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12/07/2005 - 16h14

Itamaraty não comenta nova ação de busca a brasileiro seqüestrado

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EMILIA BERTOLLI
da Folha Online

A assessoria de imprensa do Itamaraty preferiu não comentar hoje a informação de que o governo brasileiro pretende fazer uma nova ofensiva para encontrar ou obter notícias do engenheiro brasileiro João José de Vasconcellos Júnior, 50, seqüestrado no Iraque em 19 de janeiro último.

De acordo com o Itamaraty, a última informação divulgada sobre Vasconcellos Jr. foi o vídeo, exibido pela rede de TV Al Jazira (Qatar), em 22 de janeiro passado, em que os supostos seqüestradores mostraram a carteira de mergulhador do brasileiro. Além disso, não há "interlocutores viáveis" que possam dar a "prova de vida" de Vasconcellos. Essa seria a maior dificuldade do Itamaraty.

Divulgação
O engenheiro brasileiro João José de Vasconcellos Jr.
A Embaixada do Brasil em Amã (Jordânia) --que concentra o Núcleo para Assuntos do Iraque-- faz coro à informação. Consultada por telefone pela Folha Online, a embaixada informou que o embaixador Affonso Celso de Ouro-Preto, enviado especial do governo brasileiro para auxiliar nas buscas de Vasconcellos Jr., esteve na cidade dez dias atrás, viajou durante cinco dias pela região, e voltou ao Brasil --sem novos dados.

Mas a embaixada, apesar de desconhecer qualquer nova iniciativa do governo brasileiro pela busca de Vasconcellos Jr., reafirmou que o trabalho de resgate "nunca foi interrompido".

A informação da viagem de Ouro-Preto [embaixador especial para o Oriente Médio] foi divulgada pelo Itamaraty em 18 de junho passado, que no entanto, não havia confirmado o data precisa que o embaixador embarcaria para a região.

Essa foi a segunda vez que Ouro-Preto viajou a Amã em busca de notícias do engenheiro seqüestrado. Em sua primeira viagem, ocorrida em março passado, ele permaneceu na região por dois meses.

Segundo comunicado oficial do Itamaraty, o embaixador Ouro-Preto manteve contatos com autoridades da Jordânia, Síria, Líbano e dos territórios palestinos, para tentar esclarecer o seqüestro de Vasconcellos.

De acordo com as autoridades de Amã, a construtora Norberto Odebrecht [para quem Vasconcellos Jr. trabalha], continua ajudando o governo brasileiro na busca pelo brasileiro.

Em junho passado, a irmã do engenheiro reclamou da ação do governo no caso, e disse se sentir "desamparada" pelas autoridades brasileiras.

Grupo organizado

Segundo o irmão de Vasconcellos Jr., Luis Henrique, o seqüestro do brasileiro foi realizado por um grupo "organizado de 20 a 30 homens", que interrompeu um comboio da empresa de segurança britânica Janusian Risk Management, responsável pela guarda dos funcionários da Odebrecht no Iraque.

No dia de seu seqüestro, Vasconcellos Jr. se dirigia para o aeroporto de Bagdá, onde embarcaria de volta ao Brasil, em 19 de janeiro passado.

Na ocasião, dez seguranças da Janusian acompanhavam o engenheiro, e "muitos foram feridos" pelos seqüestradores. Logo após o seqüestro, um comunicado do Exército americano informava que dois seguranças da Janusian --um britânico e um iraquiano-- foram mortos. A informação foi confirmada depois pela empresa.

O grupo Esquadrões Al Mujahidin reivindicou a autoria do seqüestro do brasileiro, e disse que agiu ao lado do grupo Ansar al Sunna. Apesar disso, nunca houve contato de nenhum desses grupos com o governo brasileiro.

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