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09/09/2005
-
08h48
da Folha Online
Sem comida, água, e correndo o risco de serem contaminados pelas águas tóxicas das enchentes que invadiram Nova Orleans após a passagem do furacão Katrina em 29 de agosto último, os moradores que ainda não tinham deixado a cidade começaram a ser retirados pela polícia ontem. Entre 5.000 e 10 mil pessoas deixaram a cidade, de acordo com a prefeitura.
Segundo a rede de TV CNN, permaneceram em Nova Orleans cerca de 15 mil pessoas.
As buscas pelos sobreviventes continuam na cidade, assim como se inicia a retirada dos corpos, com a baixa da águas. Nesta quinta-feira, o número de mortos em Nova Orleans já chegava a 118. O prefeito Ray Nagin afirmou que 10 mil podem ter morrido no local, e Agência Federal de Administração de Emergências (Fema, na sigla em inglês), enviou 25 mil sacos para corpos.
Soldados e policiais disseram que o trabalho de remover os corpos dos que morreram após a passagem do furacão Katrina, em 29 de agosto último, é uma tarefa que "durará meses".
Delírios
O policial Jason Rule, da Guarda Costeira, disse que ontem conseguiu remover 18 pessoas de suas casas. Alguns moradores não queriam ir embora sem levar seus animais e muitos pareciam "delirantes".
"Vários deles não sabiam quem eram, outros ignoravam onde estavam e alguns diziam que as águas iriam diminuir em poucos dias", afirmou Rule.
O chefe da polícia de Nova Orleans, Eddie Compass, afirmou que os policiais fizeram "uso mínimo da força" necessária para persuadir aqueles que ficaram a sair da cidade.
Ao menos 67 desses corpos já estão no necrotério que foi montado temporariamente em St. Gabriel. Especialistas vão fotografar os corpos e fazer análises de DNA para determinar sua identidade.
Bryan Patucci, legista que trabalha no necrotério disse que será impossível identificar todas as vítimas até que as autoridades tenham uma lista final de todos os desaparecidos em Nova Orleans.
Bombas
Os corpos que ainda estão nas águas de Nova Orleans podem trazer problemas para os engenheiros que tentam fazer com que o sistema de bombeamento de água na cidade funcione.
Por enquanto, 37 das 174 bombas funcionam, e outras 17 foram colocadas na cidade nesta quinta-feira. A principal preocupação, agora, é que os corpos submersos podem entupir as bombas.
Cerca de 400 mil casas em Nova Orleans também estão sem energia, e não há previsão de quando a eletricidade será restaurada na cidade.
Com agências internacionais
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Polícia retira 10 mil pessoas que ainda estavam em Nova Orleans
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Sem comida, água, e correndo o risco de serem contaminados pelas águas tóxicas das enchentes que invadiram Nova Orleans após a passagem do furacão Katrina em 29 de agosto último, os moradores que ainda não tinham deixado a cidade começaram a ser retirados pela polícia ontem. Entre 5.000 e 10 mil pessoas deixaram a cidade, de acordo com a prefeitura.
Segundo a rede de TV CNN, permaneceram em Nova Orleans cerca de 15 mil pessoas.
As buscas pelos sobreviventes continuam na cidade, assim como se inicia a retirada dos corpos, com a baixa da águas. Nesta quinta-feira, o número de mortos em Nova Orleans já chegava a 118. O prefeito Ray Nagin afirmou que 10 mil podem ter morrido no local, e Agência Federal de Administração de Emergências (Fema, na sigla em inglês), enviou 25 mil sacos para corpos.
Soldados e policiais disseram que o trabalho de remover os corpos dos que morreram após a passagem do furacão Katrina, em 29 de agosto último, é uma tarefa que "durará meses".
Delírios
O policial Jason Rule, da Guarda Costeira, disse que ontem conseguiu remover 18 pessoas de suas casas. Alguns moradores não queriam ir embora sem levar seus animais e muitos pareciam "delirantes".
"Vários deles não sabiam quem eram, outros ignoravam onde estavam e alguns diziam que as águas iriam diminuir em poucos dias", afirmou Rule.
O chefe da polícia de Nova Orleans, Eddie Compass, afirmou que os policiais fizeram "uso mínimo da força" necessária para persuadir aqueles que ficaram a sair da cidade.
Ao menos 67 desses corpos já estão no necrotério que foi montado temporariamente em St. Gabriel. Especialistas vão fotografar os corpos e fazer análises de DNA para determinar sua identidade.
Bryan Patucci, legista que trabalha no necrotério disse que será impossível identificar todas as vítimas até que as autoridades tenham uma lista final de todos os desaparecidos em Nova Orleans.
Bombas
Os corpos que ainda estão nas águas de Nova Orleans podem trazer problemas para os engenheiros que tentam fazer com que o sistema de bombeamento de água na cidade funcione.
Por enquanto, 37 das 174 bombas funcionam, e outras 17 foram colocadas na cidade nesta quinta-feira. A principal preocupação, agora, é que os corpos submersos podem entupir as bombas.
Cerca de 400 mil casas em Nova Orleans também estão sem energia, e não há previsão de quando a eletricidade será restaurada na cidade.
Com agências internacionais
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