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05/08/2005
-
20h18
da Folha Online
O minissubmarino russo AS-28, que está submerso desde quinta-feira a uma profundidade de 190 metros no mar na península de Kamchatcka (costa do Pacífico), com sete tripulantes a bordo, está preso a cabos da antena de vigilância costeira, afirmaram autoridades russas.
Segundo o almirante Victor Fedorov, comandante da Frota do Pacífico da Rússia, o novo fato complica o resgate, já que as equipes terão "que erguer não só o minissubmarino mas todo o sistema".
"A antena está presa ao fundo do mar por uma âncora de 60 toneladas. Para que a imersão seja possível, é necessária a explosão da âncora, para retirar o sistema do oceano", afirmou o almirante.
Caso a explosão seja bem-sucedida, navios da Marinha russa arrastariam o minissubmarino para um banco de areia a cerca de 15 quilômetros de distância, e, em seguida, o rebocariam até a superfície.
Segundo Fedorov, o cabo da antena já foi preso. "Os tripulantes do submarino acompanham de perto a operação". Em um primeiro momento, as autoridades russas haviam informado que o minissubmarino ficara preso a uma rede de pesca.
Anteriormente, equipes de resgate chegaram a capturar o submarino e movê-lo mas ele escapou de volta para o fundo do mar. "Nós o movemos por cerca de cem metros em direção à costa, mas a velocidade não era suficiente", afirmou o almirante.
Oxigênio
A Marinha afirma que o minissubmarino efetuava uma simulação de resgate. Rumores, entretanto, dão conta de que o AS-28 realizava "operações secretas".
Segundo Fedorov, a tripulação presa no submarino passa bem. "Acabamos de receber um comunicado do submarino. Os tripulantes se encontram bem", afirmou. De acordo com o almirante, as reservas de oxigênio são suficientes para ao menos 18 horas. Anteriormente, ele havia afirmado que o oxigênio duraria dois dias.
A temperatura a bordo do submarino é de apenas 5 graus centígrados, mas os tripulantes possuem trajes térmicos.
Em último caso, a Marinha considera alçar o submarino alguns metros acima, permitindo assim que mergulhadores resgatem os tripulantes, operação considerada arriscada.
A mudança de tática de resgate foi feita nesta sexta-feira. Nas primeiras 30 horas após o encalhe, oficiais da Marinha tentaram --sem sucesso-- tirar a rede que prende o propulsor do submarino.
Acidente
O acidente aconteceu quase cinco anos depois que o submarino nuclear Kursk afundou no mar de Barents, após a explosão de um torpedo defeituoso, em agosto de 2000, matando 118 marinheiros.
Esse foi o mais grave acidente na história da Marinha russa. Na ocasião, o presidente russo, Vladimir Putin, foi duramente criticado, porque não quis interromper suas férias para visitar o local do naufrágio.
O AS-28 foi construído em 1989, e tem cerca de 13,5 metros de comprimento e 5,7 metros de largura. De acordo com a Marinha, apenas três pessoas podem ocupar a embarcação, e o fim rápido do oxigênio --previsto para durar cinco dias inicialmente-- será causado pelo número muito superior de tripulantes que está no submarino.
A Marinha russa conta com quatro minissubmarinos como o AS-28, de 13 metros de comprimento e 5,7 metros de altura, que foram desenhados para resgatar tripulações de submarinos de guerra.
Ajuda internacional
Estados Unidos, Japão e Reino Unido enviaram veículos de resgate usados no fundo do mar para a Rússia, mas os equipamentos devem chegar em Kamchatcka na manhã deste sábado.
O porta-voz do Ministério russo das Relações Exteriores, Boris Malakhov, anunciou nesta sexta-feira que o governo pediu ajuda a autoridades americanas e japonesas para o resgate do submarino. Depois, o governo britânico se prontificou a ajudar nas operações.
A agência de Defesa japonesa divulgou um comunicado afirmando que quatro navios militares foram enviados à região, mas deverão levar quatro dias para chegar à Rússia.
Os britânicos enviaram o Scorpio, um veículo específico para trabalhar no fundo do mar, e operado por controle remoto. O Ministério da Defesa informou que o equipamento pode trabalhar a uma profundidade de 295 metros, e deve chegar à região onde está encalhado o submarino dentro de 11 horas.
Um porta-voz da Marinha americana dos Estados Unidos anunciou que o Super Scorpio, um submarino preparado para longas profundidades, que também é operado remotamente, está sendo levado para Kamchatcka a bordo de um avião da Força Aérea C-5, originário da base aérea de San Diego (Califórnia), e deve chegar à Rússia em 13 horas.
Dygalo disse que o Super Scorpio é capaz de mergulhar a uma profundidade de 1.515 metros.
