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26/07/2005 - 11h02

Al Qaeda no Iraque ameaça sunitas que participarem do referendo constitucional

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da Folha Online

Um comunicado atribuído à rede terrorista Al Qaeda no Iraque --comandada pelo terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi-- divulgado nesta terça-feira em um site islâmico na internet diz que os sunitas que participarem do referendo constitucional no Iraque em outubro serão considerados infiéis e receberão o mesmo tratamento que as forças da coalizão liderada pelos EUA.

"A alegação de que as eleições são a melhor forma de salvar os sunitas da atual crise é errada e sem fundamento", diz o comunicado. O comunicado ainda declara que "algumas pessoas que usam vestes islâmicas e falsamente dizem fazer parte da resistência" defendem a participação dos sunitas no processo político.

"Não teremos escolha para arrancar pelas raízes essa sedição a não ser lutar em nome de Deus", acrescenta o comunicado, que diz que a democracia é contrária à lei islâmica e que "qualquer um que participar [da eleição] será um infiel e um apóstata, mesmo que diga ser muçulmano". A autoria do comunicado não pôde ser verificada.

Segundo a lei fundamental transitória do Iraque, a redação da nova Constituição deve estar concluída até 15 de agosto. O texto será submetido a um referendo antes de 15 de outubro.

O comitê parlamentar encarregado de redigir a nova Constituição conta com 71 membros, 17 deles sunitas. A violência contra os sunitas que participam da elaboração do texto constitucional, no entanto, têm sido alvos de atentados. Na semana passada, três redatores sunitas da nova Carta Magna do país foram mortos em um ataque. A baixa representação dos sunitas no Parlamento foi motivada pelo boicote às eleições legislativas realizadas em janeiro no país.

O governo americano vem pressionando o Parlamento iraquiano para que finalize o texto constitucional, na expectativa de que a consolidação de um governo de base ampla reduza as tensões no Iraque.

Os sunitas, que governavam o país durante o regime de Saddam Hussein, são a facção religiosa a que pertenceriam os rebeldes iraquianos.

Com agências internacionais

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