Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/08/2005 - 09h10

Líderes iraquianos ainda negociam acordo sobre a Constituição

Publicidade

da France Presse, em Bagdá

As negociações políticas sobre a Constituição iraquiana poderão desembocar neste sábado num compromisso sobre os pontos em litígio antes do prazo final de segunda-feira, quando o texto tem de ser entregue ao Parlamento.

"As reuniões continuam sem interrupção, com a participação nesta manhã do embaixador (dos Estados Unidos) Zalmay Jalilzad", disse à AFP o deputado curdo Mahmud Osman. "Esta noite será firmado um compromisso durante a reunião entre a lista curda e a Aliança Unificada Iraquiana", acrescentou Osman, referindo-se aos setores majoritários no Parlamento.

"A reunião deste sábado apresentará soluções definitivas", confirmou Haitham al Husseini, porta-voz de Hakim, chefe do Conselho Supremo da Revolução Islâmica no Iraque (CSRII, ligado ao Irã).

Mahmud Osman estimou, no entanto, que o compromisso provavelmente não será satisfatório para os sunitas. "Creio que os árabes sunitas não apoiarão a Constituição", disse, sem entrar em detalhes.

Os sunitas se opõem à criação de uma região xiita autônoma no sul do país, tal como pede Hakim, já que ficariam aglutinados às províncias áridas do país.

Segundo Osman, "os americanos insistem no respeito ao calendário", que prevê a entrega da Constituição ao Parlamento em 15 de agosto, "e participam de forma ativa e séria em todas as reuniões".

Os líderes iraquianos têm até segunda-feira para resolver vários pontos em litígio, sobretudo os detalhes do federalismo e do papel do Islã no Estado.

O deputado curdo afirmou que, em caso de bloqueio, uma das alternativas é apresentar no prazo previsto um projeto de Constituição ao Parlamento e se comprometer em solucionar as questões divergentes antes do referendo, que será realizado o mais tardar em meados de outubro.

Até agora os líderes resolveram quatro dos 18 pontos em litígio: o nome oficial do Estado, a questão dos combatentes curdos, a situação da cidade multiétnica de Kirkuk e a repartição das receitas derivadas das exportações de petróleo.

"Chegamos a um acordo de princípio ontem (sexta-feira) à noite para repartir os rendimentos do petróleo entre xiitas, sunitas e curdos", disse à AFP o sunita Saleh al Motlaq, membro do Comitê de Redação da Constituição.

Segundo Motlaq, a receita do petróleo no Iraque será controlada pelo governo federal e distribuída aos governos de cada província de acordo com um critério demográfico. "Todos os grupos estão de acordo neste ponto", acrescentou.

Especial
  • Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
  • Leia o que já foi publicado sobre ataques em Bagdá
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página