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14/07/2005 - 14h13

Mais de 800 iraquianos morrem por mês no país, diz governo

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da Folha Online

Mais de 800 iraquianos --entre civis e membros das forças de segurança-- morrem ao mês no país, revelou um relatório do Ministério do Interior iraquiano, que abrange o período entre agosto de 2004 e maio deste ano, informou nesta quinta-feira o jornal "The New York Times".

Obter o número de civis mortos no Iraque não é uma tarefa fácil, em parte porque eles não são compilados sistematicamente. Por alguns meses após a invasão do país pela coalizão americana, em março de 2003, o Ministério iraquiano da Saúde divulgava contagens diárias. Com o aumento de ataques e operações militares --e, consequentemente, de mortos-- a contagem parou.

No ano passado, o Ministério iraquiano do Interior se responsabilizou por fazer a contagem.

De acordo com o jornal, o ministério iraquiano informou que 8.175 iraquianos foram mortos pelos insurgentes no período de dez meses entre agosto e maio passados. O governo não divulgou informações sobre o número de mortos antes desse período, e também não incluiu as pessoas mortas em operações militares realizadas pelo Exército americano.

Em junho passado, o ministro do Interior, Bayan Jabr, informou que os insurgentes mataram 12 mil iraquianos desde a invasão do país pela coalizão americana, em março de 2003, ou cerca de 500 pessoas ao mês.

Na segunda-feira (11), o Instituto Superior de Estudos Internacionais da Universidade de Genebra , divulgou um estudo afirmando que cerca de 39 mil iraquianos foram mortos em combates, ataques da insurgência ou atentados no mesmo período citado pelo ministério.

"Assunto delicado"

Segundo o "New York Times", o número de civis mortos no Iraque é "um assunto delicado", gerando controvérsias entre o gabinete do presidente americano, George W. Bush, e o Pentágono [comando militar americano].

Para o jornal, as autoridades americanas "deliberadamente evitam fazer contagem de corpos [de civis iraquianos mortos] para privarem os críticos de um importante argumento contra a guerra".

"É um número importante, é um grande negócio", afirmou Marc Garlasco, analista militar sênior da organização Human Rights Watch. "Isso mostra como os iraquianos estão pagando por sua liberdade", disse, ao "New York Times".

Com agências internacionais

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