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15/08/2005 - 09h35

Falta de acordo sobre Constituição iraquiana pode iniciar crise

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da Folha Online

A apenas algumas horas do prazo para definir nesta segunda-feira a nova Constituição do Iraque, a falta de acordo sobre determinados pontos da carta pode iniciar uma crise política no país.

Entre os principais itens em que ainda não há consenso entre os líderes políticos e os 71 legisladores estão a questão da autonomia federal no país e o papel do islã no Estado iraquiano.

Uma sessão especial do Parlamento foi marcada para as 18h de hoje (11h no horário de Brasília), apesar de já se especular que a reunião poderia ser adiada.

Referendo

Se um acordo acerca da carta for alcançado hoje e mais tarde aprovado em um referendo marcado para o mês de outubro, o Parlamento votará a Constituição em meados de dezembro. Caso contrário, a Assembléia Nacional será dissolvida e novas eleições serão marcadas até antes de 15 de dezembro.

O parlamentar iraquiano Hussain al-Shahristani afirma que é provável que seja concedido um período entre duas semanas e um mês para mais discussões a respeito da Constituição. Para isso ocorrer, é preciso o apoio de três quartos da Assembléia Nacional à proposta. O adiamento desagrada aos Estados Unidos, que têm insistido no cumprimento do prazo, com o embaixador norte-americano trabalhando firmemente nas negociações.

Outra possibilidade para alcançar um acordo é um consenso entre xiitas e curdos --detentores da maioria da Assembléia Nacional--, que ignorariam as objeções feitas pelos sunitas. Salah al-Mutlaq, um dos representantes da tendência na Constituinte, afirma que "[o acordo entre xiitas e curdos] não seria legal, como nem tudo que acontece aqui é legal. Se isso realmente ocorrer, iremos nos opor fortemente contra isso".

Os sunitas dominavam o Iraque sob o regime de Saddam Hussein e a oposição em relação a xiitas e curdos poderia detonar mais ações de insurgentes sunitas no país.

Entre os pontos da Constituição que desagradam os sunitas estão as propostas de um status especial para a liderança clerical xiita e a fórmula sobre a distribuição da riqueza proveniente do petróleo e a questão da dupla cidadania.

Caso prevaleça a manobra de xiitas e curdos, sunitas apostam suas fichas no referendo --se dois terços da população em três Províncias votarem contra, a Constituição é rejeitada. Sunitas são maioria em ao menos quatro Províncias iraquianas.

Com agências internacionais

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