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25/08/2005
-
19h24
da Folha Online
A Venezuela estuda a possibilidade de apresentar uma denúncia nos Estados Unidos devido às declarações de "caráter terrorista" do apresentador evangélico americano Pat Robertson, afirmou nesta quinta-feira José Pertierra, advogado de Caracas em Washington.
Robertson afirmou, durante seu programa de televisão, que os EUA deveriam assassinar o presidente venezuelano, Hugo Chávez
"Sim, essa é uma das possibilidades que estão sendo analisadas", afirmou o advogado, ao ser consultado sobre a possibilidade de a Venezuela apresentar uma denúncia devido as polêmicas declarações de Robertson.
"Todas as opções legais serão estudadas. No entanto, não posso passar mais informações a respeito", afirmou Pertierra.
"Há coisas que não se diz. Se faz", acrescentou o advogado, que representa a Venezuela no caso do anticastrista Luis Posada Carriles-- detido nos EUA e cuja extradição foi solicitada por Caracas.
Terror
Pertierra afirmou ainda que as declarações do pastor eram de "caráter terrorista". "Ele não está dizendo para que qualquer um o mate. Está pedindo que as forças de operações secretas dos EUA o assassinem".
"[Robertson] está pedindo que a CIA [agência de inteligência] assassine um líder estrangeiro, o que o governo [americano] deve condenar muito energicamente", disse.
O chanceler venezuelano Alí Rodríguez já havia afirmado nesta terça-feira que os comentários de Robertson constituíam um "delito público" e que as autoridades americanas deveriam puni-lo.
Um dia depois, a chancelaria reiterou seu pedido para que o governo americano dê uma resposta para os comentários de Robertson.
"O governo venezuelano aguarda uma resposta das autoridades americanas, que reflete o apego responsável às leis que sancionam atos que ferem a legalidade nos EUA", informou a chancelaria.
Críticas
Os jornais americanos "The New York Times" e "The Washington Post" criticaram nesta quinta-feira, em seus editoriais, a "fraca" reação do governo Bush após as declarações de Robertson.
O "NYT" lamentou que "dois dias mais tarde" o presidente e "outros altos funcionários não tenham criticado com firmeza" o apelo do apresentador.
"A administração Bush não pode deixar de censurar um companheiro conservador que chamou publicamente seu país a não respeitar a lei", escreveu o "Post".
Declarações
O pastor ultraconservador e ex-candidato presidencial nas eleições de 1988 fez um apelo em seu programa televisivo "The 700 Club", emitido pela cadeia Christian Broadcasting (CBN), para que os EUA matem Chávez --que mantém relações tensas com os Estados Unidos.
"Se [Chávez] crê que estamos planejando assassiná-lo, creio que deveríamos fazê-lo", afirmou. "Não precisamos de outra guerra de US$ 200 milhões para depor um ditador violento. É muito mais fácil que agentes secretos façam este trabalho", disse.
Robertson pediu desculpas nesta quarta-feira por pedir o assassinato de Chávez, mas reiterou que, para os Estados Unidos, é melhor "ir à guerra contra uma pessoa" do que contra todo um país para livrar-se de um "ditador como Saddam Hussein".
Com agências internacionais
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Religioso americano diz que Chávez deve ser assassinado
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Venezuela pode apresentar denúncia contra declarações de pastor
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A Venezuela estuda a possibilidade de apresentar uma denúncia nos Estados Unidos devido às declarações de "caráter terrorista" do apresentador evangélico americano Pat Robertson, afirmou nesta quinta-feira José Pertierra, advogado de Caracas em Washington.
Robertson afirmou, durante seu programa de televisão, que os EUA deveriam assassinar o presidente venezuelano, Hugo Chávez
"Sim, essa é uma das possibilidades que estão sendo analisadas", afirmou o advogado, ao ser consultado sobre a possibilidade de a Venezuela apresentar uma denúncia devido as polêmicas declarações de Robertson.
"Todas as opções legais serão estudadas. No entanto, não posso passar mais informações a respeito", afirmou Pertierra.
"Há coisas que não se diz. Se faz", acrescentou o advogado, que representa a Venezuela no caso do anticastrista Luis Posada Carriles-- detido nos EUA e cuja extradição foi solicitada por Caracas.
Terror
Pertierra afirmou ainda que as declarações do pastor eram de "caráter terrorista". "Ele não está dizendo para que qualquer um o mate. Está pedindo que as forças de operações secretas dos EUA o assassinem".
"[Robertson] está pedindo que a CIA [agência de inteligência] assassine um líder estrangeiro, o que o governo [americano] deve condenar muito energicamente", disse.
O chanceler venezuelano Alí Rodríguez já havia afirmado nesta terça-feira que os comentários de Robertson constituíam um "delito público" e que as autoridades americanas deveriam puni-lo.
Um dia depois, a chancelaria reiterou seu pedido para que o governo americano dê uma resposta para os comentários de Robertson.
"O governo venezuelano aguarda uma resposta das autoridades americanas, que reflete o apego responsável às leis que sancionam atos que ferem a legalidade nos EUA", informou a chancelaria.
Críticas
Os jornais americanos "The New York Times" e "The Washington Post" criticaram nesta quinta-feira, em seus editoriais, a "fraca" reação do governo Bush após as declarações de Robertson.
O "NYT" lamentou que "dois dias mais tarde" o presidente e "outros altos funcionários não tenham criticado com firmeza" o apelo do apresentador.
"A administração Bush não pode deixar de censurar um companheiro conservador que chamou publicamente seu país a não respeitar a lei", escreveu o "Post".
Declarações
O pastor ultraconservador e ex-candidato presidencial nas eleições de 1988 fez um apelo em seu programa televisivo "The 700 Club", emitido pela cadeia Christian Broadcasting (CBN), para que os EUA matem Chávez --que mantém relações tensas com os Estados Unidos.
"Se [Chávez] crê que estamos planejando assassiná-lo, creio que deveríamos fazê-lo", afirmou. "Não precisamos de outra guerra de US$ 200 milhões para depor um ditador violento. É muito mais fácil que agentes secretos façam este trabalho", disse.
Robertson pediu desculpas nesta quarta-feira por pedir o assassinato de Chávez, mas reiterou que, para os Estados Unidos, é melhor "ir à guerra contra uma pessoa" do que contra todo um país para livrar-se de um "ditador como Saddam Hussein".
Com agências internacionais
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