Publicidade
Publicidade
09/08/2005
-
23h19
da Folha Online
Com a aproximação da data final para aprovação da nova Constituição do Iraque pelos parlamentares, rebeldes iniciaram uma nova onda de violência no país. Ao menos 21 pessoas foram mortas nesta terça-feira e outras 90 ficaram feridas, em ataques que se concentraram na capital iraquiana, Bagdá.
Logo pela manhã desta terça-feira, um carro-bomba explodiu perto de um comboio americano nem Bagdá, matando sete pessoas --incluindo um soldado americano-- e feriu outras 90.
O ataque ocorreu em Tahrir Square, no centro da cidade, afirmou o capitão de polícia Abdul-Hussein Munasaf. Cinco carros civis, um veículo Humvee do Exército e uma picape ficaram danificados. Autoridades americanas e iraquianas cercaram a área.
Depois, em três ataques separados ocorridos também nesta manhã, homens armados mataram nove policiais. Um décimo policial foi morto mais tarde.
Durante a tarde, em outro ataque ocorrido na capital, insurgentes mataram um funcionário do governo iraquiano, Abbas Ibrahim Mohammed. Outros três civis morreram na explosão de um morteiro em Bagdá, informou a polícia.
Demissão
O prefeito de Bagdá, Alaa al Timimi, foi demitido e a responsabilidade pela administração da cidade foi transferida ao governador da Província de Bagdá, Hussein al Tahhan, segundo Laith Kubba, porta-voz do governo iraquiano. Ele se recusou a dizer os motivos que levaram o governo provincial a demitir o prefeito.
Mas nesta terça-feira, Al Timimi havia declarado que tinha sido "expulso" ontem de seu gabinete, por um grupo armado de 120 homens, e repassaram o controle da cidade ao governador.
O prefeito de Bagdá, um engenheiro, afirmou que a tensão entre ele e o conselho da província de Bagdá, dominada por xiitas, cresceu nas últimas semanas, em uma disputa de poder dividiu o governo.
Segundo Al Timimi, o conselho tenta retirá-lo do gabinete desde sua eleição, em janeiro.
A versão de Al Timimi foi contestada por Tahhan, que negou ter entrado à força no gabinete do prefeito. "Eu fui recebido na porta pelo vice-prefeito, Amir al Suaidi. Ele me levou até o gabinete e falei aos meus seguranças para ficarem do lado de fora", afirmou à Reuters. "É um absurdo achar que eu forçaria minha entrada", acrescentou.
Constituição
Apesar de uma forte tempestade de areia ocorrida nesta segunda-feira ter cancelado os encontros dos parlamentares que estão trabalhando na criação de uma nova Constituição iraquiana, e atrasado as reuniões desta terça-feira, importantes negociações foram iniciadas, disse Kamaran Garadaji, porta-voz do primeiro-ministro Ibrahim Jaafari.
Garadaji afirmou que os líderes políticos estão "determinados a fazer um acordo [sobre a Constituição antes de 15 de agosto", data-limite para entrega do texto.
O governo informou, em comunicado, que a questão dos direitos da mulher, "muito debatida pela imprensa ocidental, não é um grande problema" para os parlamentares iraquianos.
Entre os outros assuntos que vêm causando divergência está o alcance do federalismo, com os curdos insistindo em ganhar autonomia regional.
O embaixador americano Zalmay Khalilzad, no entanto, assegurou à imprensa que os curdos querem autonomia, mas não lutam pela independência.
"Há outras questões sobre o papel do islã e se ele deveria ser 'uma fonte principal' ou 'a fonte principal' da legislação", afirmou o embaixador.
Com agências internacionais
Especial
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Leia o que já foi publicado sobre explosões de carros-bomba em Bagdá
Onda de violência no Iraque mata 21 pessoas e fere 90
Publicidade
Com a aproximação da data final para aprovação da nova Constituição do Iraque pelos parlamentares, rebeldes iniciaram uma nova onda de violência no país. Ao menos 21 pessoas foram mortas nesta terça-feira e outras 90 ficaram feridas, em ataques que se concentraram na capital iraquiana, Bagdá.
Logo pela manhã desta terça-feira, um carro-bomba explodiu perto de um comboio americano nem Bagdá, matando sete pessoas --incluindo um soldado americano-- e feriu outras 90.
O ataque ocorreu em Tahrir Square, no centro da cidade, afirmou o capitão de polícia Abdul-Hussein Munasaf. Cinco carros civis, um veículo Humvee do Exército e uma picape ficaram danificados. Autoridades americanas e iraquianas cercaram a área.
Depois, em três ataques separados ocorridos também nesta manhã, homens armados mataram nove policiais. Um décimo policial foi morto mais tarde.
Durante a tarde, em outro ataque ocorrido na capital, insurgentes mataram um funcionário do governo iraquiano, Abbas Ibrahim Mohammed. Outros três civis morreram na explosão de um morteiro em Bagdá, informou a polícia.
Demissão
O prefeito de Bagdá, Alaa al Timimi, foi demitido e a responsabilidade pela administração da cidade foi transferida ao governador da Província de Bagdá, Hussein al Tahhan, segundo Laith Kubba, porta-voz do governo iraquiano. Ele se recusou a dizer os motivos que levaram o governo provincial a demitir o prefeito.
Mas nesta terça-feira, Al Timimi havia declarado que tinha sido "expulso" ontem de seu gabinete, por um grupo armado de 120 homens, e repassaram o controle da cidade ao governador.
O prefeito de Bagdá, um engenheiro, afirmou que a tensão entre ele e o conselho da província de Bagdá, dominada por xiitas, cresceu nas últimas semanas, em uma disputa de poder dividiu o governo.
Segundo Al Timimi, o conselho tenta retirá-lo do gabinete desde sua eleição, em janeiro.
A versão de Al Timimi foi contestada por Tahhan, que negou ter entrado à força no gabinete do prefeito. "Eu fui recebido na porta pelo vice-prefeito, Amir al Suaidi. Ele me levou até o gabinete e falei aos meus seguranças para ficarem do lado de fora", afirmou à Reuters. "É um absurdo achar que eu forçaria minha entrada", acrescentou.
Constituição
Apesar de uma forte tempestade de areia ocorrida nesta segunda-feira ter cancelado os encontros dos parlamentares que estão trabalhando na criação de uma nova Constituição iraquiana, e atrasado as reuniões desta terça-feira, importantes negociações foram iniciadas, disse Kamaran Garadaji, porta-voz do primeiro-ministro Ibrahim Jaafari.
Garadaji afirmou que os líderes políticos estão "determinados a fazer um acordo [sobre a Constituição antes de 15 de agosto", data-limite para entrega do texto.
O governo informou, em comunicado, que a questão dos direitos da mulher, "muito debatida pela imprensa ocidental, não é um grande problema" para os parlamentares iraquianos.
Entre os outros assuntos que vêm causando divergência está o alcance do federalismo, com os curdos insistindo em ganhar autonomia regional.
O embaixador americano Zalmay Khalilzad, no entanto, assegurou à imprensa que os curdos querem autonomia, mas não lutam pela independência.
"Há outras questões sobre o papel do islã e se ele deveria ser 'uma fonte principal' ou 'a fonte principal' da legislação", afirmou o embaixador.
Com agências internacionais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice