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27/07/2005
-
21h32
da Folha Online
A onda de calor extremo que atinge os Estados Unidos há duas semanas já deixou ao menos 60 mortos, prejudicou a produção de grãos e provocou recordes no consumo de energia elétrica.
Nove Estados dos EUA sofrem com as altas temperaturas, enquanto as cidades da Filadélfia, Baltimore e Washington emitiram altos níveis de alerta, informou o Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA (NWS, na sigla em inglês).
Em algumas cidades americanas --como Richmond (Virgínia) e Raleigh (Carolina do Norte)-- a temperatura alcançou os 40ºC. O mesmo ocorreu em Las Vegas (Nevada) e Palm Springs (Califórnia), onde os termômetros chegaram a 43ºC.
Em Washington, capital federal, a temperatura máxima registrada à sombra alcançou os 32ºC nesta quarta-feira. No entanto, o calor se agravou na região devido à forte umidade, que gera um calor sufocante e eleva a sensação térmica para 38ºC.
A NWS emite advertências de calor excessivo quando a combinação de calor e umidade gera sensações térmicas de mais de 43ºC.
"Este nível pode ser perigoso, principalmente em grandes cidades e entre as crianças e idosos", afirmou o porta-voz do NWS, Chris Vaccaro.
Em Nova York --que nesta terça-feira estabeleceu um recorde de consumo de energia elétrica, com mais de 32.000 megawatts-- a prefeitura anunciou a abertura de "centros de refrigeração"-- zonas públicas com ar condicionado.
O prefeito Michael Bloomberg pediu a cooperação da população, principalmente com relação aos idosos.
Segundo Vaccaro, uma frente fria proveniente do Canadá é esperada nos próximos dias, o que deve representar alívio no nível de calor, embora anuncie chuvas fortes.
Mortos
Ao menos 41 pessoas morreram no oeste do país -- a maior parte em regiões mais pobres. Os controles de fronteira americanos informam que, desde o início de julho, o calor matou 21 mexicanos que tentavam cruzar clandestinamente a fronteira entre o México e o Arizona (sudoeste)
"As temperaturas no deserto ao longo da fronteira podem alcançar os 120ºC", afirmou o funcionário da aduana e controle de fronteiras de Tucson (Arizona), Rob Daniels.
Segundo Daniels, desde outubro de 2004, 160 pessoas morreram tentando atravessar o deserto.
Stephanie Farwig, da Missão de Resgates do Phoenix, que dirige um albergue na cidade, afirmou que o calor habitual nesta época do ano está excepcionalmente fatal neste ano.
Agricultura
Em Nebraska, o calor causou a morte de ao menos 1.200 animais. A seca também afeta a agricultura nas grandes planícies do centro e de parte do noroeste. Nesta região produtora de milho, batizada de "cornbelt "(cinturão de milho), as chuvas deste ano não alcançam a metade do nível médio dos anos anteriores.
Danos na rede elétrica também foram reportados em vários locais dos EUA, principalmente na capital Washington e em Ohio. As centrais de energia trabalham em seu nível máximo e a produção bate recordes.
O jornal "Wall Street Journal" destacou nesta quarta-feira que o consumo semanal de energia elétrica bateu um recorde histórico na última semana, com 90.640 gigawatts/h -- número 4% maior que o recorde anterior, ocorrido em 3 de agosto de 2002.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre ondas de calor
Onda de calor deixa ao menos de 60 mortos nos EUA
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A onda de calor extremo que atinge os Estados Unidos há duas semanas já deixou ao menos 60 mortos, prejudicou a produção de grãos e provocou recordes no consumo de energia elétrica.
Nove Estados dos EUA sofrem com as altas temperaturas, enquanto as cidades da Filadélfia, Baltimore e Washington emitiram altos níveis de alerta, informou o Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA (NWS, na sigla em inglês).
Em algumas cidades americanas --como Richmond (Virgínia) e Raleigh (Carolina do Norte)-- a temperatura alcançou os 40ºC. O mesmo ocorreu em Las Vegas (Nevada) e Palm Springs (Califórnia), onde os termômetros chegaram a 43ºC.
Em Washington, capital federal, a temperatura máxima registrada à sombra alcançou os 32ºC nesta quarta-feira. No entanto, o calor se agravou na região devido à forte umidade, que gera um calor sufocante e eleva a sensação térmica para 38ºC.
A NWS emite advertências de calor excessivo quando a combinação de calor e umidade gera sensações térmicas de mais de 43ºC.
"Este nível pode ser perigoso, principalmente em grandes cidades e entre as crianças e idosos", afirmou o porta-voz do NWS, Chris Vaccaro.
Em Nova York --que nesta terça-feira estabeleceu um recorde de consumo de energia elétrica, com mais de 32.000 megawatts-- a prefeitura anunciou a abertura de "centros de refrigeração"-- zonas públicas com ar condicionado.
O prefeito Michael Bloomberg pediu a cooperação da população, principalmente com relação aos idosos.
Segundo Vaccaro, uma frente fria proveniente do Canadá é esperada nos próximos dias, o que deve representar alívio no nível de calor, embora anuncie chuvas fortes.
Mortos
Ao menos 41 pessoas morreram no oeste do país -- a maior parte em regiões mais pobres. Os controles de fronteira americanos informam que, desde o início de julho, o calor matou 21 mexicanos que tentavam cruzar clandestinamente a fronteira entre o México e o Arizona (sudoeste)
"As temperaturas no deserto ao longo da fronteira podem alcançar os 120ºC", afirmou o funcionário da aduana e controle de fronteiras de Tucson (Arizona), Rob Daniels.
Segundo Daniels, desde outubro de 2004, 160 pessoas morreram tentando atravessar o deserto.
Stephanie Farwig, da Missão de Resgates do Phoenix, que dirige um albergue na cidade, afirmou que o calor habitual nesta época do ano está excepcionalmente fatal neste ano.
Agricultura
Em Nebraska, o calor causou a morte de ao menos 1.200 animais. A seca também afeta a agricultura nas grandes planícies do centro e de parte do noroeste. Nesta região produtora de milho, batizada de "cornbelt "(cinturão de milho), as chuvas deste ano não alcançam a metade do nível médio dos anos anteriores.
Danos na rede elétrica também foram reportados em vários locais dos EUA, principalmente na capital Washington e em Ohio. As centrais de energia trabalham em seu nível máximo e a produção bate recordes.
O jornal "Wall Street Journal" destacou nesta quarta-feira que o consumo semanal de energia elétrica bateu um recorde histórico na última semana, com 90.640 gigawatts/h -- número 4% maior que o recorde anterior, ocorrido em 3 de agosto de 2002.
Com agências internacionais
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