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16/07/2005
-
19h09
da Folha Online
O furacão Emily voltou a ganhar força neste sábado e, com ventos de 230 km por hora, foi classificado de "extremamente perigoso" ao se aproximar do território jamaicano. O país já sofreu há uma semana sofreu com a passagem do fenômeno Dennis.
As autoridades jamaicanas pediram aos residentes da costa sul da ilha que sigam para regiões mais seguras. Além disso, fecharam os prédios governamentais e os aeroportos.
No boletim das 12h (horário de Brasília), o CNH (Centro Nacional de Furacões) informou que o Emily foi elevado à categoria quatro na escala Saffir-Simpson (que vai até cinco), após ter atingido a categoria dois na última sexta-feira, com ventos de 165 km/h.
O CNH afirmou que o Emily segue em direção oeste-noroeste e suas chuvas já estão atingindo a Jamaica.
Na madrugada de quinta-feira, o furacão provocou a morte de pelo menos uma pessoa em Granada e danos em cerca de 200 casas na ilha vizinha de Carriacou.
Espera-se que o olho do furacão passe pela região sul da Jamaica, mas devido a sua força toda a ilha se encontra sob estado de alerta, da mesma forma que as Ilhas Cayman, que devem registrar a passagem do fenômeno durante a madrugada de domingo.
O governo mexicano emitiu um alerta na região sul da península de Yucatán, ponto turístico do país, de Chetumal ao Cabo Catoche, por onde o furacão deve passar na madrugada da segunda-feira.
No litoral sul do Haiti, da fronteira com a República Dominicana até a capital Porto Príncipe, está em vigor um estado de alerta diante do temor causado pelo fortalecimento do furacão nas últimas horas.
Outro país em alerta, e que está tomando medidas preventivas diante da aproximação do Emily ao seu litoral, é Belize. O CNH advertiu que outras regiões do Caribe central e ocidental devem acompanhar o comportamento do fenômeno constantemente.
Às 12h (Brasília), o furacão se situava na latitude 16,2 norte e na longitude 77,3 oeste, cerca de 205 quilômetros ao sul-sudoeste de Kingston, capital da Jamaica, e cerca de 540 quilômetros ao sudoeste da cidade de Gran Cayman, nas Ilhas Cayman.
O Emily se desloca a cerca de 30 km/h, e os especialistas esperam que mantenha este ritmo nas próximas horas. Os ventos de furacão se estendem em um raio de 110 quilômetros a partir do olho do fenômeno, informou o CNH.
O centro assegurou que o Emily já causou chuvas de 125 a 200 milímetros na Jamaica, e que em alguns lugares do país choveu até 380 milímetros.
Cuba, que na semana passada foi atingida também pelo furacão Dennis, que causou 16 mortos e US$ 1,4 bilhão em danos materiais na ilha, deve registrar novas enchentes pela passagem do Emily, segundo o CNH.
O Emily já passou pela Venezuela, Trinidad e Tobago, e pela ilha de Granada, onde provocou uma morte e deixou um rastro de destruição.
México
As autoridades mexicanas decretaram estado de alerta e evacuaram neste sábado mais de 30 mil pessoas, entre elas cerca de 10 mil turistas da ilha de Cozumel, diante do iminente impacto da passagem do furacão Emily pela região nas próximas horas.
O SMN (Serviço Meteorológico Nacional) informou que o fenômeno é "extremamente perigoso", com um índice de periculosidade grave.
O furacão é responsável por ventos até 290 km/h, e mantém seu rumo em direção à península de Yucatán, onde deve chegar nas próximas 36 horas.
O SMN afirmou que o Emily só pode ser comparado na região ao furacão Gilbert, que em setembro de 1988 provocou enormes danos em Cancún, com ventos de até 287 km/h e categoria cinco - a máxima na escala Saffir-Simpson.
O prefeito de Cozumel, Gustavo Ortega, disse que efetuou a evacuação dos turistas, que foram levados de avião a outras cidades, principalmente à capital mexicana.
Ortega explicou que, devido à trajetória do Emily, empresas marítimas modificaram suas rotas e não há cruzeiros programados para esta semana.
