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01/09/2005
-
10h10
da Folha Online
Cenas de caos e violência estão sendo vistas nesta quinta-feira na região próxima ao estádio Superdome, em Nova Orleans --onde cerca de 20 mil pessoas estão abrigadas. Além dos tiros que foram desferidos contra os helicópteros de resgate, relatos dão conta de atos incendiários.
Em outro episódio violento, na madrugada desta quinta-feira, um membro da Guarda Nacional norte-americana foi baleado nas proximidades do Superdome. Ele não corre risco de morte.
"Isso faz você pensar: 'o que está acontecendo'", disse a porta-voz do juiz do Condado de Harris, Robert Eckels. Ainda não se sabe quem são os responsáveis pelos tiros.
A confusão se formou no momento em que vítimas do furacão Katrina, instalados em hotéis e prédios, além do estádio, tentavam entrar nos ônibus que vão levar os desabrigados a outro estádio, o Astrodome, na cidade de Houston, no Texas.
A Guarda Nacional afirmou que enviaria cem homens para a área do Superdome. Mas Richard Zeuschlag, responsável pela equipe médica que estava cuidando dos desabrigados, disse que esse número não era suficiente. "Precisamos de mil homens", afirmou.
Ele disse ainda que os tiros foram desferidos nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, acrescentando que um helicóptero do serviço médico tentou pousar em um hospital da cidade de Kenner, próximo a Nova Orleans, e cerca de cem pessoas estavam em terra, algumas armadas. "O piloto ficou aterrorizado e não pousou", disse Zeuschlag.
A governadora do Estado da Louisiana, Kathleen Blanco, disse: "nós faremos o necessário para impor lei e ordem em nossa região". "Eu estou furiosa. Isso é intolerável."
Devido à confusão, a operação para transferir os 20 mil desabrigados que estão no estádio Superdome foi suspensa. Até o momento, não há informação sobre feridos.
Mortos
Nesta quarta-feira, o prefeito de Nova Orleans (Louisiana, EUA), Ray Nagin, afirmou que milhares de pessoas podem ter morrido na cidade devido à passagem do furacão Katrina.
"Nós sabemos que há um número significativo de corpos na água, e muitos outros em sótãos", disse Nagin. Questionado a respeito de um número, ele disse apenas "no mínimo, centenas, mas provavelmente são milhares".
Nagin afirmou que uma "quantidade notável" de corpos foi encontrada nas águas que correm pela cidade. Segundo ele, é preciso considerar também que muitos corpos poderão ser encontrados em "bocas-de-lobo", onde pessoas se esconderam na esperança de fugir do furacão.
Segundo o prefeito --que ordenou o esvaziamento total da cidade-- os moradores da cidade podem ter de esperar até quatro meses para voltar a suas casas nas áreas mais afetadas pelo furacão Katrina.
"Provavelmente serão necessárias de 12 a 16 semanas antes que as pessoas possam voltar".
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Cenas de caos e violência estão sendo vistas nesta quinta-feira na região próxima ao estádio Superdome, em Nova Orleans --onde cerca de 20 mil pessoas estão abrigadas. Além dos tiros que foram desferidos contra os helicópteros de resgate, relatos dão conta de atos incendiários.
Em outro episódio violento, na madrugada desta quinta-feira, um membro da Guarda Nacional norte-americana foi baleado nas proximidades do Superdome. Ele não corre risco de morte.
"Isso faz você pensar: 'o que está acontecendo'", disse a porta-voz do juiz do Condado de Harris, Robert Eckels. Ainda não se sabe quem são os responsáveis pelos tiros.
A confusão se formou no momento em que vítimas do furacão Katrina, instalados em hotéis e prédios, além do estádio, tentavam entrar nos ônibus que vão levar os desabrigados a outro estádio, o Astrodome, na cidade de Houston, no Texas.
A Guarda Nacional afirmou que enviaria cem homens para a área do Superdome. Mas Richard Zeuschlag, responsável pela equipe médica que estava cuidando dos desabrigados, disse que esse número não era suficiente. "Precisamos de mil homens", afirmou.
Ele disse ainda que os tiros foram desferidos nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, acrescentando que um helicóptero do serviço médico tentou pousar em um hospital da cidade de Kenner, próximo a Nova Orleans, e cerca de cem pessoas estavam em terra, algumas armadas. "O piloto ficou aterrorizado e não pousou", disse Zeuschlag.
A governadora do Estado da Louisiana, Kathleen Blanco, disse: "nós faremos o necessário para impor lei e ordem em nossa região". "Eu estou furiosa. Isso é intolerável."
Pat Sullivan/AP |
Grupo de pessoas prepara o estádio Astrodome, em Houston, para receber vítimas do furacão |
Mortos
Nesta quarta-feira, o prefeito de Nova Orleans (Louisiana, EUA), Ray Nagin, afirmou que milhares de pessoas podem ter morrido na cidade devido à passagem do furacão Katrina.
"Nós sabemos que há um número significativo de corpos na água, e muitos outros em sótãos", disse Nagin. Questionado a respeito de um número, ele disse apenas "no mínimo, centenas, mas provavelmente são milhares".
Nagin afirmou que uma "quantidade notável" de corpos foi encontrada nas águas que correm pela cidade. Segundo ele, é preciso considerar também que muitos corpos poderão ser encontrados em "bocas-de-lobo", onde pessoas se esconderam na esperança de fugir do furacão.
Segundo o prefeito --que ordenou o esvaziamento total da cidade-- os moradores da cidade podem ter de esperar até quatro meses para voltar a suas casas nas áreas mais afetadas pelo furacão Katrina.
"Provavelmente serão necessárias de 12 a 16 semanas antes que as pessoas possam voltar".
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