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28/08/2005
-
22h22
da Folha Online
O furacão Katrina ganhou força neste domingo e levou pânico ao sul dos Estados Unidos. O país se prepara para enfrentar o mais severo furacão em 13 anos, que deve atingir Nova Orleans nesta segunda-feira por volta das 7h (8h em Brasília).
O Katrina ganhou força neste domingo e atingiu a categoria 5 na escala Saffir-Simpson --a mais severa de todas. O último furacão nesta proporção a atingir os EUA foi o Andrew, em 1992, que devastou a Flórida e matou 26 pessoas.
As previsões indicam que o Katrina pode causar em Nova Orleans, cidade abaixo do nível do mar, inundações de até 7,6 metros, o que deixaria boa parte da cidade submersa.
O prefeito da cidade, Ray Nagin, ordenou que o município seja totalmente esvaziado em razão dos ventos de 282 km/h provocados pelo furacão.
Milhares de pessoas formaram filas nas portas dos abrigos disponibilizados em Nova Orleans ou deixaram a cidade, causando congestionamentos nas estradas.
A prefeitura disponibilizou dez abrigos para receber os moradores e turistas que não têm como deixar o município, incluindo o estádio Superdome Arena, com capacidade para quase 70.000 pessoas e altura de 82 metros, equivalente a 27 andares.
Os hotéis situados a uma distância de até 240 quilômetros ao norte de Nova Orleans já estão cheios. Os estabelecimentos comerciais e a maioria das casas foram fechadas.
Segundo o prefeito, o furacão Katrina pode danificar os diques que protegem Nova Orleans das águas do lago Pontchartian e do rio Mississippi.
Com a divulgação de que o Katrina havia se tornado mais forte, companhias de seguro deram início a projeções sobre os custos de sua passagem pela Louisiana.
A Eqecat Inc., que utiliza sistemas informatizados em seus cálculos, chegou a valores entre US$ 15 bilhões a US$ 30 bilhões --R$ 36 bilhões a R$ 72 bilhões.
Pior dos furacões
O furacão Katrina chegou à categoria cinco na escala Saffir-Simpson --o mais alto grau. Apenas três furacões que atingiram os Estados Unidos alcançaram essa marca.
O presidente George W. Bush declarou estado de emergência no Mississippi na manhã deste domingo, após fazer declaração semelhante em relação à Lousiana.
"A cidade de Nova Orleans nunca viu um furacão dessa magnitude atingi-la diretamente", disse Nagin.
O prefeito de Nova Orleans pediu que as pessoas que forem aos refúgios levem comida e bebidas para vários dias, assim como cobertores e cadeiras, como se fossem acampar. Nagin advertiu que será um lugar incômodo, por isso pediu que as pessoas que puderem saiam da cidade.
O chefe da polícia do município, Eddie Compass, disse que provavelmente será estabelecido um toque de recolher a qualquer momento, e colocarão policiais nas lojas para evitar saques.
O aeroporto internacional de Nova Orleans, no sul dos Estados Unidos, pode anunciar o cancelamento de todas as suas operações.
As conseqüências do furacão podem ser devastadoras na economia da Louisiana, que ocupa a 42ª posição entre 50 Estados norte-americanos em relação à renda da população. A economia do Estado cresceu 2%, menos da metade do crescimento da nação como um todo.
Outras regiões
Até agora, o furacão já deixou nove mortos na Flórida. Uma pessoa morreu e outra está desaparecida devido às fortes chuvas que caíram nas regiões norte e central da Nicarágua como resultado da passagem do Katrina.
A imprensa da Nicarágua informou neste domingo que, apesar da distância, o furacão atingiu o país pela extensão de suas nuvens e chuvas.
No México, as autoridades declararam alerta neste domingo em três Estados da península de Yucatán. São esperadas na região chuvas muitos fortes, ventos e ondas de três a quatro metros, segundo a Defesa Civil local.
Presidente Bush
O presidente dos EUA, George W. Bush, disse hoje que as populações das regiões do sul dos Estados da Louisiana e do Mississippi devem procurar abrigo o mais rápido possível.
"Não se pode enfatizar suficientemente os perigos que esse furacão apresenta para as comunidades da costa do golfo. Peço aos cidadãos que cuidem de sua segurança e de seus familiares indo para lugares seguros", disse o presidente, em seu rancho, na cidade de Crawford, no Estado do Texas (sul dos EUA).
"Faremos tudo que estiver em nosso poder para ajudar às pessoas e às comunidades afetadas por essa tempestade", acrescentou Bush. "Escutem cuidadosamente as instruções dadas pelas autoridades estatais."
