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22/08/2005
-
15h55
da Folha Online
Após mais de uma semana sem comparecer a compromissos públicos, o presidente dos EUA, George W. Bush, deixou seu rancho no Texas nesta segunda-feira para falar a americanos sobre os motivos da permanência das tropas dos EUA no Iraque.
Bush demonstrou otimismo pelo processo vivido no Iraque e afirmou que o país é um exemplo para outros países do Oriente Médio --sem citar as inúmeras ações antiamericanas nem as cerca de 2.000 baixas entre as forças dos EUA no país.
"Há otimismo no Iraque. A maré de liberdade está subindo no Oriente Médio", disse Bush para uma platéia de soldados veteranos, em Utah.
Bush falou que o processo iraquiano está "inspirando reformas em países como Egito e Arábia Saudita", e citou a retirada dos assentamentos judaicos na faixa de Gaza e em parte da Cisjordânia, chamando o desengajamento de "processo valente e doloroso".
"É um passo histórico", disse. "Continuamos completamente comprometidos em defender a segurança de nosso aliado Israel", acrescentou.
O presidente enfrenta muitas críticas devido à falta de resultado efetivo no controle da insurgência iraquiana.
Há pouco mais de uma semana, a mãe de um soldado americano morto em combate se transformou em um do símbolos de parte da população dos EUA que pede a saída de seu país do Iraque.
Bush se nega a retirar prematuramente as tropas do Iraque. Pesquisas de opinião mostram que o nível de aprovação à forma como presidente trata o Iraque caiu.
Discursos
Bush escolheu a convenção nacional da organização Veterans of Foreign Wars (VFW)--que inclui veteranos que participaram de campanhas militares e batalhas--, em Salt Lake City, no Estado republicano do Utah, como local do primeiro dos dois discursos que fará nesta semana [ambos para reiterar seu plano de permanecer no Iraque].
O segundo discurso acontecerá na próxima quarta-feira (24) na base da Guarda Nacional em Nampa, Idaho.
O presidente não deixava seu rancho desde o último dia 13. Enquanto isso, manifestantes que se opõem à Guerra no Iraque, que estavam acampados em um local próximo ao rancho, viraram o centro das atenções.
Além disso, Chuck Hagel --senador republicano e provável candidato à Presidência dos EUA-- disse que o conflito no Iraque trouxe instabilidade ao Oriente Médio e lembra a Guerra do Vietnã.
O discurso de Bush coincide com um dia bastante difícil para o Iraque: autoridades do país enfrentavam o fim do prazo para a aprovação parlamentar de uma nova Constituição. O prazo inicial, que expirava na semana passada, foi estendido por mais uma semana.
Críticas
O ex-rival político de Bush, John Kerry, que foi derrotado pelo atual presidente na eleições de 2004 --quando Bush conquistou a reeleição--, afirmou que os veteranos do VFW e de qualquer outro local merecem respostas concretas sobre a situação no Iraque.
"Quando ele [Bush] oferecerá à nação e a aqueles que se sacrificam tanto no Iraque um plano concreto de paz e vitória?", questionou Kerry, senador e veterano da Guerra do Vietnã (1965-75).
No último sábado (20), em seu discurso semanal transmitido por rádio, Bush afirmou que, assim como em conflitos anteriores, a guerra contra o terror requer grande sacrifício. Ele ofereceu condolências às famílias dos soldados mortos.
Bush têm grande apoio no Estado de Utah, onde recebeu cerca de 70% dos votos nas últimas eleições presidenciais. No entanto, pesquisas indicam que, em outros Estados, o público é cada vez mais cético sobre a maneira como Bush vem lidando com o conflito no Iraque.
Um alto general do Exército, Peter Schoomaker, afirmou à agência de notícias Associated Press que os EUA planejam manter o atual número de soldados no Iraque --bem mais de 100 mil --por mais quatro anos.
Com agências internacionais
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Após mais de uma semana sem comparecer a compromissos públicos, o presidente dos EUA, George W. Bush, deixou seu rancho no Texas nesta segunda-feira para falar a americanos sobre os motivos da permanência das tropas dos EUA no Iraque.
Bush demonstrou otimismo pelo processo vivido no Iraque e afirmou que o país é um exemplo para outros países do Oriente Médio --sem citar as inúmeras ações antiamericanas nem as cerca de 2.000 baixas entre as forças dos EUA no país.
"Há otimismo no Iraque. A maré de liberdade está subindo no Oriente Médio", disse Bush para uma platéia de soldados veteranos, em Utah.
Bush falou que o processo iraquiano está "inspirando reformas em países como Egito e Arábia Saudita", e citou a retirada dos assentamentos judaicos na faixa de Gaza e em parte da Cisjordânia, chamando o desengajamento de "processo valente e doloroso".
"É um passo histórico", disse. "Continuamos completamente comprometidos em defender a segurança de nosso aliado Israel", acrescentou.
O presidente enfrenta muitas críticas devido à falta de resultado efetivo no controle da insurgência iraquiana.
Há pouco mais de uma semana, a mãe de um soldado americano morto em combate se transformou em um do símbolos de parte da população dos EUA que pede a saída de seu país do Iraque.
Bush se nega a retirar prematuramente as tropas do Iraque. Pesquisas de opinião mostram que o nível de aprovação à forma como presidente trata o Iraque caiu.
Discursos
Bush escolheu a convenção nacional da organização Veterans of Foreign Wars (VFW)--que inclui veteranos que participaram de campanhas militares e batalhas--, em Salt Lake City, no Estado republicano do Utah, como local do primeiro dos dois discursos que fará nesta semana [ambos para reiterar seu plano de permanecer no Iraque].
O segundo discurso acontecerá na próxima quarta-feira (24) na base da Guarda Nacional em Nampa, Idaho.
O presidente não deixava seu rancho desde o último dia 13. Enquanto isso, manifestantes que se opõem à Guerra no Iraque, que estavam acampados em um local próximo ao rancho, viraram o centro das atenções.
Além disso, Chuck Hagel --senador republicano e provável candidato à Presidência dos EUA-- disse que o conflito no Iraque trouxe instabilidade ao Oriente Médio e lembra a Guerra do Vietnã.
O discurso de Bush coincide com um dia bastante difícil para o Iraque: autoridades do país enfrentavam o fim do prazo para a aprovação parlamentar de uma nova Constituição. O prazo inicial, que expirava na semana passada, foi estendido por mais uma semana.
Críticas
O ex-rival político de Bush, John Kerry, que foi derrotado pelo atual presidente na eleições de 2004 --quando Bush conquistou a reeleição--, afirmou que os veteranos do VFW e de qualquer outro local merecem respostas concretas sobre a situação no Iraque.
"Quando ele [Bush] oferecerá à nação e a aqueles que se sacrificam tanto no Iraque um plano concreto de paz e vitória?", questionou Kerry, senador e veterano da Guerra do Vietnã (1965-75).
No último sábado (20), em seu discurso semanal transmitido por rádio, Bush afirmou que, assim como em conflitos anteriores, a guerra contra o terror requer grande sacrifício. Ele ofereceu condolências às famílias dos soldados mortos.
Bush têm grande apoio no Estado de Utah, onde recebeu cerca de 70% dos votos nas últimas eleições presidenciais. No entanto, pesquisas indicam que, em outros Estados, o público é cada vez mais cético sobre a maneira como Bush vem lidando com o conflito no Iraque.
Um alto general do Exército, Peter Schoomaker, afirmou à agência de notícias Associated Press que os EUA planejam manter o atual número de soldados no Iraque --bem mais de 100 mil --por mais quatro anos.
Com agências internacionais
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