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25/07/2005 - 20h28

Onda de calor ameaça Washington e a costa leste dos EUA

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da EFE, em Washington

A capital americana e toda a costa leste dos EUA se preparam para a onda de calor que, nos últimos dias, atingiu a região de Chicago e grande parte do centro do país com temperaturas superiores a 40 Cº.

Em alguns locais, o calor chegará acompanhado de fortes tempestades e de índices de umidade elevadíssimos, que aumentam a sensação térmica provocada pelas altas temperaturas.

É o caso de Washington, onde a temperatura --acompanhada de uma umidade superior a 60%-- marcava hoje cerca de 37 graus, razão pela qual o Serviço Nacional de Meteorologia informou à população que a sensação térmica aumentaria mais de 3 graus.

"São esperadas condições similares, ou mesmo de mais calor, para terça-feira", informa o boletim difundido hoje pelos serviços meteorológicos de Washington, que manterá o aviso de "alerta grave" até amanhã, podendo estendê-lo até quarta-feira.

Previsão

Chris Vaccaro, porta-voz da Administração Nacional para os Oceanos e a Atmosfera dos EUA (NOAA, na sigla em inglês), explicou à EFE que as previsões são de uma piora da situação nas próximas horas e que a sensação térmica amanhã em Washington pode chegar a 43 graus.

Diante de uma situação como esta, acrescentou o funcionário, os cidadãos devem usar roupas leves, evitar deslocamentos nas horas de maior calor, ingerir muito líquido e ficar atento a familiares e vizinhos.

As autoridades estão repetindo estas recomendações há duas semanas no oeste e no centro do país, onde a onda de calor matou pelo menos 24 pessoas --a maioria indigentes. Por essa razão, algumas cidades começaram a distribuir água em plena rua e a abrir abrigos com ar condicionado para acolher os sem-teto.

Estas foram algumas das medidas adotadas em Chicago, onde, pela primeira vez nos últimos seis anos, a temperatura passa dos 40 graus.

Emergência

As autoridades da cidade implementaram um plano de emergência para evitar que se repita a tragédia de uma década atrás, quando uma onda de calor similar à atual matou 700 pessoas.

Os meios de comunicação repetem constantemente as previsões meteorológicas e frisam as medidas de prevenção que os grupos mais vulneráveis, sobretudo as crianças e os idosos, devem tomar para evitar a desidratação e a insolação.

As autoridades pedem, por exemplo, que crianças ou animais domésticos não sejam deixados dentro do carro com os vidros abertos.

As temperaturas no interior de um veículo, diz um comunicado do Serviço Nacional de Meteorologia, "podem chegar a 65 graus rapidamente" e causar a morte dos ocupantes.

O jornal "USA Today" faz hoje a mesma advertência, em uma reportagem cujo título destaca "como seu carro pode se transformar num forno". A matéria diz que 19 crianças já morreram por hipertermia no interior de um veículo este ano.

Os hospitais também já receberam alguns casos de insolação, e os médicos frisam que é importante beber muita água para evitar a desidratação.

Incêndio

Fora os efeitos sobre a população, as condições meteorológicas provocaram vários incêndios em todo o país. Além disso, elevaram o consumo de energia a níveis recordes, dado o contínuo uso do ar condicionado.

Segundo o operador que administra o sistema elétrico de Nova York (NYISO), na terça-feira passada o consumo de energia bateu em cerca 1.000 megawatts o recorde de 9 de agosto do 2001, ao chegar a 31.741 megawatts.

O alto consumo de energia para combater o calor fez surgir o medo de que possa se repetir o blecaute em massa que os EUA sofreram em agosto de 2003, quando uma falha em uma linha de transmissão do estado de Ohio provocou um efeito em cascata, que em poucos minutos, deixou sem energia mais de 50 milhões de pessoas no sul do Canadá e no noroeste dos EUA.

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