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05/08/2005
-
14h47
da Folha Online
Ao menos dez navios da Marinha russa realizam nesta sexta-feira uma operação de emergência para conseguir resgatar os sete tripulantes do minissubmarino AS-28, que encalhou a uma profundidade de 190 metros no mar na península de Kamchatcka (costa do Pacífico), após se enroscar em redes de pesca.
De acordo com o almirante Viktor Fyodorov, comandante nessa região, há oxigênio suficiente aos marinheiros para mais dois dias.
"[A quantidade de oxigênio] Vai depender das condições físicas dos tripulantes", disse o porta-voz da Marinha russa, Igor Dygalo. A controvérsia sobre o período que o oxigênio deve durar não foi esclarecida pelas autoridades.
Um navio da frota russa que participa da operação usando uma rede para tentar trazer o submarino à tona conseguiu capturar um objeto sob as águas, mas, segundo a agência de notícias russa Interfax, autoridades disseram ser "prematuro" dizer que o objeto seja o minissubmarino.
O plano é alçar o submarino alguns metros acima, permitindo assim que mergulhadores trabalhar para retirar as redes de pesca que envolvem a embarcação, e os tripulantes.
Complexidade
A mudança de tática de resgate foi feita nesta sexta-feira. Nas primeiras 30 horas após o encalhe, oficiais da Marinha tentaram --sem sucesso-- tirar a rede que prende o propulsor do submarino.
"Estamos fazendo tudo o que é possível para trazer o submarino à tona, o que é um pouco complexo. Estamos trabalhando nisso", afirmou o almirante Viktor Fyodorov, comandante da frota da Marinha russa do Pacífico, à rede de TV Rossiya.
O acidente aconteceu quase cinco anos depois que o submarino nuclear Kursk afundou no mar de Barents, após a explosão de um torpedo defeituoso, em agosto de 2000, matando 118 marinheiros. Esse foi o mais grave acidente na história da Marinha russa. Na ocasião, o presidente russo, Vladimir Putin, foi duramente criticado, porque não quis interromper suas férias para visitar o local do naufrágio.
O AS-28 foi construído em 1989, e tem cerca de 13,5 metros de comprimento e 5,7 metros de largura. De acordo com a Marinha, apenas três pessoas podem ocupar a embarcação, e o fim rápido do oxigênio --previsto para durar cinco dias inicialmente-- será causado pelo número muito superior de tripulantes que está no submarino.
Ajuda internacional
Estados Unidos, Japão e Reino Unido enviaram veículos de resgate usados no fundo do mar para a Rússia, mas os equipamentos devem chegar em Kamchatcka na manhã deste sábado.
O porta-voz do Ministério russo das Relações Exteriores, Boris Malakhov, anunciou nesta sexta-feira que o governo pediu ajuda a autoridades americanas e japonesas para o resgate do submarino. Depois, o governo britânico se prontificou a ajudar nas operações.
A agência de Defesa japonesa divulgou um comunicado afirmando que quatro navios militares foram enviados à região, mas deverão levar quatro dias para chegar à Rússia.
Os britânicos enviaram o Scorpio, um veículo específico para trabalhar no fundo do mar, e operado por controle remoto. O Ministério da Defesa informou que o equipamento pode trabalhar a uma profundidade de 295 metros, e deve chegar à região onde está encalhado o submarino dentro de 11 horas.
Um porta-voz da Marinha americana dos Estados Unidos anunciou que o Super Scorpio, um submarino preparado para longas profundidades, que também é operado remotamente, está sendo levado para Kamchatcka a bordo de um avião da Força Aérea C-5, originário da base aérea de San Diego (Califórnia), e deve chegar à Rússia em 13 horas.
Dygalo disse que o Super Scorpio é capaz de mergulhar a uma profundidade de 1.515 metros.
Com agências internacionais
Especial
Veja galeria de imagens sobre o acidente com o minissubmarino
Leia o que já foi publicado sobre acidentes com submarinos
Leia o que já foi publicado sobre o submarino Kursk
Rússia faz operação de emergência para salvar tripulantes de submarino
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Ao menos dez navios da Marinha russa realizam nesta sexta-feira uma operação de emergência para conseguir resgatar os sete tripulantes do minissubmarino AS-28, que encalhou a uma profundidade de 190 metros no mar na península de Kamchatcka (costa do Pacífico), após se enroscar em redes de pesca.
De acordo com o almirante Viktor Fyodorov, comandante nessa região, há oxigênio suficiente aos marinheiros para mais dois dias.
"[A quantidade de oxigênio] Vai depender das condições físicas dos tripulantes", disse o porta-voz da Marinha russa, Igor Dygalo. A controvérsia sobre o período que o oxigênio deve durar não foi esclarecida pelas autoridades.
EFE |
Ilustração mostra suposta causa do acidente com minissubmarino russo, que teria ficado preso após se enroscar em redes de pesca |
O plano é alçar o submarino alguns metros acima, permitindo assim que mergulhadores trabalhar para retirar as redes de pesca que envolvem a embarcação, e os tripulantes.
Complexidade
A mudança de tática de resgate foi feita nesta sexta-feira. Nas primeiras 30 horas após o encalhe, oficiais da Marinha tentaram --sem sucesso-- tirar a rede que prende o propulsor do submarino.
"Estamos fazendo tudo o que é possível para trazer o submarino à tona, o que é um pouco complexo. Estamos trabalhando nisso", afirmou o almirante Viktor Fyodorov, comandante da frota da Marinha russa do Pacífico, à rede de TV Rossiya.
O acidente aconteceu quase cinco anos depois que o submarino nuclear Kursk afundou no mar de Barents, após a explosão de um torpedo defeituoso, em agosto de 2000, matando 118 marinheiros. Esse foi o mais grave acidente na história da Marinha russa. Na ocasião, o presidente russo, Vladimir Putin, foi duramente criticado, porque não quis interromper suas férias para visitar o local do naufrágio.
O AS-28 foi construído em 1989, e tem cerca de 13,5 metros de comprimento e 5,7 metros de largura. De acordo com a Marinha, apenas três pessoas podem ocupar a embarcação, e o fim rápido do oxigênio --previsto para durar cinco dias inicialmente-- será causado pelo número muito superior de tripulantes que está no submarino.
Ajuda internacional
Estados Unidos, Japão e Reino Unido enviaram veículos de resgate usados no fundo do mar para a Rússia, mas os equipamentos devem chegar em Kamchatcka na manhã deste sábado.
O porta-voz do Ministério russo das Relações Exteriores, Boris Malakhov, anunciou nesta sexta-feira que o governo pediu ajuda a autoridades americanas e japonesas para o resgate do submarino. Depois, o governo britânico se prontificou a ajudar nas operações.
A agência de Defesa japonesa divulgou um comunicado afirmando que quatro navios militares foram enviados à região, mas deverão levar quatro dias para chegar à Rússia.
Os britânicos enviaram o Scorpio, um veículo específico para trabalhar no fundo do mar, e operado por controle remoto. O Ministério da Defesa informou que o equipamento pode trabalhar a uma profundidade de 295 metros, e deve chegar à região onde está encalhado o submarino dentro de 11 horas.
Um porta-voz da Marinha americana dos Estados Unidos anunciou que o Super Scorpio, um submarino preparado para longas profundidades, que também é operado remotamente, está sendo levado para Kamchatcka a bordo de um avião da Força Aérea C-5, originário da base aérea de San Diego (Califórnia), e deve chegar à Rússia em 13 horas.
Dygalo disse que o Super Scorpio é capaz de mergulhar a uma profundidade de 1.515 metros.
Com agências internacionais
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