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08/08/2005 - 11h32

Programa nuclear do Irã é alvo de autoridades desde 2002

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da Folha Online

O governo do Irã reiniciou nesta segunda-feira o processo de conversão de urânio na usina nuclear de Isfahan, um movimento que pode levar o país a sofrer sanções econômicas e diplomáticas impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.

Os EUA acusam o Irã de trabalhar no desenvolvimento de armas de destruição em massa, suspeita que veio à tona em 2002. Desde então, a AIEA já fez inspeções no Irã, e negociadores europeus tentam dissuadir as autoridades de continuar com o programa nuclear:

Veja quais são os principais momentos que marcam a questão sobre o programa nuclear iraniano:

8 de agosto de 2005 - O Irã volta a fazer a conversão de urânio em sua usina de Isfahan, e rejeita a proposta dos negociadores europeus --Alemanha, França e Reino Unido, que ofereciam ajuda econômica e tecnológica em troca da suspensão do programa.

5 de agosto de 2005 - a União Européia (UE) apresenta propostas de cooperação comercial e política, e pede ao governo iraniano que desista do programa nuclear. O Irã rejeita a oferta.

26 de julho de 2005 - O então presidente Mohammed Khatami anuncia que o Irã vai reiniciar seu programa nuclear, independente de qual seja a proposta européia.

Maio de 2005 - Autoridades iranianas concordam com representantes europeus em atrasar o reinício do programa nuclear por dois meses, depois de sofrerem ameaças de intervenção do CS da ONU.

Fevereiro de 2005 - Khatami diz que nenhum governo no Irã, do presente ou do futuro, vai desistir dos programas de tecnologia nuclear, incluindo enriquecimento de urânio. O Irã assina um acordo de suprimento de combustível nuclear com a Rússia.

Janeiro de 2005 - O governo iraniano concorda com a visita de inspetores da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) a uma instalação militar, onde o governo dos EUA diz que "há o desenvolvimento de trabalhos relacionados a fabricação de bombas" nucleares.

Novembro de 2004 - Autoridades iranianas confirmam aos negociadores europeus a suspensão de todo o programa nuclear.

Setembro de 2004 - A AIEA pede ao Irã que suspenda imediatamente o programa de enriquecimento de urânio.

Junho de 2004 - A direção da AIEA diz que a cooperação do Irã com a agência não é "completa, não respeita prazos e não é pró-ativa". Fotos de satélite mostram que o Irã destruiu um local em Teerã, que os EUA diziam ter relação com o programa atômico do país.

Dezembro de 2003 - O Irã assina um protocolo permitindo que inspetores da AIEA visitem usinas nucleares.

Outubro de 2003 - O governo do Irã diz aos negociadores europeus que vai suspender todas as atividades ligadas ao enriquecimento de urânio.

Setembro de 2003 - A AIEA encontra traços de urânio enriquecido na Companhia Elétrica Kalaye, do Irã.

Julho de 2003 - Diplomatas dizem à agência de notícias Reuters que a AIEA encontrou traços de urânio enriquecido em uma usina em Natanz.

Julho de 2003 - A AIEA divulga o primeiro relatório após a inspeção no Irã, e diz que o governo não cumpriu as obrigações determinadas pelo Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).

Fevereiro de 2003 - O chefe da AIEA, Mohamed ElBaradei e uma equipe começam a fazer inspeções nas usinas de Natanz e Arak.

Dezembro de 2002 - Com a ajuda de fotos de satélite de Natanz e Arak, os EUA acusam o Irã de fabricar armas de destruição em massa.

Agosto de 2002 - O grupo exilado que faz oposição ao governo do Irã, o Conselho Nacional da Rresistência do Irã, diz que há uma intensa atividade de enriquecimento de urânio nas usinas de Natanz e Arak.

Com agências internacionais

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