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22/08/2005
-
15h26
da Folha Online
Apesar das repetidas ofensivas das forças americanas na região nordeste do Iraque, rebeldes ainda controlam várias cidades da região, impondo, inclusive, suas próprias leis, por meio de um "tribunal islâmico rebelde" e matando civis acusados de espionagem em praça pública.
A informação, advinda de moradores da região que não quiseram se identificar, foi obtida pela agência de notícias Reuters. Segundo residentes, o local é completamente dominado pelos rebeldes, onde "não há forças americanas, Exército ou polícia iraquianos" que consiga tirar a força dos insurgentes.
De acordo com testemunhas, na semana passada três pessoas foram mortas na praça pública de Haditha --cidade localizada na Província de Al Anbar (oeste), onde soldados lutam há meses com rebeldes-- após serem acusadas de espionagem aos americanos.
A área do vale do Eufrates, em Al Anbar é, de acordo com moradores locais, uma passagem usada por militantes que vêm da Síria ao Iraque. Em toda a região, há uma proibição "velada": rebeldes ameaçam de morte qualquer estrangeiro que se aproximar do local, incluindo jornalistas.
O Exército americano, que conduziu várias ofensivas em Al Anbar informou, ao ser confrontado com as informações obtidas pela agência de notícias, que as forças de segurança "trabalham para tentar trazer estabilidade" a toda Província. Mas em nenhum momento, os porta-vozes americanos citaram a situação de Haditha.
Moradores dizem, entretanto, que a região entre Haditha e Qaim --capital de Al Anbar-- é "completamente dominada" por rebeldes, que seguem as orientações de Abu Musab al Zarqawi, o terrorista jordaniano que comanda a rede Al Qaeda no Iraque.
Tortura
Em Haditha e em Qaim os insurgentes instalaram "cortes islâmicas", que julgam acusados de crimes, condenando-os à morte ou a torturas públicas, como surras de chicote.
Fontes médicas do hospital de Haditha --que não quiseram se identificar, por medo de represálias-- confirmaram que várias pessoas são levadas ao local, apresentando ferimentos de torturas. Muitas vezes, os próprios insurgentes "as arrastam" até o centro médico, onde são mortas na frente de funcionários.
Imagens de vídeo, distribuídas por rebeldes em várias cidades de Al Anbar, mostram seqüências de tortura contra os que foram condenados pelos tribunais islâmicos rebeldes, em uma tentativa de amedrontar os moradores locais.
Tanto a música como a indumentária usada no Ocidente foram banidas em Haditha e Qaim, onde as mulheres também são forçadas a andarem totalmente cobertas.
Os barbeiros também são proibidos de fazer cortes de cabelo semelhantes aos usados pelos ocidentais. Qualquer um que quebrar as regras pode ser chicoteado em praça pública.
Com agências internacionais
Especial
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Rebeldes "controlam" parte do norte do Iraque, dizem moradores
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Apesar das repetidas ofensivas das forças americanas na região nordeste do Iraque, rebeldes ainda controlam várias cidades da região, impondo, inclusive, suas próprias leis, por meio de um "tribunal islâmico rebelde" e matando civis acusados de espionagem em praça pública.
A informação, advinda de moradores da região que não quiseram se identificar, foi obtida pela agência de notícias Reuters. Segundo residentes, o local é completamente dominado pelos rebeldes, onde "não há forças americanas, Exército ou polícia iraquianos" que consiga tirar a força dos insurgentes.
De acordo com testemunhas, na semana passada três pessoas foram mortas na praça pública de Haditha --cidade localizada na Província de Al Anbar (oeste), onde soldados lutam há meses com rebeldes-- após serem acusadas de espionagem aos americanos.
A área do vale do Eufrates, em Al Anbar é, de acordo com moradores locais, uma passagem usada por militantes que vêm da Síria ao Iraque. Em toda a região, há uma proibição "velada": rebeldes ameaçam de morte qualquer estrangeiro que se aproximar do local, incluindo jornalistas.
O Exército americano, que conduziu várias ofensivas em Al Anbar informou, ao ser confrontado com as informações obtidas pela agência de notícias, que as forças de segurança "trabalham para tentar trazer estabilidade" a toda Província. Mas em nenhum momento, os porta-vozes americanos citaram a situação de Haditha.
Moradores dizem, entretanto, que a região entre Haditha e Qaim --capital de Al Anbar-- é "completamente dominada" por rebeldes, que seguem as orientações de Abu Musab al Zarqawi, o terrorista jordaniano que comanda a rede Al Qaeda no Iraque.
Tortura
Em Haditha e em Qaim os insurgentes instalaram "cortes islâmicas", que julgam acusados de crimes, condenando-os à morte ou a torturas públicas, como surras de chicote.
Fontes médicas do hospital de Haditha --que não quiseram se identificar, por medo de represálias-- confirmaram que várias pessoas são levadas ao local, apresentando ferimentos de torturas. Muitas vezes, os próprios insurgentes "as arrastam" até o centro médico, onde são mortas na frente de funcionários.
Imagens de vídeo, distribuídas por rebeldes em várias cidades de Al Anbar, mostram seqüências de tortura contra os que foram condenados pelos tribunais islâmicos rebeldes, em uma tentativa de amedrontar os moradores locais.
Tanto a música como a indumentária usada no Ocidente foram banidas em Haditha e Qaim, onde as mulheres também são forçadas a andarem totalmente cobertas.
Os barbeiros também são proibidos de fazer cortes de cabelo semelhantes aos usados pelos ocidentais. Qualquer um que quebrar as regras pode ser chicoteado em praça pública.
Com agências internacionais
Especial
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