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15/08/2005
-
18h08
da Folha Online
O Parlamento iraquiano concordou nesta segunda-feira em estender em uma semana o prazo para as negociações a respeito de uma nova Constituição, depois que políticos pediram mais tempo para chegar a um acordo.
A menos de 20 minutos da 0h (17h de Brasília) --quando o prazo expiraria --o Parlamento votou pela extensão da data para a elaboração de uma nova Constituição até 22 de agosto.
Negociadores do comitê responsável pela Constituição haviam pedido um prazo de dez dias para chegar a um acordo a respeito de várias questões polêmicas --entre elas, a autonomia federal no país e o papel do islã no Estado iraquiano. No entanto, o porta-voz do Parlamento sugeriu um adiamento de uma semana --proposta aprovada pela assembléia.
O adiamento vai contra os esforços de diplomatas americanos que conduziam as negociações e as esperanças de Washington de que um acordo entre sunitas e xiitas pudesse ser alcançado e ajudasse a diminuir a insurgência entre a minoria sunita.
O Embaixador americano no Iraque, Zalmay Khalilzad, estava presente no Parlamento, mas deixou o local sem falar com a imprensa.
"Este adiamento não irá diminuir a confiança do povo iraquiano, que apoia o Parlamento", afirmou o presidente iraquiano, Jalal Talabani, que presidiu negociações intensas na semana passada.
Ataques
Ataques insurgentes matam várias pessoas por dia no Iraque.Vinte e seis pessoas morreram nesta segunda-feira em uma série de ataques no país --entre elas, uma caminhoneiro turco que foi vítima de um atentado com "vaca bomba". Em Bagdá, um suicida atacou um restaurante, ferindo 11 pessoas.
"O cadáver de uma vaca carregado com bombas explodiu na região de Dujail (40 km ao norte de Bagdá), próximo de um comboio de caminhões, destruindo um dos veículos e matando o motorista turco", informou um comandante do Exército iraquiano, Mohammad Chadidi.
Os atentados com "cães-bomba" ou com cadáveres de outros animais são freqüentes na região rebelde ao norte de Bagdá.
Em Samarra (125 km ao norte de Bagdá), um militar iraquiano morreu em um ataque rebelde, enquanto o disparo de um morteiro matou uma mulher que visitava seu filho, em soldado, em Balad (70 km ao norte da capital).
Dois guarda-costas do vice-presidente xiita Abel Abdel Mehdi morreram em um atentado com bomba 120 km ao norte de Bagdá, quando escoltavam parentes de Mehdi, que ficaram ilesos, segundo uma fonte oficial.
Tiros
Pela manhã, três soldados morreram em um ataque contra um posto de controle ao norte de Bagdá no povoado de Bohruz (15 km ao sul de Baaquba), capital da província de Diyala ( 60 km ao norte da capital).
Um outro militar morreu após disparos de desconhecidos no bairro Al Amiriya, a leste de Bagdá, segundo uma fonte do Ministério do Interior.
Um membro do Conselho Municipal de Al Khaliss (20 km ao norte de Baaquba), Mohammad Hussein, e seu motorista foram assassinados a tiros quando viajavam de carro, segundo uma fonte militar.
Em Tikrit, a explosão de uma bomba causou a morte de três civis, segundo Hadi Salman, capitão de polícia da cidade, que fica 180 km ao norte de Bagdá.
Com agências internacionais
Especial
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Leia o que já foi publicado sobre a Constituição iraquiana
Leia o que já foi publicado sobre ataques rebeldes no Iraque
Parlamento iraquiano estende prazo para definição de Constituição
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O Parlamento iraquiano concordou nesta segunda-feira em estender em uma semana o prazo para as negociações a respeito de uma nova Constituição, depois que políticos pediram mais tempo para chegar a um acordo.
A menos de 20 minutos da 0h (17h de Brasília) --quando o prazo expiraria --o Parlamento votou pela extensão da data para a elaboração de uma nova Constituição até 22 de agosto.
Negociadores do comitê responsável pela Constituição haviam pedido um prazo de dez dias para chegar a um acordo a respeito de várias questões polêmicas --entre elas, a autonomia federal no país e o papel do islã no Estado iraquiano. No entanto, o porta-voz do Parlamento sugeriu um adiamento de uma semana --proposta aprovada pela assembléia.
EFE |
Homem passa em frente a cartazes pró-Constituição |
O Embaixador americano no Iraque, Zalmay Khalilzad, estava presente no Parlamento, mas deixou o local sem falar com a imprensa.
"Este adiamento não irá diminuir a confiança do povo iraquiano, que apoia o Parlamento", afirmou o presidente iraquiano, Jalal Talabani, que presidiu negociações intensas na semana passada.
Ataques
Ataques insurgentes matam várias pessoas por dia no Iraque.Vinte e seis pessoas morreram nesta segunda-feira em uma série de ataques no país --entre elas, uma caminhoneiro turco que foi vítima de um atentado com "vaca bomba". Em Bagdá, um suicida atacou um restaurante, ferindo 11 pessoas.
"O cadáver de uma vaca carregado com bombas explodiu na região de Dujail (40 km ao norte de Bagdá), próximo de um comboio de caminhões, destruindo um dos veículos e matando o motorista turco", informou um comandante do Exército iraquiano, Mohammad Chadidi.
Os atentados com "cães-bomba" ou com cadáveres de outros animais são freqüentes na região rebelde ao norte de Bagdá.
Em Samarra (125 km ao norte de Bagdá), um militar iraquiano morreu em um ataque rebelde, enquanto o disparo de um morteiro matou uma mulher que visitava seu filho, em soldado, em Balad (70 km ao norte da capital).
Dois guarda-costas do vice-presidente xiita Abel Abdel Mehdi morreram em um atentado com bomba 120 km ao norte de Bagdá, quando escoltavam parentes de Mehdi, que ficaram ilesos, segundo uma fonte oficial.
Tiros
Pela manhã, três soldados morreram em um ataque contra um posto de controle ao norte de Bagdá no povoado de Bohruz (15 km ao sul de Baaquba), capital da província de Diyala ( 60 km ao norte da capital).
Um outro militar morreu após disparos de desconhecidos no bairro Al Amiriya, a leste de Bagdá, segundo uma fonte do Ministério do Interior.
Um membro do Conselho Municipal de Al Khaliss (20 km ao norte de Baaquba), Mohammad Hussein, e seu motorista foram assassinados a tiros quando viajavam de carro, segundo uma fonte militar.
Em Tikrit, a explosão de uma bomba causou a morte de três civis, segundo Hadi Salman, capitão de polícia da cidade, que fica 180 km ao norte de Bagdá.
Com agências internacionais
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