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18/09/2000
-
21h52
da Reuters
em Lima (Peru)
O Peru poderá ter as eleições antecipadas para maio, com o sucessor de Alberto Fujimori assumindo em julho, mas a oposição quer que o presidente renuncie e um governo de transição tome as rédeas do país.
A crise teve início sábado (16), com o anúncio de Fujimori de que não terminará seu recém-começado terceiro mandato. A declaração do presidente foi feita dois dias depois da divulgação de um vídeo no qual o seu assessor, Vladimiro Montesinos, aparece supostamente subornando um deputado de oposição.
"Em 28 de julho teríamos de ter um novo presidente", afirmou hoje a deputada Martha Chávez, do partido Peru 2000, uma das mais próximas assessoras de Fujimori.
A deputada acrescentou que o Congresso poderia aprovar as leis necessárias para a convocação de eleições antecipadas e ressaltou que Fujimori deveria ficar no poder até que o novo governo assuma.
A oposição, no entanto, não quer que Fujimori entregue a faixa presidencial ao novo governo. Os analistas temem graves consequências de uma prolongada demora para a realização de eleições.
"É preciso haver um presidente de transição e um gabinete de transição", disse o prefeito de Lima, Alberto Andrade, um dos expoentes da oposição.
A turbulência política provocou hoje uma queda de 5,72% na bolsa de Lima.
O governo peruano não tem definida uma saída para a crise provocada pela declaração de Fujimori pedindo o adiantamento das eleições de 2005.
O vice-presidente do Peru, Francisco Tudela, mostrou-se mais favorável a convocar um referendo nos próximos 90 dias para que a população decida primeiro se é necessário adiantar as eleições presidenciais.
A difusão das imagens foi um golpe para Fujimori, que sempre defendeu Montesinos, que segundo analistas era o homem mais poderoso do país. Meios de comunicação independentes já acusavam Montesinos de dirigir esquadrões da morte, de ter conexões com o narcotráfico e de corrupção.
O paradeiro do assessor de Fujimori ainda é um mistério, mas sua irmã afirma que ele foi preso por militares.
Leia texto do colunista Marcio Aith sobre o tema
Clique aqui para ler especial sobre o governo Fujimori
Leia mais notícias da Reuters na Folha Online
Leia mais notícias internacionais na Folha Online
Oposição no Peru quer renúncia de Fujimori
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O Peru poderá ter as eleições antecipadas para maio, com o sucessor de Alberto Fujimori assumindo em julho, mas a oposição quer que o presidente renuncie e um governo de transição tome as rédeas do país.
A crise teve início sábado (16), com o anúncio de Fujimori de que não terminará seu recém-começado terceiro mandato. A declaração do presidente foi feita dois dias depois da divulgação de um vídeo no qual o seu assessor, Vladimiro Montesinos, aparece supostamente subornando um deputado de oposição.
"Em 28 de julho teríamos de ter um novo presidente", afirmou hoje a deputada Martha Chávez, do partido Peru 2000, uma das mais próximas assessoras de Fujimori.
A deputada acrescentou que o Congresso poderia aprovar as leis necessárias para a convocação de eleições antecipadas e ressaltou que Fujimori deveria ficar no poder até que o novo governo assuma.
A oposição, no entanto, não quer que Fujimori entregue a faixa presidencial ao novo governo. Os analistas temem graves consequências de uma prolongada demora para a realização de eleições.
"É preciso haver um presidente de transição e um gabinete de transição", disse o prefeito de Lima, Alberto Andrade, um dos expoentes da oposição.
A turbulência política provocou hoje uma queda de 5,72% na bolsa de Lima.
O governo peruano não tem definida uma saída para a crise provocada pela declaração de Fujimori pedindo o adiantamento das eleições de 2005.
O vice-presidente do Peru, Francisco Tudela, mostrou-se mais favorável a convocar um referendo nos próximos 90 dias para que a população decida primeiro se é necessário adiantar as eleições presidenciais.
A difusão das imagens foi um golpe para Fujimori, que sempre defendeu Montesinos, que segundo analistas era o homem mais poderoso do país. Meios de comunicação independentes já acusavam Montesinos de dirigir esquadrões da morte, de ter conexões com o narcotráfico e de corrupção.
O paradeiro do assessor de Fujimori ainda é um mistério, mas sua irmã afirma que ele foi preso por militares.
Leia texto do colunista Marcio Aith sobre o tema
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