboração entre os serviços de inteligência israelenses e europeus para esclarecer os atentados de 7 de julho em Londres, "mas são grupos diferentes os que agem aqui e na Europa".
Durante a reunião que teve nesta segunda-feira com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Silvan Shalom, Solana disse que o Hamas ficará na lista de organizações terroristas da União Européia (UE).
Shalom condenou os supostos contatos de diplomatas europeus com líderes de grupos extremistas palestinos. "Qualquer diálogo, mesmo aquele ao nível mais ínfimo, com as organizações terroristas, dá a eles legitimidade e aumenta sua motivação para o terrorismo", disse o ministro israelense.
O ministro se referia aos supostos contatos de funcionários abaixo dos embaixadores durante as eleições municipais com candidatos do grupo islâmico Hamas --que cometeu cerca de dez atentados contra civis israelenses.
O prefeito da cidade de Qalqilya é membro do Hamas. Israel considera que esse tipo de contato, inclusive com os prefeitos, apenas legitima o terrorismo.
Ataques
Segundo Solana, a UE pediu que a ANP "desmonte as infra-estruturas terroristas" e impeça os ataques de milicianos palestinos durante a retirada de mais de 7 mil colonos da Faixa de Gaza, em agosto.
De acordo com a porta-voz do representante da UE, Helena Peresso, Solana e Shalom condenaram os atentados em Londres e afirmaram que não devem haver divergências na luta contra o terrorismo.
Durante o encontro com o vice-primeiro-ministro de Israel, Shimon Peres, junto com o assessor econômico do Quarteto de Madri, James Wolfensohn, Solana disse que a UE está disposta a cooperar economicamente em todos os projetos em andamento depois da retirada de Gaza.
Peres disse que Israel investiu cerca de US$ 300 milhões nos controles da fronteira ao redor de Gaza, e que o alto custo da operação de retirada levaram as autoridades israelenses a pedir hoje US$ 2,2 bilhões a Washington.
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