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31/08/2005 - 07h46

Mais de 600 iraquianos morrem durante tumulto em ameaça de bomba

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da Folha Online

A informação de que haveria um homem-bomba em uma ponte de Bagdá, sobre o rio Tigre --ou o disparo de morteiros contra a multidão-- causou pânico e provocou a morte de mais de 600 iraquianos nesta quarta-feira. As vítimas morreram afogadas, asfixiadas ou pisoteadas.

Ainda são confusas as informações sobre o que originou a tragédia, a maior em número de mortos desde a invasão do país pelos Estados Unidos. Policiais chegaram a informar que parte da ponte desabara, mas essa informação não foi confirmada oficialmente.

O número de feridos também é incerto, mas passa de 250. Um só hospital informou que recebeu ao menos cem corpos às 12h30 (5h30 em Brasília).

A tragédia

Segundo a polícia, uma multidão de muçulmanos xiitas se dirigia para uma cerimônia religiosa na mesquita de Kadhimiya, no bairro antigo da parte norte de Bagdá. Nesse momento alguém teria gritado que havia um homem-bomba.

"Centenas de pessoas começaram a correr e muitos se atiraram da ponte em direção ao rio", afirmou um policial, não identificado.

"Muitos idosos morreram imediatamente durante a confusão, e muitos se afogaram, muitos corpos ainda estão no rio e os barcos estão trabalhando para resgatá-los", disse a fonte.

O porta-voz do Ministério do Interior disse que mulheres e crianças são a maioria dos mortos no ocorrido.

Duas horas antes ao menos sete pessoas foram mortas em três atentados em um local próximo aonde se dirigia a multidão. Aparentemente foram feitos ataques com morteiros.

As tensões vêm aumentando entre as diferentes linhas religiosas do Iraque em razão do referendo marcado para outubro próximo com intuito de aprovar uma nova Constituição para o país após a queda do regime de Saddam Hussein.

A multidão seguia para celebrar o martírio de Musa Al Kadhim, uma figura reverenciada entre os xiitas. Eles aproveitam a liberdade de culto, antes vetado pelo governo do ditador Saddam Hussein, um sunita.

O primeiro-ministro Ibrahim Jaafari declarou três dias de luto, segundo informação da TV iraquiana.

Com agências internacionais

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