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06/08/2005
-
22h54
da Folha Online
O robô britânico Super Scorpio, que chegou neste sábado à península russa de Kamchatcka (costa do Pacífico), conseguiu cortar os cabos que prendiam o minissubmarino russo AS-28. Ainda assim, é possível que o veículo não consiga ir para a superfície em breve, como se esperava.
Logo depois de cortá-los, especialistas britânicos trouxeram o Super Scorpio para a superfície para realizar "consertos". A subida teria acontecido antes do previsto: agências de notícias afirmam que ainda falta desprender o minissubmarino de uma rede.
"Depois de cortar o último cabo, a equipe descobriu que havia um pedaço de rede de pesca prendendo o AS-28. Não pudemos cortá-la porque o Scorpio apresentou problemas e teve de voltar à superfície", afirmou o capitão Alexander Kosolapov, envolvido na missão, segundo a agência Interfax.
A operação controlada remotamente foi realizada antes que dois Super Scorpios norte-americanos chegassem ao local do acidente. A luta contra o tempo marca as operações de resgate, pois o minissubimarino tem sete pessoas a bordo e pouco oxigênio. Segundo informações oficiais, porém contraditórias, o oxigênio deve durar até domingo.
Desde quinta-feira, quando seus motores de propulsão enroscaram nos cabos de uma antena de vigilância, o veículo está encalhado a 190 metros de profundidade. O problema aconteceu quando o AS-28 fazia exercícios militares.
As primeiras informações davam conta de que a embarcação tinha ficado presa em redes de pesca, versão posteriormente desmentida por autoridades russas. Os últimos acontecimentos, no entanto, mostram que esse tipo de rede pode ter contribuído para prender o submarino.
Neste sábado, autoridades russas fizeram contato com a tripulação, e informaram que os marinheiros passavam bem. Os sete marinheiros estão trancados em um dos dois compartimentos do submarino, para economizar energia.
Esforços
Durante um comunicado exibido pelas redes de TV russas, o comandante da frota da Marinha do Pacífico, almirante Viktor Fyodorov, afirmou que "o trabalho irá continuar sem interrupção, dia e noite, e não vai parar até que os marinheiros sejam trazidos à superfície".
Os comentários do almirante têm por objetivo demonstrar os esforços russos em salvar os marinheiros, e desfazer a idéia de "negligência" atribuída ao governo do presidente Vladimir Putin após o acidente que envolveu o submarino Kursk, em 2000.
Na época, o presidente foi duramente criticado porque não quis interromper suas férias para visitar o local do naufrágio do Kursk, no mar de Barent. Em agosto de 2000, a explosão de um torpedo defeituoso dentro do submarino causou a morte de 118 tripulantes, provocando um dos mais graves acidentes na história da Marinha russa.
Neste sábado, Putin ordenou que o ministro de Defesa Sergei Ivanov acompanhasse de perto a operação de resgate.
O governo da Rússia pediu por ajuda internacional devido às deficiências em equipamentos e tecnologia sofridas pela Marinha. A ação também contrasta com a atitude da Rússia na época do Kursk: o país recusou várias vezes ajuda internacional, e só a aceitou quando praticamente não havia mais esperanças de salvar os marinheiros.
Com agências internacionais
Especial
Veja galeria de imagens sobre o acidente com o minissubmarino
Leia o que já foi publicado sobre acidentes com submarinos
Leia o que já foi publicado sobre o submarino Kursk
Robô corta cabos, mas submarino russo continua preso
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O robô britânico Super Scorpio, que chegou neste sábado à península russa de Kamchatcka (costa do Pacífico), conseguiu cortar os cabos que prendiam o minissubmarino russo AS-28. Ainda assim, é possível que o veículo não consiga ir para a superfície em breve, como se esperava.
Logo depois de cortá-los, especialistas britânicos trouxeram o Super Scorpio para a superfície para realizar "consertos". A subida teria acontecido antes do previsto: agências de notícias afirmam que ainda falta desprender o minissubmarino de uma rede.
"Depois de cortar o último cabo, a equipe descobriu que havia um pedaço de rede de pesca prendendo o AS-28. Não pudemos cortá-la porque o Scorpio apresentou problemas e teve de voltar à superfície", afirmou o capitão Alexander Kosolapov, envolvido na missão, segundo a agência Interfax.
Reuters |
Super Scorpio dos EUA, também enviado à Rússia |
Desde quinta-feira, quando seus motores de propulsão enroscaram nos cabos de uma antena de vigilância, o veículo está encalhado a 190 metros de profundidade. O problema aconteceu quando o AS-28 fazia exercícios militares.
As primeiras informações davam conta de que a embarcação tinha ficado presa em redes de pesca, versão posteriormente desmentida por autoridades russas. Os últimos acontecimentos, no entanto, mostram que esse tipo de rede pode ter contribuído para prender o submarino.
Neste sábado, autoridades russas fizeram contato com a tripulação, e informaram que os marinheiros passavam bem. Os sete marinheiros estão trancados em um dos dois compartimentos do submarino, para economizar energia.
Esforços
Durante um comunicado exibido pelas redes de TV russas, o comandante da frota da Marinha do Pacífico, almirante Viktor Fyodorov, afirmou que "o trabalho irá continuar sem interrupção, dia e noite, e não vai parar até que os marinheiros sejam trazidos à superfície".
Os comentários do almirante têm por objetivo demonstrar os esforços russos em salvar os marinheiros, e desfazer a idéia de "negligência" atribuída ao governo do presidente Vladimir Putin após o acidente que envolveu o submarino Kursk, em 2000.
Na época, o presidente foi duramente criticado porque não quis interromper suas férias para visitar o local do naufrágio do Kursk, no mar de Barent. Em agosto de 2000, a explosão de um torpedo defeituoso dentro do submarino causou a morte de 118 tripulantes, provocando um dos mais graves acidentes na história da Marinha russa.
Neste sábado, Putin ordenou que o ministro de Defesa Sergei Ivanov acompanhasse de perto a operação de resgate.
O governo da Rússia pediu por ajuda internacional devido às deficiências em equipamentos e tecnologia sofridas pela Marinha. A ação também contrasta com a atitude da Rússia na época do Kursk: o país recusou várias vezes ajuda internacional, e só a aceitou quando praticamente não havia mais esperanças de salvar os marinheiros.
Com agências internacionais
Especial
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