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17/07/2005 - 22h06

Atentados matam 120 pessoas durante fim de semana no Iraque

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da Folha Online

Uma nova onda de atentados suicidas matou ao menos 120 pessoas neste fim de semana no Iraque. Foi o fim de semana mais sangrento desde a queda de Saddam Hussein, em abril de 2003.

Apenas neste domingo 22 pessoas morreram em três atentados suicidas na região de Bagdá, a capital iraquiana. No sábado, um atentado a uma mesquita em Musayeb, ao sul de Bagdá, matou 98 pessoas.

Desde a semana passada, as autoridades locais contam 170 mortos em atentados suicídas no país. Nas contas da agência Associates Press, 1.766 militares norte-americanos morreram no Iraque, deste o início da guerra em março de 2003.

O primeiro ataque desta manhã de domingo foi cometido com um carro-bomba contra um comboio da polícia, deixando dois membros do comando e um civil mortos e mais 13 feridos, entre os quais nove policiais.

Em seguida, no oeste da capital, outro ataque matou um policial e feriu três civis. O terceiro matou mais cinco pessoas e um policial, e deixou seis feridos, em frente ao escritório da comissão eleitoral em Kan Sara, no sudeste de Bagdá.

Ao sul da capital, na estrada de Mahmoudiyah, seis civis morreram na explosão de mais um carro-bomba.

No outro extremo do país, ao norte, seis pessoas, entre as quais dois soldados e dois caminhoneiros, foram mortos em vários ataques, além do que mais três corpos de caminhoneiros foram encontrados.

Esses atos violentos dão continuidade à carnificina de sábado: um camicase explodiu um caminhão-tanque carregado de gás perto de uma mesquita em Musayeb, deixando 98 mortos e 156 feridos.

Os Estados Unidos e o governo iraquiano atribuíram os atentados suicidas ao líder da Al Qaeda no Iraque, Abu Musab al Zarqawi. O grupo de Zarqawi assumiu a autoria do atentado contra uma comissão eleitoral em Bagdá --que matou cinco funcionários e um policial.

O atentado de ontem aumentou a lista de ataques suicidas, cerca de 20 desde sexta-feira. Juntos, os atentados mataram mais de 170 pessoas e deixou 300 feridos.

Saddam Hussein

Em meio à escalada da violência, a Justiça procura apressar o julgamento do ex-presidente Saddam Hussein.

O ex-ditador Saddam Hussein será julgado "nos próximos dias" junto com três colaboradores --e não quatro, como se disse a princípio--, anunciou neste domingo Raad Yuhi, chefe da equipe de investigação do Tribunal Especial que vai conduzir o processo.

"A data do julgamento será anunciada nos próximos dias por membros do Tribunal Penal Especial", afirmou Yuhi em um comunicado.

Saddam e seus três tenentes serão julgados por mandar a Guarda Republicana perpetrar "assassinatos em massa" de xiitas, por secar terras agrícolas no sul para impedir a fuga de perseguidos e por prender milhares de xiitas.

Hoje o chefe do tribunal que julgará Saddam, Raid Juhi, anunciou a apresentação da primeira ação criminal contra ele. Saddam foi acusado do massacre de cerca de 150 xiitas em 1982, em Dujail, perto de Bagdá. A corte tem 45 dias para anunciar a data do julgamento.

Com agências internacionais

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