Segundo ele, cerca de 3.000 turistas que não deixaram a ilha foram transportados para locais seguros na região e por lá permanecerão até a conclusão do plano de emergência.
Por sua vez, o prefeito do município de Solidaridad, que abrange Cancún, Carlos Joaquín González, declarou que foram evacuadas cerca de 12 mil pessoas nas zonas de risco. Delas, cerca de 10 mil estavam nos povoados de Tulúm, Akumal e Chemuyl, dentro do circuito turístico Cancún-Tulúm.
O prefeito disse ainda que as autoridades de outros povoados próximos à costa receberam ordem para agrupar cerca de 18 mil pessoas em centros de segurança. Serão estabelecidos cerca de 260 albergues, que estarão sob os cuidados de cerca de 550 agentes de segurança pública.
O governador de Quintana Roo, Félix González Canto, percorreu diversas regiões do estado, e informou que as ilhas Holbox, Contoy, Punta Allen, Mujeres, Punta Herrero e Banco Chinchorro, que são habitadas por cerca de 2 mil pescadores, já foram evacuadas.
O chefe de Defesa Civil do Estado, Nemesio Medina, explicou que a trajetória do Emily aponta diretamente para a ilha de Cozumel, em direção ao povoado de Tulúm. Os efeitos do furacão devem ser sentidos a partir da tarde deste domingo no local.
Medina garantiu que, caso o fenômeno mantenha a trajetória atual, a zona norte do estado não será muito atingida, e que por isso não foi prevista a evacuação dos turistas de Cancún.
O diretor de segurança pública de Cancún, Adrián Samos, disse que estarão à disposição cerca de 1.900 agentes de segurança pública, bombeiros e membros dos serviços de emergência, para atender qualquer eventualidade provocada pela passagem do Emily.
Para amanhã, o aeroporto internacional de Cancún deve realizar 380 operações, das quais 42 são vôos internacionais e os restantes nacionais, com cerca de 20 mil passageiros em vôos regulares.
O terminal aéreo esteve lotado neste sábado. Centenas de turistas buscavam um espaço nos vôos regulares e charters que partiam em direção à capital mexicana.
Com agências internacionais
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Especial
Leia o que já foi publicado sobre o furacão Ivan
Leia o que já foi publicado sobre o furacão Dennis
Leia o que já foi publicado sobre o furacão Emily
Furacão Emily se aproxima da Jamaica; México está em alerta
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O furacão Emily voltou a ganhar força neste sábado e, com ventos de 230 km por hora, foi classificado de "extremamente perigoso" ao se aproximar do território jamaicano. O país já sofreu há uma semana sofreu com a passagem do fenômeno Dennis.
As autoridades jamaicanas pediram aos residentes da costa sul da ilha que sigam para regiões mais seguras. Além disso, fecharam os prédios governamentais e os aeroportos.
No boletim das 12h (horário de Brasília), o CNH (Centro Nacional de Furacões) informou que o Emily foi elevado à categoria quatro na escala Saffir-Simpson (que vai até cinco), após ter atingido a categoria dois na última sexta-feira, com ventos de 165 km/h.
O CNH afirmou que o Emily segue em direção oeste-noroeste e suas chuvas já estão atingindo a Jamaica.
Na madrugada de quinta-feira, o furacão provocou a morte de pelo menos uma pessoa em Granada e danos em cerca de 200 casas na ilha vizinha de Carriacou.
Espera-se que o olho do furacão passe pela região sul da Jamaica, mas devido a sua força toda a ilha se encontra sob estado de alerta, da mesma forma que as Ilhas Cayman, que devem registrar a passagem do fenômeno durante a madrugada de domingo.
O governo mexicano emitiu um alerta na região sul da península de Yucatán, ponto turístico do país, de Chetumal ao Cabo Catoche, por onde o furacão deve passar na madrugada da segunda-feira.
No litoral sul do Haiti, da fronteira com a República Dominicana até a capital Porto Príncipe, está em vigor um estado de alerta diante do temor causado pelo fortalecimento do furacão nas últimas horas.
Outro país em alerta, e que está tomando medidas preventivas diante da aproximação do Emily ao seu litoral, é Belize. O CNH advertiu que outras regiões do Caribe central e ocidental devem acompanhar o comportamento do fenômeno constantemente.
