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06/08/2005
-
09h15
da Folha Online
A operação para trazer à tona o minissubmarino russo AS-28 com sete tripulantes a bordo, encalhado a uma profundidade de 190 metros desde a quinta-feira (4) no mar da península de Kamchatcka (costa do Pacífico), deve começar ainda neste sábado, segundo Vladimir Pepelyayev, vice-diretor da Marinha.
Equipes de resgate conseguiram fazer contato com a tripulação do submarino, que passa bem, apesar da temperatura fria, que deve estar 5ºC e 7ºC. Os sete marinheiros estão trancados em um dos dois compartimentos do submarino, para economizar e energia, afirmou Pepelyaev. Os tripulantes ainda têm oxigênio para mais 24 horas.
Oficiais da Marinha já deram várias estimativas sobre a duração do suprimento de ar. Especula-se que o tempo de duração do oxigênio seja inferior ao anunciado pelas Forças Armadas russas.
A operação de reboque do submarino --que se enroscou nos cabos de uma antena vigilância, tornando impossível sua locomoção-- deve levar de uma a quatro horas, afirmou o vice-diretor.
Governo
De acordo com a agência de notícias russa Interfax, o presidente Vladimir Putin teve um encontro com o primeiro-ministro Mikhail Fradkov, os ministros Sergei Ivanov (Defesa), e Rashid Nurgaliyev (Interior), e o diretor da agência federal de segurança Nikolai Patrushev, na manhã deste sábado, para tratar sobre o resgate do minissubmarino.
Por ordem de Putin, o ministro da Defesa deverá acompanhar as operações de resgate do minissubmarino.
A intervenção mais enérgica do presidente desta vez se deve ao fato de que, quando houve o acidente com o submarino Kursk --há quase cinco anos--, Putin foi duramente criticado porque não quis interromper suas férias para visitar o local do naufrágio. Em agosto de 2000, a explosão de um torpedo defeituoso dentro do submarino causou a morte de 118 tripulantes, provocando um dos mais graves acidentes na história da Marinha russa.
O AS-28 foi construído em 1989, e tem cerca de 13,5 metros de comprimento e 5,7 metros de largura. De acordo com a Marinha, apenas três pessoas podem ocupar a embarcação, e o fim rápido do oxigênio --previsto para durar cinco dias inicialmente-- pode ser causado pelo número muito superior de tripulantes que está no submarino.
Ajuda internacional
Aviões americanos e britânicos transportando veículos adaptados para tarefas no fundo do mar e operados remotamente chegaram neste sábado à Rússia, mas ainda não foram colocados nos navios que irão levá-los até Kamchatcka, para ajudar no resgate do minissubmarino.
Autoridades planejam usar um minissubmarino controlado remotamente, o Super Scorpion, para investigar o acidente, e talvez conseguir soltar a embarcação dos cabos.
O governo da Rússia pediu por ajuda internacional devido às deficiências em equipamentos e tecnologia sofridas pela Marinha. A ação também contrasta com a atitude da Rússia na época do Kursk: o país recusou várias vezes ajuda internacional, e só a aceitou quando praticamente não havia mais esperanças de salvar os marinheiros.
O porta-voz da Marinha russa Igo Dygalo afirmou que os esforços de resgate envolvendo os equipamentos britânicos e americanos deve começar às 20h (13h de Brasília), segundo as agências de notícias russas. Os navios devem levar cinco horas para transportar os equipamentos até a região do acidente.
Com agências internacionais
Especial
Veja galeria de imagens sobre o acidente com o minissubmarino
Leia o que já foi publicado sobre acidentes com submarinos
Leia o que já foi publicado sobre o submarino Kursk
Operação de remoção de submarino russo começa hoje
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A operação para trazer à tona o minissubmarino russo AS-28 com sete tripulantes a bordo, encalhado a uma profundidade de 190 metros desde a quinta-feira (4) no mar da península de Kamchatcka (costa do Pacífico), deve começar ainda neste sábado, segundo Vladimir Pepelyayev, vice-diretor da Marinha.
Equipes de resgate conseguiram fazer contato com a tripulação do submarino, que passa bem, apesar da temperatura fria, que deve estar 5ºC e 7ºC. Os sete marinheiros estão trancados em um dos dois compartimentos do submarino, para economizar e energia, afirmou Pepelyaev. Os tripulantes ainda têm oxigênio para mais 24 horas.
Oficiais da Marinha já deram várias estimativas sobre a duração do suprimento de ar. Especula-se que o tempo de duração do oxigênio seja inferior ao anunciado pelas Forças Armadas russas.
EFE |
Ilustração mostra como será a operação de resgate dos sete tripulantes presos no submarino |
Governo
De acordo com a agência de notícias russa Interfax, o presidente Vladimir Putin teve um encontro com o primeiro-ministro Mikhail Fradkov, os ministros Sergei Ivanov (Defesa), e Rashid Nurgaliyev (Interior), e o diretor da agência federal de segurança Nikolai Patrushev, na manhã deste sábado, para tratar sobre o resgate do minissubmarino.
Por ordem de Putin, o ministro da Defesa deverá acompanhar as operações de resgate do minissubmarino.
A intervenção mais enérgica do presidente desta vez se deve ao fato de que, quando houve o acidente com o submarino Kursk --há quase cinco anos--, Putin foi duramente criticado porque não quis interromper suas férias para visitar o local do naufrágio. Em agosto de 2000, a explosão de um torpedo defeituoso dentro do submarino causou a morte de 118 tripulantes, provocando um dos mais graves acidentes na história da Marinha russa.
O AS-28 foi construído em 1989, e tem cerca de 13,5 metros de comprimento e 5,7 metros de largura. De acordo com a Marinha, apenas três pessoas podem ocupar a embarcação, e o fim rápido do oxigênio --previsto para durar cinco dias inicialmente-- pode ser causado pelo número muito superior de tripulantes que está no submarino.
Ajuda internacional
Aviões americanos e britânicos transportando veículos adaptados para tarefas no fundo do mar e operados remotamente chegaram neste sábado à Rússia, mas ainda não foram colocados nos navios que irão levá-los até Kamchatcka, para ajudar no resgate do minissubmarino.
Autoridades planejam usar um minissubmarino controlado remotamente, o Super Scorpion, para investigar o acidente, e talvez conseguir soltar a embarcação dos cabos.
O governo da Rússia pediu por ajuda internacional devido às deficiências em equipamentos e tecnologia sofridas pela Marinha. A ação também contrasta com a atitude da Rússia na época do Kursk: o país recusou várias vezes ajuda internacional, e só a aceitou quando praticamente não havia mais esperanças de salvar os marinheiros.
O porta-voz da Marinha russa Igo Dygalo afirmou que os esforços de resgate envolvendo os equipamentos britânicos e americanos deve começar às 20h (13h de Brasília), segundo as agências de notícias russas. Os navios devem levar cinco horas para transportar os equipamentos até a região do acidente.
Com agências internacionais
Especial
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