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31/08/2005 - 16h44

EUA já falam em milhares de mortos após o furacão

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da Folha Online

O prefeito da cidade de Nova Orleans (Louisiana, EUA) deu nesta quarta-feira uma trágica perspectiva para o resultado da passagem do furacão Katrina: milhares de corpos podem estar sob a água que cobre 80% da cidade.

"Nós sabemos que há um número significativo de corpos na água, e muitos outros em sótãos", disse o prefeito Ray Nagin. Questionado a respeito de um número, ele disse apenas "no mínimo, centenas, mas provavelmente são milhares".

Nagin afirmou que uma "quantidade notável" de corpos foi encontrada nas águas que correm pela cidade. Segundo ele, é preciso considerar também que muitos corpos poderão ser encontrados em "bocas-de-lobo", onde pessoas se esconderam na esperança de fugir do furacão.

Enquanto o Corpo de Bombeiros trabalha para controlar as enchentes --a água já parou de subir em Nova Orleans--, cerca de 25 mil pessoas que atualmente ocupam o Superdome [estádio com capacidade para 75 mil] serão removidas para outro estádio, o Astrodome, em Houston (Texas). Nos próximos dois dias, 475 ônibus farão o transporte dessas pessoas.

Nagin também disse nesta quarta-feira que os moradores da cidade podem ter de esperar até quatro meses para voltar a suas casas nas áreas mais afetadas pelo furacão Katrina.

"Provavelmente serão necessárias de 12 a 16 semanas antes que as pessoas possam voltar." Ele demonstrou ainda preocupação com o possível início de problemas sanitários devido aos corpos que estão nas águas.

Mais de 110 pessoas já morreram no Mississippi. A Lousiana ainda não tem uma contagem oficial de mortos. A Cruz Vermelha diz que já acolheu mais de 40 mil desabrigados em 200 locais da área de Nova Orleans.

O Pentágono montou uma das maiores operações de resgate na história dos Estados Unidos, mandando quatro navios com água potável e equipamentos médicos.

O furacão Katrina atingiu os EUA na última segunda-feira (28), deixando um rastro gigantesco de destruição. Estima-se que as seguradoras do país terão um gasto recorde nesse tipo de caso: US$ 26 bilhões.

Nesta quarta-feira, o presidente George W. Bush sobrevoou os Estados de Louisiana, Mississippi e Alabama a menos de 900 metros de altura, para observar a dimensão dos estragos.

"Está totalmente destruído", disse Bush, enquanto o Air Force One voava sobre Slidell, uma comunidade de Louisiana que ficou reduzida a escombros após a passagem do Katrina.

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