Colaborou IURI DANTAS da Folha de S.Paulo em Washington
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Katrina provoca longas filas em abrigos e estradas
Especial
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EUA se preparam para o mais severo furacão em 13 anos
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O furacão Katrina ganhou força neste domingo e levou pânico ao sul dos Estados Unidos. O país se prepara para enfrentar o mais severo furacão em 13 anos, que deve atingir Nova Orleans nesta segunda-feira por volta das 7h (8h em Brasília).
O Katrina ganhou força neste domingo e atingiu a categoria 5 na escala Saffir-Simpson --a mais severa de todas. O último furacão nesta proporção a atingir os EUA foi o Andrew, em 1992, que devastou a Flórida e matou 26 pessoas.
As previsões indicam que o Katrina pode causar em Nova Orleans, cidade abaixo do nível do mar, inundações de até 7,6 metros, o que deixaria boa parte da cidade submersa.
O prefeito da cidade, Ray Nagin, ordenou que o município seja totalmente esvaziado em razão dos ventos de 282 km/h provocados pelo furacão.
Rick Wilking/Reuters |
Carros deixam a cidade de Nova Orleans, na Lousiana |
Milhares de pessoas formaram filas nas portas dos abrigos disponibilizados em Nova Orleans ou deixaram a cidade, causando congestionamentos nas estradas.
A prefeitura disponibilizou dez abrigos para receber os moradores e turistas que não têm como deixar o município, incluindo o estádio Superdome Arena, com capacidade para quase 70.000 pessoas e altura de 82 metros, equivalente a 27 andares.
Os hotéis situados a uma distância de até 240 quilômetros ao norte de Nova Orleans já estão cheios. Os estabelecimentos comerciais e a maioria das casas foram fechadas.
Segundo o prefeito, o furacão Katrina pode danificar os diques que protegem Nova Orleans das águas do lago Pontchartian e do rio Mississippi.
Com a divulgação de que o Katrina havia se tornado mais forte, companhias de seguro deram início a projeções sobre os custos de sua passagem pela Louisiana.
A Eqecat Inc., que utiliza sistemas informatizados em seus cálculos, chegou a valores entre US$ 15 bilhões a US$ 30 bilhões --R$ 36 bilhões a R$ 72 bilhões.
Pior dos furacões
O furacão Katrina chegou à categoria cinco na escala Saffir-Simpson --o mais alto grau. Apenas três furacões que atingiram os Estados Unidos alcançaram essa marca.
O presidente George W. Bush declarou estado de emergência no Mississippi na manhã deste domingo, após fazer declaração semelhante em relação à Lousiana.
"A cidade de Nova Orleans nunca viu um furacão dessa magnitude atingi-la diretamente", disse Nagin.
O prefeito de Nova Orleans pediu que as pessoas que forem aos refúgios levem comida e bebidas para vários dias, assim como cobertores e cadeiras, como se fossem acampar. Nagin advertiu que será um lugar incômodo, por isso pediu que as pessoas que puderem saiam da cidade.
O chefe da polícia do município, Eddie Compass, disse que provavelmente será estabelecido um toque de recolher a qualquer momento, e colocarão policiais nas lojas para evitar saques.
O aeroporto internacional de Nova Orleans, no sul dos Estados Unidos, pode anunciar o cancelamento de todas as suas operações.
As conseqüências do furacão podem ser devastadoras na economia da Louisiana, que ocupa a 42ª posição entre 50 Estados norte-americanos em relação à renda da população. A economia do Estado cresceu 2%, menos da metade do crescimento da nação como um todo.
Outras regiões
Até agora, o furacão já deixou nove mortos na Flórida. Uma pessoa morreu e outra está desaparecida devido às fortes chuvas que caíram nas regiões norte e central da Nicarágua como resultado da passagem do Katrina.
A imprensa da Nicarágua informou neste domingo que, apesar da distância, o furacão atingiu o país pela extensão de suas nuvens e chuvas.
No México, as autoridades declararam alerta neste domingo em três Estados da península de Yucatán. São esperadas na região chuvas muitos fortes, ventos e ondas de três a quatro metros, segundo a Defesa Civil local.
Presidente Bush
O presidente dos EUA, George W. Bush, disse hoje que as populações das regiões do sul dos Estados da Louisiana e do Mississippi devem procurar abrigo o mais rápido possível.
"Não se pode enfatizar suficientemente os perigos que esse furacão apresenta para as comunidades da costa do golfo. Peço aos cidadãos que cuidem de sua segurança e de seus familiares indo para lugares seguros", disse o presidente, em seu rancho, na cidade de Crawford, no Estado do Texas (sul dos EUA).
"Faremos tudo que estiver em nosso poder para ajudar às pessoas e às comunidades afetadas por essa tempestade", acrescentou Bush. "Escutem cuidadosamente as instruções dadas pelas autoridades estatais."
Colaborou IURI DANTAS da Folha de S.Paulo em Washington
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