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06/08/2005 - 15h23

Ajuda internacional deve chegar à Rússia amanhã

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da Folha Online

A Rússia já está trabalhando na remoção do minissubmarino encalhado a 190 metros de profundidade no Pacífico para tentar salvar seus sete tripulantes, mas os aparelhos acionados por controle remoto enviados por Estados Unidos e Reino Unido só devem chegar amanhã.

A corrida contra o tempo se deve ao fato de o oxigênio do minissubmarino estar acabando. Segundo informações oficiais, porém contraditórias, o oxigênio deve durar até este domingo.

Na última quinta-feira (4), o minissubmarino AS-28 ficou preso no fundo do mar em cabos de uma antena de monitoração enquanto fazia exercícios militares, na península russa de Kamchatcka (costa do Pacífico).

Segundo o comandante da frota da Marinha do Pacífico, almirante Viktor Fyodorov, os equipamentos por controle remoto devem chegar à península às 9h deste domingo (2h deste domingo, no horário de Brasília).

EFE
Ilustração mostra como será a operação de resgate dos sete tripulantes presos no submarino
Equipes de resgate russas que já estão na região tentam rebocar o submarino para águas mais próximas da superfície. Autoridades russas fizeram um último contato com a tripulação, e informaram que os marinheiros passam bem, apesar da temperatura fria, que deve estar entre 5ºC e 7ºC. A embarcação está encalhada desde a quinta-feira (4), devido ao fato de que seus motores de propulsão se enroscaram nos cabos de uma antena de vigilância.

Os sete marinheiros estão trancados em um dos dois compartimentos do submarino, para economizar e energia, afirmou Pepelyaev.

Ajuda

Oficiais da Marinha e equipes de resgate planejam usar os veículos britânicos e americanos --conhecidos como Super Scorpios-- para investigar o local do acidente, e talvez conseguir cortar os cabos que prendem a embarcação.

Durante um comunicado exibido pelas redes de TV russas, Fyodorov afirmou que "o trabalho irá continuar sem interrupção, dia e noite, q não vai parar até que os marinheiros sejam trazidos à superfície".

Os comentários do almirante têm por objetivo demonstrar os esforços russos em salvar os marinheiros, e desfazer a idéia de "negligência" atribuída ao governo do presidente Vladimir Putin após o acidente que envolveu o submarino Kursk, em 2000.

Na época, o presidente foi duramente criticado porque não quis interromper suas férias para visitar o local do naufrágio do Kursk, no mar de Barent. Em agosto de 2000, a explosão de um torpedo defeituoso dentro do submarino causou a morte de 118 tripulantes, provocando um dos mais graves acidentes na história da Marinha russa.

Neste sábado, Putin ordenou que o ministro de Defesa Sergei Ivanov acompanhasse de perto a operação de resgate.

O governo da Rússia pediu por ajuda internacional devido às deficiências em equipamentos e tecnologia sofridas pela Marinha. A ação também contrasta com a atitude da Rússia na época do Kursk: o país recusou várias vezes ajuda internacional, e só a aceitou quando praticamente não havia mais esperanças de salvar os marinheiros.

Treinamento

O submarino russo, que participava de um treinamento de combate, ficou preso nos cabos de uma antena submersa, que faz parte do sistema russo de monitoração da costa. A antena está ancorada em um suporte que pesa 60 toneladas.

As primeiras informações sobre o submarino davam conta de que a embarcação tinha ficado presa em redes de pesca, versão que foi desmentida depois pelas autoridades russas.

Essa não é a primeira vez que os russos tentam rebocar o submarino. A primeira tentativa de trazê-lo à tona não deu certo, aparentemente pela falta de equipamentos capazes de atingir a profundidade onde está o submarino.

Com agências internacionais

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