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02/09/2005
-
10h50
da Folha Online
No quinto dia após a passagem do furacão Katrina pelos EUA, o que se vê são cenas de desespero e caos. Além da trágica invasão das águas --que cobriram 80% da cidade de Nova Orleans, na Louisiana, e destruíram quase tudo--, desabrigados vivem em "clima de guerra" e reclamam da falta de ajuda.
Na manhã desta sexta-feira, mais tiros, um incêndio e explosões foram registrados na região sudoeste da cidade, enquanto as autoridades tentam restaurar a ordem e parar os saques.
O prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin, disse a uma rádio local que o governo federal "não tem nem idéia do que está se passando aqui embaixo". George W. Bush fez um curto pronunciamento nesta sexta-feira na Casa Branca em que considerou "inaceitáveis" os resultados dos resgates. Bush segue hoje a Nova Orleans para visitar os locais afetados.
As explosões e os incêndios desta sexta-feira atingiram uma usina química, localizada próxima ao Quarteirão Francês, e segundo informações de redes de TV norte-americanas, os gases expelidos não eram tóxicos.
Ainda não há informações sobre feridos ou a respeito das causas do incidente.
Violência
Para ter um idéia da situação, além da devastação e da perda material, relatos dão conta de agressão --inclusive casos não-comprovados de estupros--, falta de comida, bebida e roupas.
"Nós ouvimos relatos de casos de estupros", disse Julie Gerberding, diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças.
Ela afirmou que equipes de apoio para casos de violência sexual serão disponibilizadas para oferecer ajuda.
Pessoas desesperadas dizem estar vivendo de coisas e alimentos que encontram nas ruas porque não há ajuda real do governo.
Lotação
Outra situação caótica é a do estádio Astrodome, em Houston, no Texas. O local, que foi preparado para receber desabrigados, já está quase lotado, com cerca de 11.400 pessoas, que viajaram cerca de sete horas em ônibus desde Nova Orleans.
Com a lotação do Astrodome, as autoridades tentam encontrar outros locais para levar grupos enormes de vítimas do furacão que não param de chegar das regiões afetadas.
Nesta quinta-feira, o Senado americano aprovou em sessão especial a liberação de US$ 10,5 bilhões em verbas para financiar operações de assistência às vítimas do furacão Katrina.
A medida ainda será submetida à Câmara dos Representantes nesta sexta-feira --mas não deve enfrentar problemas para ser aprovada.
Os recursos foram pedidos pelo presidente americano, George W. Bush, que vem sofrendo duras críticas devido à demora para responder à tragédia que atinge o país.
Com agências internacionais
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No quinto dia após a passagem do furacão Katrina pelos EUA, o que se vê são cenas de desespero e caos. Além da trágica invasão das águas --que cobriram 80% da cidade de Nova Orleans, na Louisiana, e destruíram quase tudo--, desabrigados vivem em "clima de guerra" e reclamam da falta de ajuda.
Na manhã desta sexta-feira, mais tiros, um incêndio e explosões foram registrados na região sudoeste da cidade, enquanto as autoridades tentam restaurar a ordem e parar os saques.
Eric Gay/AP |
Gigantesca coluna de fumaça se forma no céu durante incêndio em usina de Nova Orleans |
As explosões e os incêndios desta sexta-feira atingiram uma usina química, localizada próxima ao Quarteirão Francês, e segundo informações de redes de TV norte-americanas, os gases expelidos não eram tóxicos.
Ainda não há informações sobre feridos ou a respeito das causas do incidente.
Violência
Para ter um idéia da situação, além da devastação e da perda material, relatos dão conta de agressão --inclusive casos não-comprovados de estupros--, falta de comida, bebida e roupas.
"Nós ouvimos relatos de casos de estupros", disse Julie Gerberding, diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças.
Ela afirmou que equipes de apoio para casos de violência sexual serão disponibilizadas para oferecer ajuda.
Pessoas desesperadas dizem estar vivendo de coisas e alimentos que encontram nas ruas porque não há ajuda real do governo.
Lotação
Outra situação caótica é a do estádio Astrodome, em Houston, no Texas. O local, que foi preparado para receber desabrigados, já está quase lotado, com cerca de 11.400 pessoas, que viajaram cerca de sete horas em ônibus desde Nova Orleans.
Com a lotação do Astrodome, as autoridades tentam encontrar outros locais para levar grupos enormes de vítimas do furacão que não param de chegar das regiões afetadas.
Nesta quinta-feira, o Senado americano aprovou em sessão especial a liberação de US$ 10,5 bilhões em verbas para financiar operações de assistência às vítimas do furacão Katrina.
A medida ainda será submetida à Câmara dos Representantes nesta sexta-feira --mas não deve enfrentar problemas para ser aprovada.
Os recursos foram pedidos pelo presidente americano, George W. Bush, que vem sofrendo duras críticas devido à demora para responder à tragédia que atinge o país.
Com agências internacionais
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