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11/08/2005
-
09h04
da Folha Online
Autoridades britânicas prenderam nesta quinta-feira dez estrangeiros acusados de representar "uma ameaça à segurança nacional", e planejam deportá-los para seus respectivos países. Jornais divulgaram que um clérigo palestino, considerado o "embaixador espiritual de Osama bin Laden na Europa", está entre os detidos.
O Ministério britânico do Interior se negou nesta quinta-feira a identificar os estrangeiros que foram detidos, ou dizer qual é o tipo de ameaça que eles representam. Mas jornais britânicos afirmam que entre os detidos está o xeque Omar Mahmood Abu Omar, 45, um clérigo palestino também conhecido pelo apelido de "Abu Qatada".
O xeque já foi julgado pela Justiça da Jordânia, que o condenou à prisão perpétua, devido a acusações de envolvimento em uma série de explosões e planos de ataques terroristas, incluindo um "projeto" para atacar turistas americanos e israelenses durante a celebração do Ano-Novo, em 2000. Ele não se apresentou nos tribunais jordanianos.
Chip e vigilância
Abu Qatada está em uma lista contendo os nomes de dez estrangeiros suspeitos de terrorismo, libertados no Reino Unido em março passado, sob a lei antiterrorista adotada no país. Bastante controversa, a legislação permitia a libertação dessas pessoas, mas elas seriam obrigadas a usar um chip eletrônico que iria sempre dar as coordenadas de sua posição geográfica, seriam mantida sob estrita vigilância, e proibidas de usar telefone, internet, ou ter qualquer encontro com outros estrangeiros.
As condições de libertação desses homens não foram totalmente divulgadas. Alguns deles ficaram detidos por mais de três anos, sem qualquer tipo de julgamento.
Apenas dois suspeitos dos dez libertados em março foram identificados publicamente: Abu Qatada e Mahmoud Suliman Ahmed Abu Rideh, um palestino que emigrou para o Reino Unido em 1995, e teve sua permanência garantida no país por ser um refugiado.
Corte
Além da prisão desses dez suspeitos, outras dez pessoas acusadas de esconder informações sobre os quatro acusados de tentar explodir bombas contra metrôs e um ônibus de dois andares em 21 de julho passado --que não deixaram vítimas-- foram levados aos tribunais nesta quinta-feira, que determinou sua detenção até 8 de setembro próximo.
Na corte de magistrados de Bow Street, Yeshiemebet Girma, 29, mulher de Hamdi Issac, suspeito de ter tentado explodir uma bomba na estação de Shepherd's Bush no último dia 21 de julho, e sua irmã, Mulumebet, 21, devem ser julgadas nesta quinta-feira, por esconder informações da polícia. Outras oito pessoas serão julgadas, entre elas três, que enfrentarão acusações de ajudar um fugitivo a escapar da polícia.
Issac, que usava o nome falso de Osman Hussain, continua preso em Roma, onde foi detido em 29 de julho passado. Autoridades britânicas querem que ele seja extraditado.
Outros três suspeitos de serem os autores dos ataques do dia 21 foram levados às cortes britânicas nesta semana: Muktar Said Ibrahim, 27; Ramzi Mohammed, 23; e Yassin Hassan Omar, 24, que vão ficar sob custódia policial até 14 de novembro próximo. Se condenados, podem pegar prisão perpétua.
Com agências internacionais
Especial
Leia cobertura completa sobre os ataques em Londres
Leia o que já foi publicado sobre atentados na Europa
Londres prende dez estrangeiros acusados de "ameaçar segurança"
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Autoridades britânicas prenderam nesta quinta-feira dez estrangeiros acusados de representar "uma ameaça à segurança nacional", e planejam deportá-los para seus respectivos países. Jornais divulgaram que um clérigo palestino, considerado o "embaixador espiritual de Osama bin Laden na Europa", está entre os detidos.
O Ministério britânico do Interior se negou nesta quinta-feira a identificar os estrangeiros que foram detidos, ou dizer qual é o tipo de ameaça que eles representam. Mas jornais britânicos afirmam que entre os detidos está o xeque Omar Mahmood Abu Omar, 45, um clérigo palestino também conhecido pelo apelido de "Abu Qatada".
O xeque já foi julgado pela Justiça da Jordânia, que o condenou à prisão perpétua, devido a acusações de envolvimento em uma série de explosões e planos de ataques terroristas, incluindo um "projeto" para atacar turistas americanos e israelenses durante a celebração do Ano-Novo, em 2000. Ele não se apresentou nos tribunais jordanianos.
Chip e vigilância
Abu Qatada está em uma lista contendo os nomes de dez estrangeiros suspeitos de terrorismo, libertados no Reino Unido em março passado, sob a lei antiterrorista adotada no país. Bastante controversa, a legislação permitia a libertação dessas pessoas, mas elas seriam obrigadas a usar um chip eletrônico que iria sempre dar as coordenadas de sua posição geográfica, seriam mantida sob estrita vigilância, e proibidas de usar telefone, internet, ou ter qualquer encontro com outros estrangeiros.
As condições de libertação desses homens não foram totalmente divulgadas. Alguns deles ficaram detidos por mais de três anos, sem qualquer tipo de julgamento.
Apenas dois suspeitos dos dez libertados em março foram identificados publicamente: Abu Qatada e Mahmoud Suliman Ahmed Abu Rideh, um palestino que emigrou para o Reino Unido em 1995, e teve sua permanência garantida no país por ser um refugiado.
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Além da prisão desses dez suspeitos, outras dez pessoas acusadas de esconder informações sobre os quatro acusados de tentar explodir bombas contra metrôs e um ônibus de dois andares em 21 de julho passado --que não deixaram vítimas-- foram levados aos tribunais nesta quinta-feira, que determinou sua detenção até 8 de setembro próximo.
Na corte de magistrados de Bow Street, Yeshiemebet Girma, 29, mulher de Hamdi Issac, suspeito de ter tentado explodir uma bomba na estação de Shepherd's Bush no último dia 21 de julho, e sua irmã, Mulumebet, 21, devem ser julgadas nesta quinta-feira, por esconder informações da polícia. Outras oito pessoas serão julgadas, entre elas três, que enfrentarão acusações de ajudar um fugitivo a escapar da polícia.
Issac, que usava o nome falso de Osman Hussain, continua preso em Roma, onde foi detido em 29 de julho passado. Autoridades britânicas querem que ele seja extraditado.
Outros três suspeitos de serem os autores dos ataques do dia 21 foram levados às cortes britânicas nesta semana: Muktar Said Ibrahim, 27; Ramzi Mohammed, 23; e Yassin Hassan Omar, 24, que vão ficar sob custódia policial até 14 de novembro próximo. Se condenados, podem pegar prisão perpétua.
Com agências internacionais
Especial
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