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12/08/2005
-
12h55
EMÍLIA BERTOLLI
da Folha Online
A retirada das 21 colônias judaicas de Gaza --e a remoção dos 8.000 colonos judeus-- resultado do plano criado pelo primeiro-ministro Ariel Sharon, vai devolver o território aos palestinos, 58 anos depois que um dos primeiros documentos emitidos pela ONU (Organização das Nações Unidas) designava a região como território palestino.
De lá para cá, Gaza passou pelo controle egípcio, e pela administração israelense, que levou, além de colonos judeus, soldados aos assentamentos palestinos, para evitar os ataques de grupos extremistas contra israelenses.
De acordo com o plano de partilha da ONU, elaborado em 1947, a faixa de Gaza pretende ao Estado palestino, que deveria ter sido criado em 1948, ao lado do Estado de Israel, mas jamais saiu dos planos das organizações internacionais.
Nesse mesmo ano, Israel entrou em guerra com vários países árabes, que não toleravam a criação de um Estado judaico ao lado dos palestinos. A guerra árabe-israelense (1947-1949) [também chamada de Guerra da Independência em Israel] foi travada contra Líbano, Síria, Iraque, Jordânia e Egito, que acabou ganhando o controle da faixa de Gaza.
Mas em 1967, na Guerra dos Seis Dias, Israel retomou o controle da região, assim como a Cisjordânia, o Sinai [que também pertencia ao Egito] e as colinas do Golã, na Síria. Como parte dos acordos de paz com o Egito em Camp David (EUA), Israel se retirou do Sinai nos anos 80.
Economia
A grande densidade populacional, o extensivo controle realizado por israelenses na faixa de Gaza, e a Segunda Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense, iniciada em 2000] degradaram a economia regional. A maioria da infra-estrutura em Gaza foi destruída pelo Exército israelense.
Segundo a ONU, mais de 100 mil palestinos --de um total de 125 mil que trabalhavam em territórios israelenses-- perderam seus empregos.
Em 2004, Estados Unidos e União Européia repassaram US$ 2 bilhões à faixa de Gaza e à Cisjordânia, para evitar o colapso total da economia palestina. Apesar disso, o desemprego afeta metade dos palestinos.
Veja a faixa de Gaza em números:
Nome: faixa de Gaza
Capital: Gaza é a cidade mais conhecida da região, mas não há uma capital, uma vez que os palestinos ainda não têm um Estado definido
População: 1.376.289 palestinos e 8.500 colonos judeus, que serão retirados da região.
Área: 360 km²
Idioma: árabe, hebraico [falado pelos colonos israelenses e também por palestinos] e inglês [que se tornou muito conhecido na região]
Moeda: novo shekel israelense [também entre os palestinos]
Forma de governo: a ANP (Autoridade Nacional Palestina) controla a região, mas as colônias judaicas respondem ao governo israelense
PIB: US$ 768 milhões (estimativas de 2003)
Renda "per capita" anual: US$ 600 (estimativas de 2003)
Internautas: 60 mil
Taxa de desemprego entre os palestinos: 50% (incluindo a Cisjordânia)
População abaixo da linha da pobreza: 81%
Fontes: CIA Factbook e agências internacionais
Especial
Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
Leia o que já foi publicado sobre protestos contra o plano de retirada
Gaza já foi controlada por egípcios e israelenses
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da Folha Online
A retirada das 21 colônias judaicas de Gaza --e a remoção dos 8.000 colonos judeus-- resultado do plano criado pelo primeiro-ministro Ariel Sharon, vai devolver o território aos palestinos, 58 anos depois que um dos primeiros documentos emitidos pela ONU (Organização das Nações Unidas) designava a região como território palestino.
De lá para cá, Gaza passou pelo controle egípcio, e pela administração israelense, que levou, além de colonos judeus, soldados aos assentamentos palestinos, para evitar os ataques de grupos extremistas contra israelenses.
De acordo com o plano de partilha da ONU, elaborado em 1947, a faixa de Gaza pretende ao Estado palestino, que deveria ter sido criado em 1948, ao lado do Estado de Israel, mas jamais saiu dos planos das organizações internacionais.
Nesse mesmo ano, Israel entrou em guerra com vários países árabes, que não toleravam a criação de um Estado judaico ao lado dos palestinos. A guerra árabe-israelense (1947-1949) [também chamada de Guerra da Independência em Israel] foi travada contra Líbano, Síria, Iraque, Jordânia e Egito, que acabou ganhando o controle da faixa de Gaza.
Mas em 1967, na Guerra dos Seis Dias, Israel retomou o controle da região, assim como a Cisjordânia, o Sinai [que também pertencia ao Egito] e as colinas do Golã, na Síria. Como parte dos acordos de paz com o Egito em Camp David (EUA), Israel se retirou do Sinai nos anos 80.
Economia
A grande densidade populacional, o extensivo controle realizado por israelenses na faixa de Gaza, e a Segunda Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense, iniciada em 2000] degradaram a economia regional. A maioria da infra-estrutura em Gaza foi destruída pelo Exército israelense.
Segundo a ONU, mais de 100 mil palestinos --de um total de 125 mil que trabalhavam em territórios israelenses-- perderam seus empregos.
Em 2004, Estados Unidos e União Européia repassaram US$ 2 bilhões à faixa de Gaza e à Cisjordânia, para evitar o colapso total da economia palestina. Apesar disso, o desemprego afeta metade dos palestinos.
Veja a faixa de Gaza em números:
Nome: faixa de Gaza
Capital: Gaza é a cidade mais conhecida da região, mas não há uma capital, uma vez que os palestinos ainda não têm um Estado definido
População: 1.376.289 palestinos e 8.500 colonos judeus, que serão retirados da região.
Área: 360 km²
Idioma: árabe, hebraico [falado pelos colonos israelenses e também por palestinos] e inglês [que se tornou muito conhecido na região]
Moeda: novo shekel israelense [também entre os palestinos]
Forma de governo: a ANP (Autoridade Nacional Palestina) controla a região, mas as colônias judaicas respondem ao governo israelense
PIB: US$ 768 milhões (estimativas de 2003)
Renda "per capita" anual: US$ 600 (estimativas de 2003)
Internautas: 60 mil
Taxa de desemprego entre os palestinos: 50% (incluindo a Cisjordânia)
População abaixo da linha da pobreza: 81%
Fontes: CIA Factbook e agências internacionais
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