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18/07/2005
-
19h57
da Folha Online
O líder palestino, Mahmoud Abbas, afirmou nesta segunda-feira que o acordo de cessar-fogo entre israelenses e palestinos ainda pode ser "salvo" por meio de negociações com grupos extremistas islâmicos --como o Hamas e o Jihad Islâmico.
Em entrevista a jornalistas estrangeiros em Gaza, Abbas afirmou que o governo palestinos "não aceita uma guerra civil no país" e avisou os militantes que eles devem parar de agir por conta própria. "Ninguém tem o direito de criar suas próprias leis", afirmou Abbas.
O líder palestino acrescentou, no entanto, que mantém a esperança de que, com a ajuda do Egito, os militantes possam ser persuadidos a deixar as armas. "Eu não acho que a diplomacia tenha falhado completamente", disse. "Continuamos trabalhando duro (...) para alcançar um compromisso total como cessar-fogo imediatamente ou muito em breve".
Abbas culpou Israel pela violência, lembrando episódios nos quais soldados israelenses mataram palestinos, mas disse que as "decisões devem ser tomadas em consenso pelos palestinos, e nenhuma facção deve agir sozinha".
Em várias ocasiões, Israel condenou a política de persuasão de Abbas, dizendo que não há alternativa para desarmar os militantes.
Violência
Quatro dias de violência colocaram em questão o cessar-fogo selado verbalmente em fevereiro entre Abbas e o premiê israelense, Ariel Sharon-- que os grupos extremistas prometeram respeitar em março, durante uma reunião com Abbas no Cairo.
Tropas israelenses permaneceram nas ruas de Gaza durante o último final de semana e Sharon afirmou ter dado ao Exército permissão para reprimir os ataques palestinos com morteiros e foguetes Qassam [de fabricação caseira] contra alvos israelenses.
O intenso policiamento aconteceu depois que seis israelenses morreram na última semana -- cinco em um ataque suicida reivindicado pelo Jihad Islâmico e um em um ataque com foguetes realizado pelo Hamas.
Abbas disse ainda que quer evitar ao máximo a violência entre militantes e forças de segurança palestinas. "Nós esperamos e rezamos para que não tenhamos que atirar em ninguém", afirmou.
Segundo o líder palestino, manter a trégua é especialmente importante neste momento, devido aos planos de retirada israelense dos colonos judeus de Gaza, que deve ter início em agosto.
"Esses ataques e foguetes só irão prejudicar o processo de retirada e as futuras negociações", disse. "Nós queremos que essa retirada seja pacífica e definitiva", acrescentou.
Reunião
Mediadores egípcios em Gaza fizeram uma segunda reunião com líderes dos grupos militantes nesta segunda-feira, dizendo aos extremistas que eles não têm o direito de retaliar por conta própria as violações israelenses à trégua.
Após o encontro -- que reuniu líderes dos grupos islâmicos e uma delegação dirigida pelo general Mustafá al Buheiri, número dois do serviço secreto do Egito, um porta-voz do Hamas afirmou que o grupo está disposto a dar fim aos ataques, caso Israel suspenda as "agressões" contra os palestinos.
"O Hamas está disposto a parar com os disparos de foguetes, com a condição de que o inimigo [Israel] pare com suas agressões contra o povo palestino", afirmou Muchir el Masri.
Segundo ele, nas últimas horas, é perceptível uma "certa calma" na região, já que "o inimigo diminuiu o número de agressões".
Com agências internacionais
Especial
Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
Leia o que já foi publicado sobre o acordo de cessar-fogo
Cessar-fogo ainda pode ser "salvo" com negociações, diz Abbas
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O líder palestino, Mahmoud Abbas, afirmou nesta segunda-feira que o acordo de cessar-fogo entre israelenses e palestinos ainda pode ser "salvo" por meio de negociações com grupos extremistas islâmicos --como o Hamas e o Jihad Islâmico.
Em entrevista a jornalistas estrangeiros em Gaza, Abbas afirmou que o governo palestinos "não aceita uma guerra civil no país" e avisou os militantes que eles devem parar de agir por conta própria. "Ninguém tem o direito de criar suas próprias leis", afirmou Abbas.
13.fev.2005/AP |
Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina |
Abbas culpou Israel pela violência, lembrando episódios nos quais soldados israelenses mataram palestinos, mas disse que as "decisões devem ser tomadas em consenso pelos palestinos, e nenhuma facção deve agir sozinha".
Em várias ocasiões, Israel condenou a política de persuasão de Abbas, dizendo que não há alternativa para desarmar os militantes.
Violência
Quatro dias de violência colocaram em questão o cessar-fogo selado verbalmente em fevereiro entre Abbas e o premiê israelense, Ariel Sharon-- que os grupos extremistas prometeram respeitar em março, durante uma reunião com Abbas no Cairo.
Tropas israelenses permaneceram nas ruas de Gaza durante o último final de semana e Sharon afirmou ter dado ao Exército permissão para reprimir os ataques palestinos com morteiros e foguetes Qassam [de fabricação caseira] contra alvos israelenses.
O intenso policiamento aconteceu depois que seis israelenses morreram na última semana -- cinco em um ataque suicida reivindicado pelo Jihad Islâmico e um em um ataque com foguetes realizado pelo Hamas.
Abbas disse ainda que quer evitar ao máximo a violência entre militantes e forças de segurança palestinas. "Nós esperamos e rezamos para que não tenhamos que atirar em ninguém", afirmou.
Segundo o líder palestino, manter a trégua é especialmente importante neste momento, devido aos planos de retirada israelense dos colonos judeus de Gaza, que deve ter início em agosto.
"Esses ataques e foguetes só irão prejudicar o processo de retirada e as futuras negociações", disse. "Nós queremos que essa retirada seja pacífica e definitiva", acrescentou.
Reunião
Mediadores egípcios em Gaza fizeram uma segunda reunião com líderes dos grupos militantes nesta segunda-feira, dizendo aos extremistas que eles não têm o direito de retaliar por conta própria as violações israelenses à trégua.
Após o encontro -- que reuniu líderes dos grupos islâmicos e uma delegação dirigida pelo general Mustafá al Buheiri, número dois do serviço secreto do Egito, um porta-voz do Hamas afirmou que o grupo está disposto a dar fim aos ataques, caso Israel suspenda as "agressões" contra os palestinos.
"O Hamas está disposto a parar com os disparos de foguetes, com a condição de que o inimigo [Israel] pare com suas agressões contra o povo palestino", afirmou Muchir el Masri.
Segundo ele, nas últimas horas, é perceptível uma "certa calma" na região, já que "o inimigo diminuiu o número de agressões".
Com agências internacionais
Especial
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