Às 12h (Brasília), o furacão se situava na latitude 16,2 norte e na longitude 77,3 oeste, cerca de 205 quilômetros ao sul-sudoeste de Kingston, capital da Jamaica, e cerca de 540 quilômetros ao sudoeste da cidade de Gran Cayman, nas Ilhas Cayman.
O Emily se desloca a cerca de 30 km/h, e os especialistas esperam que mantenha este ritmo nas próximas horas. Os ventos de furacão se estendem em um raio de 110 quilômetros a partir do olho do fenômeno, informou o CNH.
O centro assegurou que o Emily já causou chuvas de 125 a 200 milímetros na Jamaica, e que em alguns lugares do país choveu até 380 milímetros.
Cuba, que na semana passada foi atingida também pelo furacão Dennis, que causou 16 mortos e US$ 1,4 bilhão em danos materiais na ilha, deve registrar novas enchentes pela passagem do Emily, segundo o CNH.
O Emily já passou pela Venezuela, Trinidad e Tobago, e pela ilha de Granada, onde provocou uma morte e deixou um rastro de destruição.
México
As autoridades mexicanas decretaram estado de alerta e evacuaram neste sábado mais de 30 mil pessoas, entre elas cerca de 10 mil turistas da ilha de Cozumel, diante do iminente impacto da passagem do furacão Emily pela região nas próximas horas.
O SMN (Serviço Meteorológico Nacional) informou que o fenômeno é "extremamente perigoso", com um índice de periculosidade grave.
O furacão é responsável por ventos até 290 km/h, e mantém seu rumo em direção à península de Yucatán, onde deve chegar nas próximas 36 horas.
O SMN afirmou que o Emily só pode ser comparado na região ao furacão Gilbert, que em setembro de 1988 provocou enormes danos em Cancún, com ventos de até 287 km/h e categoria cinco - a máxima na escala Saffir-Simpson.
O prefeito de Cozumel, Gustavo Ortega, disse que efetuou a evacuação dos turistas, que foram levados de avião a outras cidades, principalmente à capital mexicana.
Ortega explicou que, devido à trajetória do Emily, empresas marítimas modificaram suas rotas e não há cruzeiros programados para esta semana.
Segundo ele, cerca de 3.000 turistas que não deixaram a ilha foram transportados para locais seguros na região e por lá permanecerão até a conclusão do plano de emergência.
Por sua vez, o prefeito do município de Solidaridad, que abrange Cancún, Carlos Joaquín González, declarou que foram evacuadas cerca de 12 mil pessoas nas zonas de risco. Delas, cerca de 10 mil estavam nos povoados de Tulúm, Akumal e Chemuyl, dentro do circuito turístico Cancún-Tulúm.
O prefeito disse ainda que as autoridades de outros povoados próximos à costa receberam ordem para agrupar cerca de 18 mil pessoas em centros de segurança. Serão estabelecidos cerca de 260 albergues, que estarão sob os cuidados de cerca de 550 agentes de segurança pública.
O governador de Quintana Roo, Félix González Canto, percorreu diversas regiões do estado, e informou que as ilhas Holbox, Contoy, Punta Allen, Mujeres, Punta Herrero e Banco Chinchorro, que são habitadas por cerca de 2 mil pescadores, já foram evacuadas.
O chefe de Defesa Civil do Estado, Nemesio Medina, explicou que a trajetória do Emily aponta diretamente para a ilha de Cozumel, em direção ao povoado de Tulúm. Os efeitos do furacão devem ser sentidos a partir da tarde deste domingo no local.
Medina garantiu que, caso o fenômeno mantenha a trajetória atual, a zona norte do estado não será muito atingida, e que por isso não foi prevista a evacuação dos turistas de Cancún.
O diretor de segurança pública de Cancún, Adrián Samos, disse que estarão à disposição cerca de 1.900 agentes de segurança pública, bombeiros e membros dos serviços de emergência, para atender qualquer eventualidade provocada pela passagem do Emily.
Para amanhã, o aeroporto internacional de Cancún deve realizar 380 operações, das quais 42 são vôos internacionais e os restantes nacionais, com cerca de 20 mil passageiros em vôos regulares.
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