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06/08/2005
-
19h40
da Folha Online
Um submarino britânico que pode ser operado remotamente chegou neste sábado à península russa de Kamchatcka (costa do Pacífico), onde o minissubmarino AS-28 está encalhado desde quinta-feira.
O Super Scorpio (como é chamado o robô de resgate britânico) deve ajudar no resgate do AS-28, que conta com sete pessoas a bordo e pouco oxigênio. Segundo informações oficiais, porém contraditórias, o oxigênio desse submarino --que está a 190 metros de profundidade-- deve durar até domingo.
Especialistas envolvidos no caso não especificaram o que o submarino britânico fará, mas acredita-se que ele tente cortar os cabos que prendem a embarcação russa --seus motores de propulsão se enroscaram nos cabos de uma antena de vigilância quando o AS-28 fazia exercícios militares.
As primeiras informações davam conta de que a embarcação tinha ficado presa em redes de pesca, versão que foi desmentida por autoridades.
Os Estados Unidos também mandaram ajuda à Rússia, que espera a chegada dos veículos aquáticos norte-americanos nas próximas horas.
Neste sábado, autoridades russas fizeram contato com a tripulação, e informaram que os marinheiros passavam bem. Os sete marinheiros estão trancados em um dos dois compartimentos do submarino, para economizar energia.
Esforços
Durante um comunicado exibido pelas redes de TV russas, o comandante da frota da Marinha do Pacífico, almirante Viktor Fyodorov, afirmou que "o trabalho irá continuar sem interrupção, dia e noite, e não vai parar até que os marinheiros sejam trazidos à superfície".
Os comentários do almirante têm por objetivo demonstrar os esforços russos em salvar os marinheiros, e desfazer a idéia de "negligência" atribuída ao governo do presidente Vladimir Putin após o acidente que envolveu o submarino Kursk, em 2000.
Na época, o presidente foi duramente criticado porque não quis interromper suas férias para visitar o local do naufrágio do Kursk, no mar de Barent. Em agosto de 2000, a explosão de um torpedo defeituoso dentro do submarino causou a morte de 118 tripulantes, provocando um dos mais graves acidentes na história da Marinha russa.
Neste sábado, Putin ordenou que o ministro de Defesa Sergei Ivanov acompanhasse de perto a operação de resgate.
O governo da Rússia pediu por ajuda internacional devido às deficiências em equipamentos e tecnologia sofridas pela Marinha. A ação também contrasta com a atitude da Rússia na época do Kursk: o país recusou várias vezes ajuda internacional, e só a aceitou quando praticamente não havia mais esperanças de salvar os marinheiros.
Com agências internacionais
Especial
Veja galeria de imagens sobre o acidente com o minissubmarino
Leia o que já foi publicado sobre acidentes com submarinos
Leia o que já foi publicado sobre o submarino Kursk
Ajuda britânica chega à Rússia para resgatar submarino encalhado
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Um submarino britânico que pode ser operado remotamente chegou neste sábado à península russa de Kamchatcka (costa do Pacífico), onde o minissubmarino AS-28 está encalhado desde quinta-feira.
O Super Scorpio (como é chamado o robô de resgate britânico) deve ajudar no resgate do AS-28, que conta com sete pessoas a bordo e pouco oxigênio. Segundo informações oficiais, porém contraditórias, o oxigênio desse submarino --que está a 190 metros de profundidade-- deve durar até domingo.
Reuters |
Super Scorpio dos EUA, também enviado à Rússia |
As primeiras informações davam conta de que a embarcação tinha ficado presa em redes de pesca, versão que foi desmentida por autoridades.
Os Estados Unidos também mandaram ajuda à Rússia, que espera a chegada dos veículos aquáticos norte-americanos nas próximas horas.
Neste sábado, autoridades russas fizeram contato com a tripulação, e informaram que os marinheiros passavam bem. Os sete marinheiros estão trancados em um dos dois compartimentos do submarino, para economizar energia.
Esforços
Durante um comunicado exibido pelas redes de TV russas, o comandante da frota da Marinha do Pacífico, almirante Viktor Fyodorov, afirmou que "o trabalho irá continuar sem interrupção, dia e noite, e não vai parar até que os marinheiros sejam trazidos à superfície".
Os comentários do almirante têm por objetivo demonstrar os esforços russos em salvar os marinheiros, e desfazer a idéia de "negligência" atribuída ao governo do presidente Vladimir Putin após o acidente que envolveu o submarino Kursk, em 2000.
Na época, o presidente foi duramente criticado porque não quis interromper suas férias para visitar o local do naufrágio do Kursk, no mar de Barent. Em agosto de 2000, a explosão de um torpedo defeituoso dentro do submarino causou a morte de 118 tripulantes, provocando um dos mais graves acidentes na história da Marinha russa.
Neste sábado, Putin ordenou que o ministro de Defesa Sergei Ivanov acompanhasse de perto a operação de resgate.
O governo da Rússia pediu por ajuda internacional devido às deficiências em equipamentos e tecnologia sofridas pela Marinha. A ação também contrasta com a atitude da Rússia na época do Kursk: o país recusou várias vezes ajuda internacional, e só a aceitou quando praticamente não havia mais esperanças de salvar os marinheiros.
Com agências internacionais
Especial
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