Com EFE e agências internacionais
Especial
Veja galeria de imagens sobre o acidente com o minissubmarino
Leia o que já foi publicado sobre acidentes com submarinos
Leia o que já foi publicado sobre o submarino Kursk
Submarino russo está preso a cabos de antena de vigilância
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O minissubmarino russo AS-28, que está submerso desde quinta-feira a uma profundidade de 190 metros no mar na península de Kamchatcka (costa do Pacífico), com sete tripulantes a bordo, está preso a cabos da antena de vigilância costeira, afirmaram autoridades russas.
Segundo o almirante Victor Fedorov, comandante da Frota do Pacífico da Rússia, o novo fato complica o resgate, já que as equipes terão "que erguer não só o minissubmarino mas todo o sistema".
"A antena está presa ao fundo do mar por uma âncora de 60 toneladas. Para que a imersão seja possível, é necessária a explosão da âncora, para retirar o sistema do oceano", afirmou o almirante.
Caso a explosão seja bem-sucedida, navios da Marinha russa arrastariam o minissubmarino para um banco de areia a cerca de 15 quilômetros de distância, e, em seguida, o rebocariam até a superfície.
Segundo Fedorov, o cabo da antena já foi preso. "Os tripulantes do submarino acompanham de perto a operação". Em um primeiro momento, as autoridades russas haviam informado que o minissubmarino ficara preso a uma rede de pesca.
Anteriormente, equipes de resgate chegaram a capturar o submarino e movê-lo mas ele escapou de volta para o fundo do mar. "Nós o movemos por cerca de cem metros em direção à costa, mas a velocidade não era suficiente", afirmou o almirante.
Oxigênio
A Marinha afirma que o minissubmarino efetuava uma simulação de resgate. Rumores, entretanto, dão conta de que o AS-28 realizava "operações secretas".
Segundo Fedorov, a tripulação presa no submarino passa bem. "Acabamos de receber um comunicado do submarino. Os tripulantes se encontram bem", afirmou. De acordo com o almirante, as reservas de oxigênio são suficientes para ao menos 18 horas. Anteriormente, ele havia afirmado que o oxigênio duraria dois dias.
A temperatura a bordo do submarino é de apenas 5 graus centígrados, mas os tripulantes possuem trajes térmicos.
Em último caso, a Marinha considera alçar o submarino alguns metros acima, permitindo assim que mergulhadores resgatem os tripulantes, operação considerada arriscada.
A mudança de tática de resgate foi feita nesta sexta-feira. Nas primeiras 30 horas após o encalhe, oficiais da Marinha tentaram --sem sucesso-- tirar a rede que prende o propulsor do submarino.
Acidente
O acidente aconteceu quase cinco anos depois que o submarino nuclear Kursk afundou no mar de Barents, após a explosão de um torpedo defeituoso, em agosto de 2000, matando 118 marinheiros.
Esse foi o mais grave acidente na história da Marinha russa. Na ocasião, o presidente russo, Vladimir Putin, foi duramente criticado, porque não quis interromper suas férias para visitar o local do naufrágio.
O AS-28 foi construído em 1989, e tem cerca de 13,5 metros de comprimento e 5,7 metros de largura. De acordo com a Marinha, apenas três pessoas podem ocupar a embarcação, e o fim rápido do oxigênio --previsto para durar cinco dias inicialmente-- será causado pelo número muito superior de tripulantes que está no submarino.
A Marinha russa conta com quatro minissubmarinos como o AS-28, de 13 metros de comprimento e 5,7 metros de altura, que foram desenhados para resgatar tripulações de submarinos de guerra.
Ajuda internacional
Estados Unidos, Japão e Reino Unido enviaram veículos de resgate usados no fundo do mar para a Rússia, mas os equipamentos devem chegar em Kamchatcka na manhã deste sábado.
O porta-voz do Ministério russo das Relações Exteriores, Boris Malakhov, anunciou nesta sexta-feira que o governo pediu ajuda a autoridades americanas e japonesas para o resgate do submarino. Depois, o governo britânico se prontificou a ajudar nas operações.
A agência de Defesa japonesa divulgou um comunicado afirmando que quatro navios militares foram enviados à região, mas deverão levar quatro dias para chegar à Rússia.
Os britânicos enviaram o Scorpio, um veículo específico para trabalhar no fundo do mar, e operado por controle remoto. O Ministério da Defesa informou que o equipamento pode trabalhar a uma profundidade de 295 metros, e deve chegar à região onde está encalhado o submarino dentro de 11 horas.
Um porta-voz da Marinha americana dos Estados Unidos anunciou que o Super Scorpio, um submarino preparado para longas profundidades, que também é operado remotamente, está sendo levado para Kamchatcka a bordo de um avião da Força Aérea C-5, originário da base aérea de San Diego (Califórnia), e deve chegar à Rússia em 13 horas.
Dygalo disse que o Super Scorpio é capaz de mergulhar a uma profundidade de 1.515 metros.
Com EFE e agências internacionais
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