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04/08/2005 - 09h40

Exército atuou em morte do brasileiro em Londres, diz jornal

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da EFE, em Londres

Uma unidade especial do Exército britânico esteve envolvida na operação matou o brasileiro Jean Charles de Menezes, 27, por engano, em 22 de julho último na cidade de Londres, informou nesta quinta-feira o jornal britânico "The Guardian".

Segundo o jornal, o chamado Regimento Especial de Reconhecimento, criado em abril passado para ajudar na luta contra o terrorismo internacional, participou da operação de vigilância que terminou com a morte do brasileiro.

O novo regimento absorveu a 14º companhia de inteligência, unidade integrada pela polícia secreta e dedicada a obter informação sobre suspeitos de terrorismo norte-irlandeses, e seus recrutas são treinados pelas SAS [forças especiais do Reino Unido]. Segundo o ex-ministro da Defesa britânico Geoff Hoon, essa unidade foi criada para atender a uma "demanda mundial" por esse tipo de informações.

Trajetória

Segundo informações de testemunhas colhidas pelos jornais e de informações da polícia britânica, Menezes teria sido seguido por agentes logo depois de sair do prédio onde morava, que estava sendo vigiado por supostamente abrigar terroristas.

Menezes, que trabalhava como eletricista, vivia no 1º andar desse edifício, com duas primas suas: Vivian e Patrícia.

O brasileiro teria subido em um ônibus da linha 2, em direção à estação de metrô de Stockwell, e acredita-se que vários policiais à paisana também subiram no veículo.

Fontes do Ministério da Defesa se negaram a esclarecer se esses agentes à paisana eram membros do novo Regimento Especial de Reconhecimento.

Metrô

De acordo com informações de fontes do ministério, agentes teriam seguido o ônibus em veículos civis, e quando viram que o metrô de Stockwell era o destino de Menezes, policiais armados, também à paisana, teriam sido alertados.

Após uma suposta perseguição, policiais atiraram oito vezes contra Menezes --sete na cabeça e uma no ombro-- após entrar em um vagão de metrô e ser imobilizado pelos policiais.

A Comissão Independente de Reclamações da Polícia (IPCC, na sigla em inglês), encarregada de investigar o sucedido, deverá examinar o papel desempenhado por esse novo regimento especial, diz o jornal.

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