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22/07/2005 - 09h35

Polícia mata suspeito dentro de metrô de Londres

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da Folha Online

A polícia de Londres realizou nesta sexta-feira uma ação na estação de Stockwell (sul), e matou um homem, um dia após o registro de novas tentativas de explosões nos sistemas de transporte da cidade, em uma ação semelhante aos atentados do último dia 7, que mataram 52 pessoas --além dos quatro suicidas autores da ação, e deixaram 700 feridos.

Segundo um porta-voz da Scotland Yard [polícia britânica] "após as 10h (6h de Brasília) agentes armados entraram na estação de Stockwell. Um homem foi detido e, subseqüentemente, levou tiros da polícia. Foi declarado morto no local".

O serviço em duas linhas do metrô --Victoria e Northern-- foi suspenso nesta sexta-feira pela manhã, a pedido da polícia metropolitana, após o ocorrido, e reiniciado tempos depois. A estação de Stockwell permanece fechada, e os trens passam direto por ela.

Duas outras estações --Highbury e Islington-- que ficam no fim da linha Victoria, também tiveram todos os passageiros retirados após o ocorrido em Stockwell, afirmaram as autoridades, sem informar o motivo da aplicação dos procedimentos de segurança nesses locais.

Testemunhas

Todos os passageiros foram retirados do trem na estação Stockwell nesta sexta-feira. Segundo testemunhas citadas pelo jornal britânico "The Times", policiais à paisana seguiam um jovem asiático no metrô. Ele usava roupas pesadas de inverno, o que pode ser um indicativo de que carregasse consigo explosivos, e tentava embarcar na linha nordeste quando foi pego pela polícia.

Um dos passageiros que estava no metrô no momento da ação policial, Mark Whitby, declarou à rede de informações britânica BBC que viu "vários policiais vestidos à paisana perseguindo um homem asiático que tentava escapar".

"Finalmente jogaram-no ao chão e dispararam contra eles várias vezes e quase à queima-roupa", afirmou.

É raro acontecer tiroteios em Londres, onde a polícia não anda armada, a não ser as unidades policiais que têm permissão para usar armas.

De acordo com o "Times", a polícia de Londres tem permissão de atirar para matar qualquer suspeito de terrorismo.

Suspeitas

Há informações, também ainda não-confirmadas oficialmente, de que o homem morto nesta sexta-feira tem relação com as explosões ocorridas nesta quinta-feira no sistema de transporte de Londres. Ontem, a polícia britânica prendeu dois homens suspeitos de envolvimento nos incidentes registrados ontem.

Segundo um porta-voz da polícia, um dos homens foi preso perto de Downing Street, local onde mora o primeiro-ministro britânico, Tony Blair.

O segundo suspeito foi detido em um ponto próximo à estação de metrô de Warren Street-- local onde aconteceu um dos incidentes de ontem. Os homens passariam por interrogatório, segundo a polícia.

Tentativas

Nesta quinta-feira, houve "quatro tentativas de ataques" contra três estações do metrô e um ônibus, que "não tiveram êxito", segundo a polícia de Londres.

Três estações --Warren Street (centro), Shepherd's Bush (oeste) e Oval (sul)-- foram fechadas pela polícia, que não confirmou se houve explosões nesses locais, apesar de relatos de testemunhas, que informam ter visto fumaça saindo da estação Oval. O comissário de polícia de Londres, Ian Blair, informou que "especialistas ainda analisam'"quais os dispositivos que explodiram e quais não foram detonados.

A região de Hackney (leste), onde estaria um ônibus de dois andares, também foi fechada. Segundo funcionários da garagem de Londres, uma explosão atingiu o ônibus, quebrando as janelas do veículo, sem causar vítimas. O ônibus de número 26 se dirigia de Waterloo para Hackney, no oeste da cidade.

As autoridades londrinas se negaram a dizer se as ações desta quinta-feira podem ter qualquer ligação com a rede terrorista Al Qaeda, comandada por Osama bin Laden, ou qualquer conexão direta com os atentados ocorridos no último dia 7. Mas a semelhança dos dois ataques, o desta quinta-feira e o do início deste mês, levantam suspeitas sobre o fato de serem os mesmos autores.

Com agências internacionais

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