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06/09/2005
-
11h08
da Folha Online
O governo israelense autorizou a construção de 117 casas no maior assentamento judaico na Cisjordânia, o Ariel, que abriga 18 mil pessoas atualmente, e já deu aprovação prévia para a expansão do assentamento, que deve ganhar 3.000 novas casas, informou o prefeito Ron Nachman nesta terça-feira.
A declaração de Nachman traz ainda mais confusão a uma polêmica que começou nesta segunda-feira, quando o vice-ministro israelense da Defesa, Zeev Boim, afirmou, durante uma visita a Ariel, que o governo já havia autorizado a construção das 3.000 casas, informação que foi negada logo em seguida pelo gabinete do primeiro-ministro Ariel Sharon.
Nesta terça-feira, o jornal "Yedot Aharonot" publicou uma reportagem dizendo que Sharon teve uma "reunião íntima" com membros de seu partido político, o Likud, onde teria dito que a expansão do território ocupado pelos israelenses iria "continuar", mas não era necessário "falar nisso".
A decisão de aumentar o assentamento de Ariel também coloca o governo israelense em rota de colisão com a administração do presidente americano, George W. Bush --que, desde 2002, defende a aplicação de um plano de paz na região, que também tem apoio de outros integrantes do Quarteto, grupo que inclui, além dos EUA, União Européia, Rússia e ONU.
Entre as várias diretrizes do plano de paz, está a de congelar qualquer expansão de assentamentos judaicos na Cisjordânia.
Obstáculos
"Acho que temos 3.000 obstáculos a mais para a paz e teremos, se esse programa [de construção] for levado adiante, 3.000 razões para derrubar os esforços do presidente George W.Bush em criar uma solução para a convivência pacífica dos dois Estados [o israelense, e o futuro Estado palestino]", afirmou Saeb Erekat, principal negociador palestino.
Nachman confirmou à agência de notícias Associated Press que o Ministério israelense da Defesa já deu uma autorização prévia à construção das 3.000 casas. O projeto vai praticamente dobrar em tamanho o território ocupado hoje pela colônia.
Membros do Ministério da Defesa -- que não quiseram se identificar-- confirmaram que houve aprovação do plano de construção.
A expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia é um assunto bastante delicado nas negociações israelo-palestinas.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) reivindica a retirada total de todos os colonos da Cisjordânia --como o que ocorreu em Gaza, no mês passado-- e reivindica também este território como parte do futuro Estado palestino.
Com Associated Press
Especial
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Israel aprova construção de 117 casas em colônia na Cisjordânia
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O governo israelense autorizou a construção de 117 casas no maior assentamento judaico na Cisjordânia, o Ariel, que abriga 18 mil pessoas atualmente, e já deu aprovação prévia para a expansão do assentamento, que deve ganhar 3.000 novas casas, informou o prefeito Ron Nachman nesta terça-feira.
A declaração de Nachman traz ainda mais confusão a uma polêmica que começou nesta segunda-feira, quando o vice-ministro israelense da Defesa, Zeev Boim, afirmou, durante uma visita a Ariel, que o governo já havia autorizado a construção das 3.000 casas, informação que foi negada logo em seguida pelo gabinete do primeiro-ministro Ariel Sharon.
Nesta terça-feira, o jornal "Yedot Aharonot" publicou uma reportagem dizendo que Sharon teve uma "reunião íntima" com membros de seu partido político, o Likud, onde teria dito que a expansão do território ocupado pelos israelenses iria "continuar", mas não era necessário "falar nisso".
A decisão de aumentar o assentamento de Ariel também coloca o governo israelense em rota de colisão com a administração do presidente americano, George W. Bush --que, desde 2002, defende a aplicação de um plano de paz na região, que também tem apoio de outros integrantes do Quarteto, grupo que inclui, além dos EUA, União Européia, Rússia e ONU.
Entre as várias diretrizes do plano de paz, está a de congelar qualquer expansão de assentamentos judaicos na Cisjordânia.
Obstáculos
"Acho que temos 3.000 obstáculos a mais para a paz e teremos, se esse programa [de construção] for levado adiante, 3.000 razões para derrubar os esforços do presidente George W.Bush em criar uma solução para a convivência pacífica dos dois Estados [o israelense, e o futuro Estado palestino]", afirmou Saeb Erekat, principal negociador palestino.
Nachman confirmou à agência de notícias Associated Press que o Ministério israelense da Defesa já deu uma autorização prévia à construção das 3.000 casas. O projeto vai praticamente dobrar em tamanho o território ocupado hoje pela colônia.
Membros do Ministério da Defesa -- que não quiseram se identificar-- confirmaram que houve aprovação do plano de construção.
A expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia é um assunto bastante delicado nas negociações israelo-palestinas.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) reivindica a retirada total de todos os colonos da Cisjordânia --como o que ocorreu em Gaza, no mês passado-- e reivindica também este território como parte do futuro Estado palestino.
Com Associated Press
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